6º dia – Andermatt

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Saímos cedo e logo alcançávamos a fronteira com a Suiça. Pagamos pedágio de 10 euros e aguardamos numa ponte durante uns 20 minutos a abertura de sinal de trânsito para poder seguir viagem. Atravessamos então um túnel de mais ou menos 3 km, que ficava sob uma Hidrelétrica e, no outro lado, ficava a aduana suíça.

Um guarda de uns 2 metros de altura parou minha moto, me fez algumas perguntas. Com uma grande dificuldade no inglês, informei que éramos brasileiros viajando de moto, respondi que não tinha nem bebidas nem cigarros em nossos bauletos e quando informei que iríamos para Andermatt, fomos liberados.

Conversando depois com Wulf, fiquei sabendo que a Suiça, por não participar do Mercado Comum Europeu, tem o franco como moeda oficial e a existência de contrabando em suas fronteiras.

Em relação a Andermatt, conforme verão adiante, trata-se de um dos locais mais caros da Europa, logo o perfil daqueles motociclistas era interessante para o turismo deles.

Para transitar na Suiça, recomendamos que adquiram os “valetts” para os veículos, que são selos com validade de um ano e substituem a cobrança de pedágio em suas estradas.

Em nosso caminho, passamos por Davos, que é a cidade mais alta da Europa com 13.000 habitantes fixos, famosa região de esqui e fica lotada na alta temporada de inverno. São cinco montanhas separadas – Jacobshorn, Rinehorn, Parsenn, Madrisa e Pisha, que juntas, somam uma área três vezes maior que os vales de Santiago no Chile, Valle Nevado, La Parva e El Colorado. É também local onde se realiza o Fórum Mundial de Davos que é um encontro anual que reúne líderes da economia mundial, como empresários, ministros da Economia e presidentes de Banco Centrais, diretores do FMI, Banco Mundial e organismos internacionais.

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No caminho, passamos por Oberal Pass, que é considerada uma das 15 mais belas estradas do mundo e, durante boa parte do ano, fica fechada em virtude da neblina e gelo acumuladas no local.

Vejam site: (http://carsroute.com/top-15-most-beautiful-roads-in-the-world/).

Logo, chegamos ao nosso destino, Andermatt. Segundo Goethe (Johann Wolfang Von Goethe – escritor e Pensador alemão), “De todos os lugares que conheço, este é o mais estimado para mim”, declarou em viagem pelo Vale de Ursern em 1779. O grande destaque da região são as estradas entre as mais bonitas dos Alpes e do mundo e Andermatt é uma espécie de entrocamento de rodovias e ferrovias, na principal rota de ligação entre o norte da Europa e a Itália, desde Lucerna, percorrendo o vale do Reuass, Passo de São Gotardo, Lugano até chegar a Milão.

(http://www.altamontanha.com/Noticia/4055/os-alpes-parte-2–andermatt-suica)

Esses dias na estrada foram frios e com clima muito seco. Isso ocasionou alguns problemas no grupo (sangramento na boca, ardência na garganta, muita coriza e uma certa dificuldade para respiração). Nessa noite passada em Andermatt, eu não consegui dormir, acordando na manhã seguinte com uma grande gripe e mal estar. Além disso, amanheceu chovendo e todos optaram por não seguir de moto pelas montanhas geladas. Como existiam seis carros, os grupos aproveitaram carona neste dia. Eu e Lena aceitamos carona com o Túlio e Heloísa, que estavam viajando num Jaguar. Começamos nosso caminho por Furkapass, como é chamado em alemão, é um passo que culmina a 2429 metros de altitude no maciço de São Gotardo. Por todo o roteiro, gelo e bastante frio.

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Continuamos e logo chegamos a Oberwald. Trata-se de um pequeníssimo vilarejo com somente 273 habitantes, muito charmoso. Enquanto as montanhas de acesso encontravam-se geladas, Oberwald parecia uma cena do filme “Sound of Music” (A noviça Rebelde). Situada a uma altitude de 1377m, fica abaixo da geleira de Rhone, entre as passagens de Grimsel e Furka.

Tiramos algumas fotos e retornamos, parando no hotel e restaurante Rhomequele, muito charmoso e aconchegante.

Passamos em Grimselpass e seguimos em direção a novos passos e o GPS do veículo informava que nosso caminho encontrava-se fechado, o que foi confirmado num bistrô à beira da estrada.

Seguimos então em direção a Zurique, evitando passar novamente por Furkpass, pois cedo havia um pequeno desabamento de gelo, que nos atrasou pelo menos 30 minutos, onde pegamos um imenso engarrafamento e seguimos novamente em direção a Andermatt, passando bem ao lado do túnel São Gotardo, que possui 16,4km de extensão e é o terceiro maior do mundo. Ele liga a Suiça à Itália, dando acesso à Lugano, na Itália.

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