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Aventuras geriátricas – parte 1

Amigos, parceiros, credores e cobradores, sinto informa-los que estou iniciando mais uma etapa do projeto “Torrando a herança dos filhos”.

Neste momento, como diria o nosso queridíssimo e jamais suficientemente incensado Apedeuta, estamos nos preparando para cruzar o Atlântico rumo à terra de Marlboro. Dentro de algumas horas estaremos em Charlottesville (Virginia) onde eu e meu amigo Cyro mostraremos aos gringos como dois septuagenários conseguem se equilibrar em cima de um triangulo apoiado em um dos vértices (é mais ou menos como me sinto em cima de uma moto).

Lógicamente isso não vai acontecer logo de cara, primeiro temos um baita trabalho de casa para fazer mas, acreditem, vocês também iriam adorar nos ajudar na tarefa.

Indo direto ao ponto e sem fazer segredo, o trabalho que temos de realizar, antes de sair pelas estradas maravilhosas da Gringolandia, é fazer uma revisão em grande estilo de uma Honda Goldwing Aspencade 1984 e voar até Detroit para pegar outra Honda Goldwing Interstate 1986.

Como essas naves intergalácticas apareceram na história ? Fácil, o locutor que vos fala sonhou com elas quando por ocasião da Ablação/Badalação, lembram ? Sai do sono anestésico, comecei a fazer contas e cheguei a conclusão que se fosse alugar uma HD por mais de duas semanas sairia mais barato comprar uma moto velhinha (não tanto quanto eu, lógico) e na hora de voltar à república do bananão jogar a criatura Cannyon abaixo em grande estilo. Conversando com o Cyro resolvemos comprar duas motos. As HD ficaram logo fora de cogitação, dado o seu preço, no entanto queríamos motos semelhantes às nossas tourings. Meus caros, estava difícil mas encontramos as motos. Uma delas nos remete de imediato ao grande amigo e cafeicultor (produtor do famoso Café Jacu Dourado) Pedrão Midas, a danada é DOURADA, e pertencia a um senhor com 94 anos de idade. Como ele estava mais surdo do que eu os filhos resolveram vender aS motoS do velho. Tudo bem, o cara é quase centenário mas tem classe. Observem só as fotos do sacana do velho.

A outra, uma 1986 negra como o bigode da múmia do Maranhão, está em Detroit e teremos que busca-la. O planejamento está da seguinte forma (se não mudar mais): chegaremos à Charlottesville na 3ª.feira, descansamos e na 4ª. terá início a revisão da Sabrina. Aqui abriremos um parênteses: fiquei olhando horas para as fotos da moto e o que me chamava a atenção era o volume da traseira da moto, pensei um pouco e cheguei a conclusão que a única japonesa de bunda grande que conheço é a Sabrina Sato, o batismo foi imediato, fecha parênteses. Na 5ª. ou 6ª., a depender do resultado da revisão, começamos a rodar com a moto pelas proximidades. No sábado embarco para Detroit, levando documentos e a placa debaixo do braço, e trago a moto para Charlottesville (cerca de 900 Km) via Front Royal onde o Cyro vai me aguardar com a Sabrina para voltarmos juntos pela Skyline Drive, uma maravilhosa estrada cheia de curvas que atravessa o Shenandoah National Park.

É meus amigos, torçam pela gente pois o sacana do horizonte teima em se afastar cada vez mais porém não entregamos os pontos: “quem tem medo de cara feia não amarra porongo nos tentos” (Rodrigo Severo Cambará)

Viagem de moto

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