3º dia – Miranda a Roboré

Saímos sabendo que hoje era o dia de atravessar a fronteira com a Bolívia. Passamos por um trecho de estrada que atravessava o pantanal, muito bonito, mas os bichos que eu queria ver, não vi, só mortos ao longo da estrada, que tinha poucos trechos com acostamento e muitos pedaços de borracha de pneu espalhados na pista. Também tinha muitos (18) radares, um próximo ao outro. Por causa dos radares tínhamos que andar a 80 km/h.

Após 220 km chegamos à fronteira por volta das 11 horas e rápido carimbamos o nosso passaporte do lado brasileiro. Então fomos para o lado boliviano onde começou a peregrinação. Preenchemos um papel do lado da fronteira e o cara nos mandou para a aduana, mas o meu companheiro de viagem entendeu errado e nós fomos por uma estrada de poeira e pedras por umas seis quadras até a policia. Chegando lá os caras, com a pior vontade do mundo, levaram mais de meia hora pra dizer que estávamos no lugar errado e que deveríamos voltar para a aduana, que não era ali.

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Finalmente achamos a aduana que só abria às 14 horas. Precisamos de cópias do passaporte, carteira de motorista e documento da moto, que tiramos próximo à aduana e também aproveitamos e trocamos alguns bolívares. Voltamos lá esperamos mais uns 20 minutos e estava tudo pronto para seguirmos até Puerto Suarez na policia para carimbarmos a permissão. Chegando lá entramos na polícia, esperamos a mulher preencher um formulário no computador e gastamos 50 bolívares. Encontramos um brasileiro que disse que deveríamos ir para Águas Calientes, porque sabíamos que não daria pra irmos ate Santa Cruz antes de anoitecer. Agradecemos e seguimos viagem.

A estrada era bem asfaltada, mas cheia de vacas sobre a pista. De repente encontramos um cordão fechando a estrada e a policia do outro lado. Paramos e eles carimbaram o papel. A estrada continuava cheia de bichos e muito calor. Depois de percorrermos 490 km no dia, chegamos no final do dia a Roboré, porque não quiseram ficar em Águas Calientes. Era uma cidade pequena, horrível, com uma praça e alguns hotéis piores ainda e caros. Escolhemos um mais ou menos, mas quando fomos entrar a entrada da garagem era um caminho no meio do mato por entre umas barraquinhas de frutas. Um horror. Fizemos a trilha e conseguimos entrar na garagem. Ufa! Que dia! Tomamos uma e fomos dormir.


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