Liberia – Esteli – 22º dia

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Liberia – Esteli (Parcial = 426 Km / Total = 10.547 Km)

Um céu nublado nos acordou bem cedo. Fizemos nossa higiene, arrumamos a bagagem nas motos e fomos tomar café.

Logo estávamos percorrendo a Pan-americana. Estradas boas, a 90 km/h. Alguns quilômetros antes da fronteira com a Nicaragua, em Peñas Blancas, começamos a ultrapassar pela contramão uma fileira imensa de grandes caminhões. Chegou a um ponto em que estava cada vez mais difícil avançar, pois as carretas gigantes estavam sendo estacionadas, cruzando e bloqueando a estrada, em ambas as mãos. Alguns caminhoneiros já estavam há dois dias esperando na fila para fazer a aduana e passar para a Nicaragua. O serviço tartaruga aduaneiro provocou este protesto e o prejuízo era geral.

 

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Depois de esperarmos algum tempo sob um calor intenso, resolvemos arriscar. O primeiro obstáculo era a roda traseira direita do caminhão, que estava a alguns centímetros do meio fio, sem deixar espaço suficiente para as Harleys passarem. Além disso, próximo a roda, junto ao mato que crescia no declive lateral, alguém havia se agachado e feito as suas necessidades básicas naquele local. Assim, caso eu deslizasse com a moto no pequeno barranco, seria quase certo minha bota destruir aquela grande obra de arte fecal. Como aquela visão imunda bem ali do nosso lado dava ânsia de vômito, a cobri com um jornal. Com muito custo, um ajudando ao outro, conseguimos passar. Alegria! Andamos um pouco, contornando os caminhões e nos deparamos com outro obstáculo mais difícil ainda. Infelicidade. O para-lama dianteiro esquerdo de outro gigante bloqueava a nossa passagem. Paramos as motos, conversamos um pouco com alguns caminhoneiros e ficamos esperando o desespero nos dar coragem.

 

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Outra vez resolvemos partir para o risco. Desta vez precisamos da ajuda de outra pessoa para ajudar a segurar a moto inclinada para fora da estrada enquanto realizava a passagem. O Roberto passou, aparado por mim e um rapaz. Na minha vez, levei um grande susto, quando inclinei a moto para o declive. Pensei que não retornaria mais. Felizmente, o Roberto e o rapaz conseguiram segurar. Ufa! Foi um desespero. Mas, conseguimos.

 

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Na saída da Costa Rica fomos assessorados pelo tramitador Alan que nos ajudou com as motos, Como não combinamos preço, cada um de nós morreu em 20 paus (dólares).

 

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Logo a frente, fomos fazer o ingresso na Nicaragua. Em taxas e seguro, nos cobraram 54.00 e com o tramitador Catcho e sua equipe, cada um deixou 10 paus.

 

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Seguimos em frente, mais uma vez com chuva, em boa estrada ladeada peça mata, chegamos a Esteli, e nos alojamos em um razoável hotel. Disseram que tem WiFi, mas não tem nem sinal.

 

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Amanhã, vamos por um novo roteiro, a fim de sair da Nicaragua através da fronteira em El Spiño, acatando as sugestões dos motoristas de caminhão, porque as outras possibilidades, segundo eles, estão infestadas de ladrões e perigosas demais.

PHD Artur Albuquerque
Fonte: http://phdalaska.hwbrasil.com/site/ e http://www.phd-br.com.br/


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