Olá amigos motociclistas e admiradores da vida em duas rodas. Venho relatar o passeio de moto que minha esposa Kátia e eu fizemos a bordo da Valentina, uma Yamaha Fazer 250 ano 2011, e claro, com Deus na garupa.
O passeio ocorreu numa quarta-feira. Acordamos às 6h com temperatura agradável, em torno dos 23 ºC. Tomamos um rápido café e saímos de casa às 7h10 da manhã. Acessamos a BR-050 (Rodovia Anchieta) que fica a 2 quilômetros de casa, e em 25 minutos já estávamos passando pelo pedágio no início da serra, onde moto não paga.
Iniciamos nossa descida com temperatura agradável, sem chuva, nem garoa, apenas com trânsito de muitos caminhões e ônibus na estrada. Redobramos a atenção e fomos descendo numa velocidade entre 50 e 65 km/h. Devido à enorme quantidade de caminhões, em alguns momentos a velocidade caia pra 30 km/h. Alguns caminhões estavam carregados e quando freavam o cheiro de pneu queimado subia.
Por volta das 8h já estávamos na Rodovia Cônego Domenico Rangoni, conhecida como rodovia Piaçaguera-Guarujá, acessando o lado direito da pista para seguir sentido litoral norte de São Paulo. Ôoo litoral maravilhoso. Fizemos a primeira parada para beber um pouco de água, já que a descida foi um pouco tensa. Esticamos um pouco o esqueleto e seguimos viagem.
Rodamos por alguns quilômetros e o céu mudou de cor. O azul começou a sumir em meio a nuvens escuras. Ixiii vem chuva por aí. Dei seta, encostei a Valentina, abri o baú, coloquei a capa da parte de cima (a calça o vento seca, kkkk). Kátia optou por colocar a capa somente se a chuva apertasse.
Subimos na motoka e seguimos. Uma chuva fraca começou, como prometido pela cor das nuvens. Andamos cerca de 10 quilômetros e a chuva parou. Chegamos ao trevo do pastel, em Bertioga, e paramos para experimentar o famoso pastel da região. Realmente, é bem gostoso, apesar do preço salgado. Comemos um pastel, saboreamos um gostoso caldo de cana gelado, fomos ao banheiro. Depois pegamos a Valentina e seguimos sentido Boraceia.
Não chovia mais, então seguimos tranquilos, a quantidade de veículos era pequena e a de caminhões quase zero, uufaaa. Passamos por várias praias e vilarejos, rodando sem pressa e comtemplando as belas paisagens que o nosso litoral norte e a BR-101 nos oferece.
A velocidade média era de 90 km/h, mas nas entradas dos vilarejos a velocidade diminuía, ficando próximo aos 40 km/h, devido ao grande fluxo de pedestres atravessando a estrada.
Passamos por algumas praias, como Boraceia, Riviera, Juquehy, Preta, da baleia, Barra do Sahy, Cambury, Camburizinho… Algumas delas já conhecidas de outros passeios, outras eram novidade.
No caminho, vários mirantes surgiam e, claro, parada para comtemplar as belas paisagens e registrar a paisagem em fotos.
Por volta das 10h chegamos a Boiçucanga, praia muito bonita, onde resolvemos encostar a Valentina para um descanso. Pretendíamos passar o dia por lá, mas percebemos que a maré estava muito alta naquele local e as ondas quebravam com forca no local, então pegamos a motoka e seguimos para o final da praia, já que lá as águas estavam mais calmas.
Arrumamos um estacionamento, guardamos nossas roupas no baú (nosso porta malas kkk) e deixamos a Valentina repousando. Depois seguimos para a praia para um merecido mergulho, apos ter rodado 150 km.
Arrumamos uma sombra e por ali ficamos, entre banho de mar conversas e água gelada, já que o calor era grande. Perto das 2h da tarde a fome bateu, então pegamos nossa mochila e seguimos pela areia até o restaurante que ficava um pouco distante, mas um passeio pela areia admirando aquele belo marzão de águas claras é sempre bom.
Chegamos ao restaurante, que por sinal já conhecia, a Kátia, ainda não.
Almoçamos, com acompanhamento de uma gelada. A vista do restaurante não era nada mal, de frente para o mar.
Após o almoço, o cansaço nos abraçou. Compramos uma garrafa de água e fomos para a grama que ficava próximo da areia, para um breve descanso. Esticamos uma toalha no chão e por ali ficamos por cerca de 40 minutos. Na sequencia, mais um banho de mar.
O sol ainda estava forte, por isto optamos fazer o trajeto da subida da serra no fim da tarde. Permanecemos na praia até às 18h. Nesta hora a temperatura estava mais baixa, em torno dos 25 ºC. No inicio da tarde fazia 32 ºC, com sensação de uns 40 kkk.
No horário planejado, fomos até o estacionamento, trocamos as roupas, nos despedimos de uma senhora, responsável pelo estacionamento e iniciamos a subida. O relógio da moto marcava 18h30. Calculava chegar a casa por volta das 21h.
Fizemos o retorno tranquilo, graças ao bom Deus, fazendo 3 paradas para descanso, a primeira em Bertioga, para beber um suco de açaí e ir ao banheiro e outras duas paradas de cinco minutos para esticar as pernas e beber um pouco de água que tinha comprado em Bertioga quando tomamos o suco.
Chegamos no horário previsto, às 21h10. Com enorme satisfação pelo passeio e os 295 km rodados por lindas paisagens.
Agradeço a Deus pela proteção em cada quilômetro rodado e à Kátia, garupatroa que me acompanhou nessa pequena, porém, gratificante aventura.
Ficam as dicas: procure beber bastante água. É normal o corpo desidratar durante uma viagem de moto em dias quentes e, se não for consumida a quantidade necessária de água, o motociclista pode ficar tonto e causar um acidente; use protetor solar; e procure evitar rodar muitos quilômetros sem fazer paradas – elas são muito importantes para descansar o corpo.
Nas viagens de moto mais longas que já realizamos fomos para Arraial do cabo, RJ, e Morretes (PR). Agora continuo lendo as historias de aventuras e me inspirando para novos passeios.
Grande moto abraço a todos os viajantes.
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