Pela manhã nossa viagem de moto continuou pela Ruta 40 em direção El Chalten, que vem a ser a cidade mais recente da Argentina. Fundada em 1985 para manter a soberania da Argentina sobre territórios na disputada fronteira patagônica com o Chile. Eleita como o segundo melhor destino de 2015 pelo site Lonely Planet.
El Chaltén é conhecida por suas montanhas, especialmente o Cerro Fitz Roy. Com seus 3.405m, é considerado um dos picos mais difíceis de escalar em todo o planeta. Seus imensos paredões verticais de granito, o forte vento e as constantes mudanças climáticas o fez entrar para a lista negra dos alpinistas. Muitos já perderam a vida tentando alcançar o seu topo.
Como alguns não abasteceram na véspera e El Calafate possui somente dois postos de combustível onde no verão a demanda é bem grande, atrasamos nossa saída de Calafate.
Conseguimos retomar a estrada após 11 horas da manhã de um dia maravilhoso e com previsão de rodarmos 214 km. Comentei com Alessandro que naquele dia seria moleza.
Saímos de El Calafate pela Ruta 40 e, em seguida, pela RP23. Esse trecho das estradas corta toda a extensão do Parque Nacional Los Glaciares. A presença constante de lagos, cordilheiras nevadas e a solidão do asfalto fazem esse trajeto ser um dos mais bonitos que percorremos em toda a viagem.
O trecho da Ruta 40 foi tranquilo, porém ao acessar a RP23, o vento que era favorável passou a jogar lateralmente, transformando a viagem num pequeno suplício. Depois de um certo tempo doíam as costas, a perna esquerda onde fazia maior esforço para equilibrar a moto e eventualmente quando tentava levantar um pouco, sentia câimbras pela força do vento.
No horizonte, a imagem do Monte Fitz Roy, coberto por uma nuvem espessa que parecia estar nevando. Valdecir parou em frente ao portal da cidade e Elcione ao tentar parar quase caiu (vejam a filmagem abaixo). Seguimos até o centro e o nosso hotel (Los Cerros), ficava em pequeno monte onde tínhamos visão de toda a cidade.
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