Parque Estadual do Ibitipoca

Deus reservou aos pássaros as asas, que os permitem voar e alcançar as alturas. Aos homens foi dado o espírito de aventura, que os permitem desfrutar das maravilhas que Deus criou.

Aproveitando esta dádiva, sonhei e realizei na companhia da minha esposa e uma valente Yamaha Lander XTZ 250, uma viagem para conhecer o Parque Estadual do Ibitipoca, localizado na cidade de Lima Duarte e Santa Rita do Ibitipoca, na Zona da Mata de Minas Gerais.

Meu nome é Ludgero e minha esposa, que esta no comando há 24 anos (não posso reclamar), chama-se Edna. Moramos em Ipatinga, a 220 km de Belo Horizonte.

No dia 18 junho, beijamos as crias, pegamos a moto e partimos às 07h30min. Pegamos a BR 381 (estrada da morte), que está com obras para duplicação em andamento. Seguimos para João Monlevade até o trevo de Barão de Cocais com um intenso trânsito de ferozes caminhões. Deu pra sentir o que é uma formiga perto de elefantes. Saímos da 381 no referido trevo e seguimos para Barão de Cocais, Ouro Preto, Mariana e Viçosa.

Paramos em muitos lugares para registrar com fotos esta rota maravilhosa e também dar uma folga no motorzinho valente da Lander e descansar a buzanfa, que implorava por muitas paradas.

Chegamos na cidade de Ubá às 16 horas e encontramos um repouso na Pousada Bem Te Vi, propriedade da Dona Mônica, onde dormimos.

Às 7 horas a bagagem já estava amarrada na moto. Tomamos um café quente, pois o frio apertava o peito. Logo me perguntei: “que espírito aventureiro DEUS me concedeu?” Então era fazer a Lander roncar e partir ao destino. Seguimos para Juiz de Fora, Lima Duarte e a Vila Conceição do Ibitipoca.

Na Vila, um grupo de mochileiros malucos já nos esperava: Leonardo, Miriam, Bianca e Rafael. Gente bonita do Rio de Janeiro, que foi de carro para curtir as trilhas da serra do Ibitipoca.

Eram 11h50min quando chegamos e encontramos um almoço delicioso, feito no fogão à lenha do restaurante Paiol de Minas.

Às 14 horas deixei a Lander na pousada Sombra da Candeia e fomos trilhar na serra, 5 km de caminhada no circuito das águas, rochedos, cachoeiras e grutas. Mais um sinal que DEUS existe e fez belas paisagens para o homem descobrir e admirar. Encerramos esta trilha às 17h30min.

Voltamos para a pousada e tomamos um gostoso banho quente para aplacar o frio da serra que estava apertando o peito. À noite tomamos um vinho e a famosa chimboquinha, degustando um bom queijo e papeando pra conhecer a galera de mochileiros.

No dia 20 Junho acordamos bem cedo para fazer a famosa trilha da Janela do Céu, que tem 16 km de muito sobe edesce, ida e volta, outra beleza natural. Fiquei agradecendo a DEUS por estar ali, por ter superado o sedentarismo e enfrentado o desafio.

Na mesma noite, encontramos mais 50 mochileiros no Bar Ibitilua, com forró, cerveja, chimboquinha e o alto astral da galera.

No Sábado, dia 21, depois da noitada e das trilhas do dia anterior, acordamos às 10 horas da matina e saímos para curtir a vila. Percorremos as lojinhas de artesanato, almoçamos com a galera e registramos mais fotos. À noite desistimos de ir a uma festa junina promovida por uma mochileira da hora chamada Paty, pois no dia seguinte cedo teríamos que enfrentar o frio e fazer a Lander roncar na estrada.

Na manhã seguinte a serra do Ibitipoca ainda estava fria e coberta pela serração baixa, que escondia a poeira e os buracos da estrada. Seguimos para Juiz de Fora, Ubá e Viçosa por outra rota, passando por ponte nova, Raul Soares, Bom Jesus do Galho, Córrego Novo e Ipatinga. Paramos muito para descansar a buzanfa e para comer pão com linguiça na Lanchonete do Nerço

Chegamos em casa às 17 horas para abraçar as crias, Rodolfo e Rudiery, que já estávamos com saudades. Agradeço a DEUS por me guiar na estrada da vida e superar os desafios que encontramos no mundo de aventureiros.


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