O objetivo dessa viagem era percorrer com nossas motos algumas das estradas da região norte do estado de Minas Gerais para conhecer cidades, vilas e trechos da Estrada Real e do Vale do Jequitinhonha.
Viajei na companhia do meu amigo Márcio Lima, que foi com sua BMW GS 800 e eu com minha Yamaha Virago 535 ano 2001.
Saí de Pará de Minas no dia 24 de junho às 6h da manhã. Passei por São José da Varginha, Pequi, Cachoeira da Prata, Inhaúma e, em Sete Lagoas, peguei a rodovia BR-040, que percorri até o entroncamento com a MG-231, de onde segui até Cordisburgo, onde encontrei com o Márcio, que tinha iniciado sua viagem em Betim.
Depois dos cumprimentos, fomos visitar o museu dedicado a Guimarães Rosa. Em seguida fomos ao zoológico de Pedras Peter Lund, que possui exposição de réplicas de animais do período Pleistoceno (entre 10.000 anos e 2.000.000 de anos atrás). Os animais em exibição são reproduções em concreto dos fósseis encontrados no interior da Gruta do Maquiné.
Retornamos para a estrada e passamos por Curvelo, Augusto de Lima, Buenópolis. Paramos para almoçar em Bocaiúva.
Seguindo viagem, chegamos a Montes Claros, onde abastecemos as motos e tomamos um café típico mineiro, com pão de queijo e café, claro. De lá fomos para Francisco Sá, onde pernoitamos. Mas antes de dormir, um churrasco, com cerveja e cachaça pra mim e água com refrigerante para o Márcio.
No dia seguinte, após o café da manhã, verificação das motos e agradecimentos a Deus, seguimos viagem em direção a Grão Mogol. Esse trecho com trânsito intenso, muitos veículos pesados e ventos laterais fortes deixaram a viagem tumultuada. Agradeço ao prudente motorista de Cubatão (SP), placa do caminhão AME-1566, que salvou minha vida. Amém.
Chegamos a Grão Mogol, na Serra do Espinhaço. Um sonho antigo de conhecer a cidade, agora realizado. Seção de fotos, visita a pontos turísticos, cervejas e cachaças regionais.
Ficamos hospedados na Pousadas d’Laura, onde tive o privilégio de conhecer duas sobrinhas netas de Guimarães Rosa, residentes em Sete Lagoas. Coisa ímpar de ocorrer. Agradeço a Ele.
No dia 26, após o café da manhã, fomos a uma oficina mecânica da cidade para conseguir um novo parafuso para o escape da minha moto, para substituir o que tinha perdido na estrada. Debaixo de uma chuva fina e fria, seguimos caminho sentido Salinas, onde paramos para almoçar e comprar cachaça. Na cidade, conhecemos o Celinho do moto clube Rota 251.
Continuando nossa viagem, passamos por Rubelita e Coronel Murta, chegando então ao Vale do Jequitinhonha. À tardinha chegamos a Araçuaí, onde pernoitamos. Foram 310 km rodados até aquela cidade.
No dia 27, antes de irmos para a estrada, visitamos o Mercado Municipal de Araçuaí. Após abastecimento, seguimos em direção à cidade de Berilo, mas paramos no Distrito de Ponte Setúbal para confirmar se o trajeto estava correto. Chegando a Berilo pedimos mais informações e resolvemos ir para Diamantina, distante 280 km, sem passar por Turmalina.
Na saída da cidade atravessamos uma imensa ponte de madeira sobre o rio Araçuaí. Pegamos 31 km de uma estrada de terra onde passamos pela comunidade de Vai Lavando, uma antiga região de garimpo, onde conhecemos o Manoel e sua esposa, proprietários de uma típica “venda” à beira da estrada. Paramos, conversamos e com eles nos informamos sobre a distância e as condições das entradas.
Ao sair da estrada de terra e pegar asfalto, passamos por várias cidades. Como não paramos, não registrei fotos dos lugares. Chegamos a Diamantina e fomos ao mirante para fotos. Depois seguimos para o Cruzeiro que fica no alto de outra Serra. Descemos ladeiras, subimos ladeiras íngremes e chegamos ao hotel.
O proprietário se chama César, integrante do moto Clube Cangaceiros do Asfalto. À noite fomos jantar em um típico e tradicional “boteco” de Diamantina: bar do Ibraim. O Rodriguinho, amigo motociclista de Diamantina, nos acompanhou.
Dia 28 pela manhã fizemos um pequeno passeio para conhecer e tirar fotos do centro da cidade. Depois pegamos estrada. Passamos pelas cidades de Datas, Serro e Conceição do Mato Dentro, onde almoçamos.
Após o almoço, fomo cumprir a etapa final da viagem. Saímos de Conceição do Mato Dentro e pegamos um trecho de 25 km de estrada terra. Após este trecho chegamos à Serra do Cipó. Neste dia passamos por muitas, mas muitas curvas no sentido interior de Minas pra a Capital do Estado. Detesto curvas.
Fizemos uma parada em um mirante no alto da serra para registrar fotos ao lado da estátua do famoso Juquinha. Descemos, atravessamos o distrito de Serra do Cipó e chegamos a Lagoa Santa.
Neste ponto o amigo Márcio seguiu para sua casa em Betim e eu ainda segui por Pedro Leopoldo, Matozinhos, Prudente de Morais e Sete Lagoas e cheguei a Cachoeira da Prata às 19h, onde resolvi pernoitar para não rodar os 80 km que faltavam à noite e sozinho.
Pela manhã do dia 29, segui sentido Pequi e São José da Varginha, chegando a Pará de Minas, depois de seis dias na estrada.
No velocímetro da Loba de Aço um total de 1.719,6 km rodados nesta gostosa viagem de moto pelo norte de Minas Gerais.
Agradeço a Ele pela viagem maravilhosa.
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