Puerto Ordaz – Santa Elena de Uairen

“Uma lenda indígena diz que o Monte Roraima, na tríplice fronteira entre o Brasil, a Venezuela e a Guiana, é a morada de Makunaima, uma entidade sagrada. Os índios Macuxis dizem que Makunaima foi fecundado no topo do monte durante um eclipse, quando raios dourados do Sol refletiram em um lago com os raios prateados da Lua. De curumim, cheio de magia, Makunaima cresceu forte e tornou-se um índio guerreiro. Guardião do monte, faz o tempo nublar e chover se alguém gritar em seu topo, pois é lá que repousam os espíritos dos pajés. Quando um deles morre, seu espírito penetra na terra e se transforma em cristal”.

Nesse dia, deveríamos chegar cedo a Santa Elena de Uiaren, pois quase todos ainda tinham em seu poder uma quantidade razoável de bolívares e o Free Shop fechava às 18 horas.

Sendo assim, alguns amigos resolveram adiantar sua viagem e se destacaram do grupo. Combinamos de fazer um abastecimento em Tupemereme, pois depois somente atravessando a Serra de Lema, haveria posto de abastecimento já próximo ao Monte Roraima. Imbiriba, Marcio e Mauro partiram na frente, nosso grupo abasteceu na entrada da cidade e ao passar no posto na saída, Mauro nos parou e avisou que Imbiriba tinha seguido direto.

Passamos por El Dorado, cidade onde impera o garimpo e aguardamos durante um tempo num posto de gasolina. Seguimos pelos 45km da Serra de Lema até o posto próximo ao Monte Roraima e ficamos preocupados, pois ele ali não se encontrava. Será que Makunaima tinha dado cabo dele?

Porém, após esperarmos por uns 40 minutos, ele chegou informando que o pneu tinha furado e que foi socorrido por um menino que deu um jeito em sua moto.

Viagem de moto até a Venezuela

Almoçamos e passamos novamente pelo Monte Roraima, que estava mais descoberto, porém o horário era escasso e não paramos.

Chegamos a Santa Elena próximo das 18 horas e largamos as motos no hotel ao lado do Free Shop. Ele tinha somente perfumes e whisky, que era exatamente o que interessava a mim e esposa. Os outros resolveram retirar as bagagens das motos e, ao chegar, as portas já se encontravam fechadas.


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