Lima – Nazca – 106º dia

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América do Sul, Peru

Lima – Nazca (Parcial = 460 Km / Total = 42.677 Km)

Acordei cedo com a decisão de fazer o seguro, a fim de obedecer a lei e evitar maiores aborrecimentos. Deixei tudo na Electra pronto para a partida, me agasalhei contra o frio e consegui uma taxi para me levar à seguradora.

La Positiva é toda um prédio imponente, no centro da cidade. Enquanto aguardava a minha vez de ser atendido, sentada ao meu lado, a funcionária Katia Castillo, que me perguntou se eu era do grupo da Harley, comentou que o diretor geral da seguradora também era e gentilmente, resolveu me ajudar. Me acompanhou no meu atendimento e ainda conseguiu uma autorização especial da diretoria para que o meu seguro cobrisse apenas 3 meses, a um custo proporcionalmente menor. Agradeci muito a mais esse anjo pela ajuda e com a apólice na mão, corri para pegar um taxi.

Por causa do trânsito congestionado, nenhum queria me levar. Até que consegui um taxi bem velho e o motorista de idade avançada que por enxergar pouco, logo me avisou que andava muito devagar. Mas, foi um papo divertido durante toda a corrida até ao hotel. Muito simpático, não se cansava de elogiar os jogadores brasileiros, que conhecia bem mais do que eu.

Tenho dado sorte em encontrar mais pessoas boas do que ruins, e o saldo positivo da interação com o bem, me dá uma carga extra de energia positiva para suportar as situações difíceis e ruins que tem surgido pela frente.

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Com o tempo nublado e muito frio, peguei a autopista Cerro Azul, que está um perfeito tapete e muito bem balizada. Como sempre, a pobreza acompanha as boas estradas do Peru, mesmo costeando o mar.

Em uma das cidades, pergunto ao guarda a direção para a Pan-americana Sur, ele me mostra e fala que há dois motociclistas brasileiros, 5 minutos na minha frente. Agradeço e parto atrás da minha gente. Os alcanço rápido e quando me aproximo, a placa da moto me diz que são bolivianos. Com grandes sacos pendurados, um de cada lado da moto, seguiam devagar. Cumprimento a ambos e sigo em frente.

A partir de Pisco, começa o calor. Passo pela estrutura rudimentar que é um observatório das Linhas de Nasca, à beira da estrada. Depois de costear o mar e adentrar o deserto, passo por Napa, que fica no alto da serra, onde há postos de gasolina, muitas curvas e abismos de assustar.

Nos pedágios, motos não pagam e a Policia Carretera, como nas cidades, está lá. Desde o episódio de ontem, quando fazem sinal para eu parar e me identificam, mandam rapidamente eu continuar. Tudo indica que eles têm um eficiente canal de comunicação nacional.

Em cada parada para abastecimento, é uma grande alegria quando aceitam tarjeta de credito e tenho procurado não desligar o motor, porque algumas vezes há dificuldade para ligar novamente. Parece que a bateria está nas últimas. Mas, nada até agora tem me impedido de continuar no rumo de casa. Assim, desde o México, cada chegada a um bom hotel é uma vitória. Apesar de um motoboy “muito gentil” tentar me leva para outro hotel, consegui chegar ao Alegria; ambiente de turistas e exploradores. Um bom lugar para relaxar.

PHD Artur Albuquerque
http://phdalaska.hwbrasil.com
www.phd-br.com.br


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