8º e 9º dias – Gibão

Após passar a primeira noite da viagem no mato, segui para o gibão. Seriam 90 km de estrada de terra, que pelos meus cálculos eu gastaria 4 horas para chegar, visto que 90 km pelo asfalto, eu gasto em média uma hora e meia.
Mas me ferrei na estrada, ou melhor, ganhei mais experiência de dar medo e prazer.

Já quero agradecer à família que me acolheu, Dú, Tonho e Nice. Que sorte eu tive, tenho grande gratidão a esta família do Gibão.

Viagem de Moto Brasil

Comecei a viagem às 11h30. Já nos primeiros quilômetros veio o primeiro tombo.

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Após 3 horas ou quase às 15 horas da tarde, com o corpo doido, e depois do sétimo ou oitavo tombo, custei a encontrar alguém naquele areão para pedir informação.

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Quando consegui informação e água já eram 17 horas e eu estava a 15 ou 20 km do Gibão. Após isso não andei mais do que 10 km e queimei os discos de embreagem, faltando pouco mais de 5 ou 7 km, para chegar ao gibão. Eram 18h30. Arrumei acampamento no local chamado Posso, que é o ponto de ônibus do local, feito de madeira e palha de buritizeiro.

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Às 23h40 acordei ouvindo um barulho de carro. Peguei a lanterna, sinalizei desesperado e a D20 do Tião parou. Ele me deu informações sobre o ônibus que passaria entre 4h30 e 5 horas da manhã.

Sorte a minha, pois imagina, num areão no meio do nada, alguém aparece sinalizando, você pararia?

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O ônibus somente rodava nas segundas, quartas e sextas e minha moto estragou às 18h30 de uma terça-feira. Depois me disseram que costuma passar carros com frequência no lugar, mas não aconteceu naquele dia.

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Coloquei o despertador para tocar às 3h30 da manhã para dar tempo de desmontar o alforje e baú. Faltando apertar o ultimo parafuso do banco da moto, o ônibus apareceu às 4h15. A moto foi colocada no bagageiro do ônibus e fomos para Montalvânia, onde consertei a moto. Mas eu a deixei na cidade e voltei de ônibus para o Gibão. Tonho me convenceu a voltar de ônibus e conhecer o lugar.

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Agradecido novamente, o Gibão é lindo. Tive pouso e comida por um dia e meio.

Dentro do ônibus, o famoso carrega tudo, eu comecei também a entender que o Brasil não é o da TV ou das revistas, tem que viajar para entender ou, colocarem seus relatos.

Hoje compreendo um pouquinho o sofrimento e alegria do povo que faz a feira em Montalvânia e levam para o povoado do Gibão.

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O ônibus gastou das 13 até as 17 horas ou seja 4 horas para andar 70 km. Quanto sofrimento. Ainda no mesmo dia conheci a cachoeira do Gibão, singela, mas limpa.

No dia seguinte o nono dia de viagem, o Eduardo, conhecido como Du, me apresentou o Gibão, segundo a visão dos moradores, não o Gibão para os turistas.
O rio Carinhanha, é lindo, maravilhoso e preservado, que continue assim.

À noite, mais um pouso na casa da família e comida, quanta sorte eu tive.

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No outro dia às 3h30 da manhã saímos rumo a Montalvânia e depois Pitarana.


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