Notícias de Bogotá (Colômbia)

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Olá caríssimos! Cheguei a Bogotá, finalmente. A Colômbia até aqui não me pareceu nada assim muito diferente nem complicado. O país é até bem parecido com o Brasil, o povo principalmente. Aqui também se empolgam muito com a viagem e a moto.
Os preços são baratos (1 dólar são 1820 pesos colombianos). Pra se ter uma ideia, em Popayàn paguei 20.000 pesos por uma diária de um bom hotel.

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Retornando a Quito, poderia ter dedicado mais tempo à cidade, mas segui cedo para a fronteira. O caminho o Google Maps não traçou. Não sei porque não traça rotas na Colômbia. Mas se tem que ir a Tulcàn, ao norte, a primeira cidade colombiana é Ipiales. São trezentos km demorados, porque para sair de Quito demora mesmo. Os acessos à cidade de Quito são autopistas largas, com intenso tráfego e parece que essas pistas dão voltas na cidade, como um caracol. GPS nela! Não há muitas placas. Na chegada, um taxista (3 dólares) me levou diretamente às quatro quadras onde se concentram os turistas (Mariscal). Para sair, o dono do hotel (esse cara foi sequestrado pelas FARC por 8 dias) me orientou a virar a primeira à direita e seguir reto sempre até a Panamericana norte, o que estava corretíssimo, mas mesmo assim demora muito. Um guarda local me mandou encostar e disse que eu não poderia circular naquele dia, por causa do número da placa, mas logo adiantou que, como sou turista vindo do Brasil e indo ao Canadá, não teria problema. Eu sabia que não estava correndo. Um motorista havia me avisado no farol para não correr mais que 90 km/h na cidade de Quito, pois a policia fica atenta. Realmente tem muita policia em Quito.

Resumo do Equador: para entrar tem que fazer SOAT (Huaquillas). Muita serra, asfalto bom. Não tem polícia para incomodar (nem pra ajudar, se for o caso). Chegada em Quito bem difícil. Gasolineras, tranquilo. Moto PAGA pedágio (20 cents de dólar).

Segui viagem e a saída do Equador demorou um pouco. Na aduana foram conferir a moto. Na entrada da Colômbia, muito fácil. O pais mais fácil até agora. Não exigiram SOAT, apenas algumas copias e tem uma copiadora ali mesmo, e já entrei devidamente advertido para não viajar à noite pelo distrito de Cauca. Disseram que não seria possível, pelo horário, chegar a Popayàn, a cidade que no Google Maps era a maior depois de Pasto, ao sul. Mas logo vi uma placa indicando que para Popayan faltavam 312 km (essa distância eu nao tinha, pois minha unica referência é o Google Maps, que não calculou). Era 1 e meia da tarde. Então tava pra mim.

O primeiro trecho de muitas curvas me levou a Pasto. A cidade engole a carretera e não há placa nenhuma indicando a saída nas diversas bifurcações. Mas tranquilo, saí para pegar um asfalto ruim em trecho de cordilheira, uma paisagem seca, muito calor. Depois peguei um trecho mais reto, um planalto, e parecia um pouco o nordeste nosso.

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O pior trecho veio depois, já perto de Popayàn. Desvios, asfalto ruim, muitas curvas em subida. Cheguei com uma puta chuva na cidade, a primeira da viagem e estressei com o miguelito do posto, que transbordou a gasolina, e muito. E ainda tive que pagar pelo excesso.

Popayan é uma excelente cidade para o pouso. Pequena, muito ajeitada, histórica, de lá saíram vários presidentes da Colômbia. Valeu muito a pena. Assim como Cuenca no Peru, essa é uma cidade que deve ser referência para quem faz essa rota.

No dia seguinte vim para Bogotá. O caminho segue por Cali. Até lá são 250 km, de serra moderada, estrada boa. Em Cali não há placa indicando a saída para Bogotá, nada. Mas hà duas a partir da autopista Simon Bolivar: Yumbo e Palmira ou Palmital, uma coisa assim de palmito. Esta è a melhor. Claro que fui pela outra! Depois de Buga é uma puta estrada duplicada e nova, ótima. Mas não dura muito e se muda da Rota 25 (essa boa) pra 40. Aí começa um trecho de 200 km de cordilheira grossa. Muito caminhão e muita curva, numa subida monumental e depois uma descida de duas horas para vales muito lá embaixo. Esse trecho é bem verde. Deve ser aí que o combate às drogas se dificulta. É muita montanha alta e verde. Essa carretera está com obras grandes e logo terá túneis e viadutos que simplificarão a viagem. Tipo a Imigrantes nossa. Encontrei um ônibus de Ilha Solteira com um adesivo grande da Festa de Barretos, e buzinamos bastante, eheh. Depois tem um planalto e novamente subida a Bogotá. Bogotá está a 2700 m. É fria e chuvisquenta.

Bom, detalhei mais porque tem gente que sei que pretende fazer essa viagem, então aí estão as informações.

A chegada a Bogotá é terrível. Trânsito parado e a moto com esses bauletos carregando coisas que ainda não usei! Tenho que ser como os carros. Depois que cheguei ao centro, larguei a moto num estacionamento e o dono me levou ate o hotel Dann. Muito bom. Tem várias coisas pra conhecer aqui. Amanhã deixo a moto no aeroporto, espero. Não querem me levar com a moto. Vamos ver.

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Resumo da Colômbia: estradas tem trechos de asfalto ruim, mas não há buracos fundos como no Brasil! Paisagens variadas, trechos de planalto e trechos de cordilheira, exército nas estradas. NÁO nos param como na m.. da Venezuela (nunca vão pra lá), e acenam, sempre cumprimentam. A policia também não pára, e é muito legal. Gostam de moto, adoram moto!! Na Colômbia moto NÁO paga pedágio e sempre tem um lugar bom pra moto passar. O seguro SOAT existe, mas não cobraram nada, nem tive que fazer. Gasolineras tranquilo.

Uma coisa pra registrar: nessa rota, depois do rio Paraná para Três Lagoas não tem controle de velocidade, e nem de faixa continua ou não. Em nenhum país ou trecho a policia se preocupou com isso.

O Policarpo (rockriders.com.br) parece que teve problema no Peru com a polícia por causa do SOAT. E já vi relatos de extorsão pela polícia ao norte do Peru (cem dólares). Felizmente nada disso me aconteceu. Talvez a própria polícia já tenha resolvido o caso. Pena que na Argentina os hermanos continuam nos extorquindo. Vergonha pra Argentina. Assim como é vergonha para o Brasil ter estradas piores que Peru, Equador e Colômbia!

Abraços aí!

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