Resumo da Viagem de moto até a Chapada dos Guimarães

Nessa viagem de moto até a Chapada dos Guimarães, aprendi muita coisa, não só por ela ter sido mais extensa do que as outras que eu já havia feito, mas por ela ter sido mais INTENSA em todos os sentidos.

Sei que muita coisa do que eu senti e concluí é particular e cabível à minha pessoa, mas acredito também que muita coisa pode servir de base e de experiência para outras pessoas, portanto vai agora uma lista aleatória de conclusões e comentários sobre esta viagem e sobre o que eu penso com relação a viagens de moto:

  • Abasteça antes da moto entrar na reserva! Principalmente se você não conhecer a estrada e tiver que pilotar à noite.
  • Não gosto de pilotar à noite. Além de perder a graça, pois você não vê a paisagem, o risco de você não ver um animal na pista é muito maior, assim como um buraco. Sem falar que os animais normalmente são mais ativos à noite. Melhor deixar os animais para os carros e caminhões, assim pelo menos só o animal morre hehe. Outro ponto a considerar é que no caso de uma pane por exemplo, você conseguirá ajuda e solução para o seu problema beeem mais facilmente durante o dia do que à noite! Ps: motos normalmente não tem uma iluminação tão boa quanto a de um carro.
  • Admiro pessoas que fazem viagens de 20, 30 dias! É necessário acima de tudo um bom preparo psicológico, além de foco, objetivo e determinação.
  • 500 km é o número diário ideal para mim! Já cheguei a fazer quase 1.000 km em um dia, durante uma viagem anterior, e não teve nem de longe a dificuldade que tiveram os 830 km que eu fiz no primeiro dia desta viagem! Cada dia é um dia, cada caso é um caso, cada moto é uma moto, as variáveis são muitas e muita coisa pode acontecer. Com uma quilometragem mais baixa, você roda mais relaxado e pode adiantar se quiser! Assim como pode e tem a possibilidade de recuperar a quilometragem do dia anterior caso você tenha tido algum problema.
  • Minha viseira já era! De tanto eu passar a luva por causa da neblina, ela ficou fosca e cheia de riscos. (Eu avisei que a lista era de comentários aleatórios rsrs)
  • A viagem é feita de momentos! Tem momentos que você não está muito legal, está cansado, dolorido e longe de casa. Mas tem momentos que você está tão feliz que só falta dançar em cima da moto (às vezes nem isso falta kkk). Para mim os momentos bons superam os não tão bons, em grande superioridade numérica 🙂
  • Espaço sobrando na bagagem para mim é essencial e se traduz em conforto! Só os forros térmicos da roupa de cordura já ocupam um espaço significativo, imagina se você pega um calor forte e tem que rodar sem a jaqueta?!
  • Óculos de sol, protetor labial e protetor solar salvaram a minha vida! (na última viagem minha mão ficou toda queimada do sol…). Bloquinho, caneta e calculadora foram usados constantemente. Um Dorflex vai muito bem e, chinelo e bermuda são itens básicos, entre tantos outros.
  • Levei umas vinte barras de cereal! Isso não pode faltar, assim como água, que levei a primeira garrafa e depois fui comprando. Tem horas que você pára no meio do nada e não tem como comprar coisa alguma, ou então não quer perder tempo comprando nada, e a pior coisa que tem é rodar com algum tipo de desconforto seja fome, frio ou calor.
  • Memorizar as principais cidades por onde vai passar é essencial! Você não vai sair aqui de Curitiba e achar que vai encontrar uma placa indicando para Mato Grosso né? rsrsrs
  • Quanto à moto, é aquilo que todo mundo já sabe: a XT é um tratorzão, não nega fogo em momento algum, tem potência de sobra pra qualquer situação, é uma excelente moto, mas é claro, não existe moto perfeita. Faz falta uma sexta marcha, ou então um indicador de marcha, porque toda hora eu ficava tentando engatar a sexta rsrs. Por ser uma moto de 1 cilindro, ela vibra bastante, mas é uma característica da moto. Em relação ao conforto, algumas coisas devem ser consideradas pra quem pretende fazer longas viagens com ela: Colocar um banco tipo cela, o banco dela é bastante duro! Colocar uma bolha alta e protetores de mão eu acho, isso ajudaria bastante a tirar o vento do peito. Para viagens com longas retas, um piloto automático é uma opção que eu vou considerar também no futuro, mas isso é pra qualquer moto.

No mais só tenho a agradecer: a Deus e aos meus Anjos Protetores, por ter rodado 3.717 km e não ter tido um único problema; à minha esposa, que apesar de fazer uma guerra cada vez que eu decido viajar, no final acaba me liberando (na marra) e me compreendendo; aos meus filhos, por existirem; à minha família, que apesar de não me entender (eles acham que eu sou louco e que ninguém no mundo sai viajando assim, de moto e sozinho), na hora H acaba me dando o apoio necessário; aos amigos, pelos conselhos e energia positiva; ao site viagemdemoto.com pela oportunidade de compartilhar; e a você que leu esse diário e viveu essa aventura comigo 🙂 🙂 🙂

{gallery}0815/chapada/resumo{/gallery}

Números da Viagem:

Distância total: 3.717 km
Horas na estrada: 63 horas / horas parado 14h30 / horas rodando: 48h30
Média de velocidade com paradas: 59 km/h / sem paradas: 76 km/h
Média de consumo geral: 21,2 km/l Menor média: 18,9 km/l / Maior média: 23,1 km/l
Gasolina: R$ 600,00 (178 litros)
Pedágio: R$ 45,00
Alimentação: R$ 245,00
Hotéis: R$ 380,00
Lav. moto R$ 30,00
Total: R$ 1.300,00 / Despesa diária: R$ 220,00


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *