Mais um pequeno passeio de moto que pode ser feito em um dia ou durante um final de semana que considero interessante aqui pelas terras de Minas Gerais. A ida ao Santuário do Caraça, distante cerca de 120 km de Belo Horizonte, pode ser feita pela BR 381, sentido Vitória-ES, até o trevo para Barão de Cocais, Santa Bárbara e Caraça. Depois segue pela MG 436 via Barão de Cocais, virando à direita para o Caraça antes da cidade de Santa Bárbara.
Vale a pena visitar o local tanto nos dias quentes quanto nos dias frios. Claro, aproveita-se mais nos dias quentes, haja vista as diversas possibilidades de banhos nos poços e cascatas da região.
Segundo a Wikipédia, Caraça é o nome de um trecho da Serra do Espinhaço localizado entre os municípios de Catas Altas e Santa Bárbara, Minas Gerais, Brasil e dá nome ao antigo colégio Caraça, onde importantes personalidades da história brasileira estudaram. Hoje, o Caraça é uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), que abrange toda a região.
O nome oficial do local é Santuário de Nossa Senhora Mãe dos Homens, mas o Caraça tem esse apelido devido à forma que tem parte da serra, que lembra o rosto de um gigante deitado.
A serra forma imenso anfiteatro alongado com quatro quilômetros de largura, terreno em leves ondulações florestadas e os três picos do morro da Trindade, o da Conceição; ao sul, as serras da Olaria e da Canjerana, a Serra do Inficionado, o morro do Sol e a Serra do Carapuça.
As águas da bacia descem das montanhas em belas cascatas como Cascatinha, Cascatona e Bocaina. Tais cascatas se abastecem do ribeirão do Caraça, com águas intensamente ferruginosas. No Caraça há dois lagos, o Tanque Grande, rodeado de bosques, e o Tanque São Luís.
O disco de Milton Nascimento, Missa dos Quilombos, foi gravado ao vivo, em março de 1982, nas dependências da Igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens.
No interior da Serra do Caraça, o Parque conta com várias atrações de acordo com a natureza, como caminhadas e banhos em piscinas naturais. Mas a melhor atração é a vista da família de lobos-guará (Chrysocyon brachyurus) que vive no local. Em meados dos anos 1980, o então diretor do colégio costumava deixar, no pátio em frente à escadaria da igreja, restos de ossos do jantar; os lobos desde então fazem a sua primeira refeição da noite no adro da igreja, possibilitando registros de imagens e uma experiência única aos visitantes.
Tem ainda como atrativos para o passeio locais como:
- Pico do Inficionado: exige um pouco de condicionamento físico, pois são 9,5 km de caminhada entre pedregulhos e subidas fortes. O cume fica a 2.032 m de altitude e oferece uma linda vista da região.
- Pico do Sol: essa trilha também exige bom preparo físico. São 10 km só de ida até o ponto mais alto do Pico do Sol. A altitude alcança 2.068 m. Do alto pode-se ver boa parte da Serra do Espinhaço. Nesse passeio pode-se observar a junção da Mata Atlântica com o Cerrado.
- Cascatona: são 6 km de caminhada até a Cascatona. Essa cachoeira tem 70 m de altura e termina numa piscina natural, ideal para banho.
- Cascatinha: fica a aproximadamente, 2 km da Igreja do Parque e é um dos lugares prediletos dos visitantes para banho. São várias quedas formando piscinas naturais de extrema beleza.
- Gruta do Centenário: é considerada a maior do mundo de quartzito. São 3.400 m de galeria, que devem ser visitadas com um guia local.
Fomos no dia 15 de Agosto aproveitando um feriado municipal, aniversário de BH e dia da padroeira da cidade. Saímos Andrias e Lívia, Marco Antônio e Viviane e eu, respectivamente nas XRE 300, Falcon 400 e Ténéré 250.
Pensamos em ir pelo caminho velho de Sabará até Caeté mas, por ser feriado, imaginamos que aquela estrada deveria estar cheia e, como é estreito e com curvas, achamos melhor ir pela BR 381. A saída de BH até depois de Sabará foi triste. Engarrafamento quilométrico e lentidão, o que atrasou um pouco a viagem. Mais à frente fluiu bem.
A pavimentação da rodovia nesse trecho está boa, não houve nenhuma intercorrência digna de nota. Depois de uma pequena parada para descanso e banheiro antes de Itabira, seguimos sem problemas até o santuário, observando a bela paisagem da região.
Na portaria do Parque recebe-se o bilhete para pagar a taxa de visitação, R$ 10,00 (dez reais).
Passamos o dia lá, andando pelo santuário e pelos arredores, descansando, fotografando e batendo papo. Almoçamos e lanchamos lá também. Apesar do preço um pouco alto, é muito bom e vale a pena.
O retorno foi tranquilo, também sem intercorrências.
Como dito no início, é um passeio para um dia, ou para um final de semana, compreendendo sexta, sábado e domingo.
Se vier por estes lados de BH e quiser passar o tempo em local agradável, além do passeio de moto que vale a pena, sugiro o Parque do Caraça como uma boa opção.
Boa estrada a todos.
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