América do Norte, Canada, Yukon
Fort Nelson – Watson Lake (Parcial = 537 Km / Total = 20.866 Km)
Abro a janela do hotel e o céu continua nublado. Continuamos na Alaska Highway, em direção ao norte.
Mal saímos da cidade e a estrada é envolvida pela floresta. Uma neblina baixa e espessa nos obriga a reduzir bastante a velocidade, preocupados principalmente com a possibilidade de choque com animais. Poucos carros trafegam pela manhã.
Nosso primeiro reabastecimento foi em Rock Moutain Lodge, a 157 km de Watson Lake, onde o administrador nos apresentou as duas montanhas, orgulho do lugar: Rock Moutain a esquerda e Stone Moutain, a direita de quem sobe a Alaska Hwy.
Estava muito frio, mesmo na presença constante do brilhante sol.
Com o passar das horas na estrada, cruzam por nós alguns motociclistas solitários e um alguns triciclos Honda de última geração.
De maneira geral a estrada está boa e, vez por outra, aparecem umas placas de Loose Gravel Patches, alertando sobre reparos recentes em conjuntos de pequenas áreas no asfalto da estrada. O problema é que a superfície desses reparos tem sempre muita terra e pedrinhas soltas, que pode provocar derrapagens. Se passar sobre eles sem forte aceleração – aumento de velocidade, em curva ou frenagem – não há problema nenhum.
Muitos animais selvagens aparecem na beira da pista e tento fotografar. Além dos animais, também temos que ter muito cuidado com as pontes, porque às vezes elas são de superfície metálica tipo “treliça”. Então, como regra geral, sempre que surge qualquer ponte, diminuímos a velocidade.
A floresta constantemente rouba a nossa atenção, nos encantando com a sua beleza, que infelizmente as fotografias não retratam com fidelidade.
Continuamos na boa estrada ensolarada, que mais a frente começa a costear um imenso lago; estamos chegando a Muncho Lake.
A 62 Km, antes de Watson Lake, entramos na região mais isolada e inóspita, no extremo norte do Canada, a muito cantada em verso e prosa, a admirável Yukon – “Esta é a lei de Yukon. E ela é sempre clara: não me mandem os tolos e os frágeis. Me mandem os fortes e os lúcidos… Me mandem os melhores de sua raça. Emprestem-me os seus escolhidos. Eu os trarei para o meu lado e os chamarei de meus filho…” By Robert W, Service – onde até hoje a atmosfera dos povoados e cidades é de colonização.
Chegamos a Watson Lake às 13:00h. Um povoado bem pequeno, delimitado por duas carreiras de bandeiras afixadas em altos mastros, ao longo de ambas as margens da estrada. Como a nossa reserva no hotel contava a partir das 15:00h, fomos para a outra extremidade da cidade – da fila de bandeiras – onde fica a Floresta de Placas (Sign Post Forest).
Enquanto o Robertinho foi conseguir um martelo, encontrei um espaço vago em um dos bem localizados totens, onde o eterno presidente afixou a placa dos Harley’s Dogs MC.
No extremo anterior da estrada embandeirada – fora do “centro” da cidade – encontramos o nosso hotel. O Air Force Lodge (www.airforcelodge.com) é muito interessante e aconchegante, sendo administrado pelo simpático alemão com sotaque britânico, Michael Lexow, o nosso amigo “No Shoes”. A brincadeira do apelido é porque para entrar no hotel é preciso retirar os sapatos. E essa é a primeira frase que ele repete para todos os viajantes interessados em pernoitar naquela encantadora pousada.
Ao amigo Michael, que foi tão receptivo e gentil conosco, muito brigado
PHD Artur Albuquerque
Fonte: http://phdalaska.hwbrasil.com/site/ e http://www.phd-br.com.br/
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