Viagem pelo litoral do Uruguai

Em setembro de 2012, comprei uma Yamaha Midnight Star. Sempre gostei do estilo custon e achei a melhor relação custo/benefício nessa moto.

Após a compra, eu e minha mulher, Neiva, começamos a planejar nossa primeira viagem. Por ser nossa primeira aventura e como iríamos sozinhos, optamos por fazer um percurso já conhecido, fomos para o Uruguai. Planejamos entrar no país por Aceguá, indo até Colônia do Sacramento e, apartir daí, continuar pelo litoral rumo ao Chuí.

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Moramos em Lontras, uma pequena cidade do Vale do Itajaí em Santa Catarina. Da nossa casa até Colônia, percorreríamos em torno de 1200km. A primeira etapa faríamos até Santa Maria, onde mora meu irmão, dormiríamos lá e no outro dia continuaríamos a viagem. Nosso plano era viajar até onde desse e, antes de anoitecer, procurar um lugar para passar a noite.

Para planejar a viagem lancei mão de dicas de outros motociclistas mais experientes e da internet. Pesquisar em sites como o “Viagemdemoto.com” foi de grande valia.

Saímos de Lontras no dia 3 de janeiro, às 6h da manhã. Por volta do meio dia estávamos em Passo Fundo, onde almoçamos e continuamos a viagem. Chegamos em Santa Maria às 16h sem nenhum problema.

Viagem de moto Uruguai

Em Santa Maria houve uma alteração na rota planejada. Meu irmão resolveu acompanhar-nos de carro até Colônia e resolvemos entrar no Uruguai não mais por Aceguá, mas por Rivera.

Saímos rumo ao Uruguai no sábado, dia 5 de janeiro. Logo na saída de Santa Maria, pegamos muita chuva, com fortes ventos, uma verdadeira tempestade. Ao chegramos em Rivera, o tempo melhorou e não mudou até o final da viagem, e foi esse o único problema que enfrentamos até o final do percurso.

Chegamos em Colônia por volta das 19h, fomos para o hotel e à noite saimos para jantar. No outro dia fizemos turismo pela cidade, que é muito bonita.

Viagem de moto Uruguai 11

Colônia é uma cidade histórica. Era um enclave português às margens do Rio da Prata, na parte espanhola da América do Sul. Sua arquitetura, com ruas pavimentadas com paralelepipedos irregulares e casas estilo português, lembra muito as cidades brasileiras da fronteira do Rio Grande do Sul. A parte histórica, onde há um aglomerado de casas e uma fortificação do século XVIII, é muito parecida com cidades históricas brasileiras, como Ouro Preto.

Pernoitamos mais uma vez na cidade e, no outro dia, fomos em direção a Montevidéo, que fica a 170 km de distância. Em Montevidéo procuramos um hotel e depois fomos passear pela cidade.

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No outro dia, nos despedimos do meu irmão e do sobrinho, que retornaram para o Brasil, e continuamos a viagem em direção a Punta del Este. Como haviam nos prevenido que Punta era uma cidade cara, resolvemos pernoitar em Piriápolis, um bonito balneário distante uns 15 minutos.

Conhecemos Piriápolis, suas praias, sua marina e fomos para Punta del Este. Chegando lá, almoçamos e fomos conhecer a cidade, que realmente é muito bonita. Não é por nada que carrega a fama de ser o mais charmoso balneário da América do Sul. Vale a pena conhecer Punta del Este e, apesar do preço ser um pouco mais salgado, me arrependi de não pernoitarmos lá. Voltaremos em outra oportunidade para ficar lá, conhecer melhor suas praias e suas atrações noturnas. A cidade merece um capítulo só para ela nas histórias de qualquer viajante.

Continuamos nossa aventura em direção ao Chuí, que fica distante cerca de 250 km, onde pernoitamos. No Chuí, as atrações turísticas são os “Free Shopings”, mas por estarmos de moto e termos limitação de espaço na bagagem, não pudemos comprar muita coisa. Os eletrônicos, perfumes e bebidas são bem baratos.

Viagem de moto Uruguai 08

Do Chuí fomos em direção a Pelotas, passando pelo banhado do Taim. Passamos a noite em Pelotas, de onde fomos para Laguna, depois retornamos para Florianópolis e, finalmente, Lontras.

No total, a viagem durou 10 dias. Foi muito boa, sem nenhum problema, apenas a chuva na entrada do Uruguai, que consideramos um batismo de nossa primeira aventura de moto.

O Uruguai é um país bonito e amistoso, fomos muito bem tratados. Na aduana, em Rivera, as autoridades exigiram apenas os documentos da moto, que devem estar em nome do condutor, e o RG ou passaporte, após isso não fomos mais importunados.

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Não levamos nem pesos urugaios, eles aceitam Real ou cartão de crédito em todos os lugares. Um item que não deve ser esquecido é o GPS, de grande valia para transitarmos pelas cidades sem problemas. A moto deve passar por uma boa revisão antes da viagem, de preferência em oficinas credenciadas. Tomando esses cuidados, a viagem é muito prazerosa e a volta é tranquila. O Uruguai deixou boas lembranças e saudades.

Já estamos planejando a próxima. Bonito/MS, aí vamos nós …

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