Tok – Fairbanks – 47º dia

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América do Norte, Alaska, EUA

Tok – Fairbanks (Parcial = 355 Km / Total = 22.342 Km)

Manhã com sol e frio. Na hora da partida, percebi um ruído estranho no motor. Fui verificar o nível de óleo: estava muito baixo. Completei com um litro e o som do motor normalizou. A menina estava apenas com sede.

 

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Às 8 horas já estávamos percorrendo o tapete da estrada. Uma cordilheira nos acompanhava pelo lado esquerdo, a Cordilheira Alaska. Mais a frente, totalmente branca, sobressaia o seu pico mais alto, o McKinley Mount com os seus impressionantes seis mil e poucos metros de eternidade. Seguindo adiante, várias vezes se repetia a dobradinha tapete de asfalto e Lose Gravel. De tanto se repetir, as placas de cor laranja perderam a capacidade de nos assombrar.

 

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Chegamos a Fairbanks às 13 horas e encontramos o hotel com facilidade.

 

O Robertinho fez contato com o Rio e parece estar tudo certo para a empresa buscar a sua moto, no mais tardar, até sábado, na loja da Harley.

 

Agora, tenho que começar a pensar como vou agir sozinho, daqui para a frente. Apesar das dificuldades que temos passado na chuva, espero que Deus me conceda dois dias de sol para eu poder ir e voltar de Prudhoe Bay, pois com chuva os motociclistas comentam que será impossível passar.

 

Com esses pensamentos, deixei o Robertinho ultimando os seus preparativos de retorno, no hotel, e parti para procurar a loja da Harley, a fim de ver se tinha os meus pneus.

 

Próximo a loja, vi um hotel do tipo usado pelos rudos viajeros, no que terei que me transformar. De agora em diante, hotel bem simples, sem reservas pela Internet, e muita estrada por dia, a fim de economizar. Pensei: quando o Robertinho partir, virei para esse hotel.

 

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Na loja H-D, The Outpost, a maior área é para os produtos Harley-Davidson; e do outro lado, estavam expostas motocicletas Victory, Honda e BMW. Enquanto eu aguardava ser atendido pelo funcionário do setor de peças, percebi chegarem na frente da loja três motos, uma BMW GS, uma V-Strom e uma Honda, carregadas de tralhas e todas sujas de barro. Finalmente, o funcionário me deu atenção e disse que tinha bastante pneus para Touring. Comentei com ele que pretendia trocá-los após voltar de Prudhoe Bay, na próxima segunda-feira. Ele arregalou os olhos e comentou que tem chovido muito e tinha informações que mesmo com o sol dos últimos dias, ainda havia muita lama e seria quase impossível a Electra passar. Conversamos um pouco e ele me deu um mapa da Ak-11, a Dalton Hygway, mostrando os vários locais de maiores dificuldades. Meu coração ficou triste, pressentindo que o sonho acabaria aqui, em Fairbanks. Não tive mais ânimo de olhar mais nada na loja. Montei na Electra e saí pela mesma estrada de cascalho.

 

Quando passei pelo hotelzinho, freei a Electra e pensei: agora não vou mais precisar. Ao mesmo tempo, veio a minha mente as três motocicletas e resolvi voltar. Conversei com o dono da BM que estava com uma ferramenta na mão, mexendo na motocicleta. Ele me disse que eles estavam vindo de Prudhoe Bay e que se eu tivesse muito cuidado, a Electra daria para passar. Bela notícia. A informação baseada na experiência do piloto prevaleceu sobre o que tem ouvido o funcionário do balcão.

 

Rapidamente, voltei ao hotel de viajeros, e frente a iminente partida do Robertinho, sondei a possibilidade de me mudar para lá, pois agora vou pagar as contas sozinho.

PHD Artur Albuquerque
Fonte: http://phdalaska.hwbrasil.com/site/http://www.phd-br.com.br/


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