Rastro da Serpente

Sábado pela manhã, após o café na The One Harley-Davidson e encontro com vários Amigos Harleyros, deixei o PHD Breide seguir rumo a Antonina, passei pelo Studio Fênix, onde ficou o Amigo Santolino (foto abaixo) de água na boca. Saí rumo a Rio Branco do Sul, passando por Bocaiuva do Sul, Adrianópolis, Apiaí e, finalmente, Capão Bonito, percorrendo as 1250 curvas que delineiam os 260 km da estrada conhecida como Rastro da Serpente. Já tinha a vontade de experimentar a Blackline neste trecho, o que aconteceu nos dias 24 (ida) e 25 (volta) de agosto de 2013.

A primeira parada ocorreu em Bocaiuva do Sul, onde a estrada já começa a serpentear, as retas vão sumindo e a partir daí o trajeto literalmente torna-se um slalom sem cones e raras áreas de escape praticáveis.

Parada obrigatória para dar Graças para o céu azul, por não ver nenhum acidente, desejar bem estar aos que ficam em casa e aos novos companheiros que conheci na estrada e no destino.

Esta placa é a mais recorrente em toda a estrada e as mais interessantes ficam em locais arriscados para tirar foto. Você está em uma curva, arrastando pedaleira no piso, e aparece no meio desta curva uma placa indicando curva fechada à frente… Pode acreditar, tem mais de uma… Detalhe: toda cidade do trajeto fica numa curva, a estrada dificilmente tem retas.

Posto Movicar, em Adrianópolis, bom de parada e combustível. Abasteci na ida e na volta.

Quando estava parado no posto em Adrianópolis, chegaram o Claudio e o Maioli, cada um pilotando uma VStrom e ambos com suas esposas nas garupas. Cláudio perguntou se eu iria para Capão Bonito e Maioli disse que estava meio na duvida se valia a pena. Respondi que ir até ali e não tocar em frente era igual ir a Roma e não ver o Papa.

A partir de Ribeira, entrando em São Paulo, a estrada muda de figura, está em reforma, os trechos recém asfaltados enganam, muita brita solta, piso venenoso e os trechos ainda sem reforma exigem muito cuidado… Todo o trajeto, em piso bom ou ruim, é sem acostamento. Se faltar estrada, resta pela frente um barranco, geralmente de pedras ou grotas. É uma escolha difícil. O melhor é ter juízo e realizar o percurso dentro dos limites da moto, da estrada e, principalmente, do piloto.

Às 15 horas, a 86 km de Capão Bonito, baixou uma forte serração, que perdurou uns 30 km. Visão de uns 50m à frente. Na chegada a Guapiara o tempo já estava novamente limpo com a estrada de piso novo em folha.

Em certos trechos dá vontade de voltar e fazer de novo. Indescritíveis.

Guapiara e Apiaí: para variar, as chegadas às cidades são em curvas…

Já em Capão Bonito, no Porthal Rastro da Serpente, um bar temático do Arthur Ferreira, motociclista de longa data e uma figura muito especial. A acolhida naquele local é inesquecível e ponto obrigatório de parada no roteiro. De grande conhecimento da região, útil para reservas em hotéis e auxilio na estrada. Ao lado do bar temático, uma garagem, boa para um evento com churrasco no final do dia em ótima companhia.

O Arthur foi quem fez as estatísticas das curvas da estrada, chegando ao número de 1250 em 260 km. Muito curioso, ele fez o trajeto de Curitiba/PR a Capão Bonito/SP como passageiro de um carro, com um contador na mão. Disse que vai fazer com dois contadores para saber quantas são à direita e à esquerda da próxima vez…

Por falar em companhia, o Maiole fez o vídeo que está acima (não deixe de assistir e, se der, comparar com outros vídeos do Youtube) que reflete um pequeno trecho ainda no Paraná e proporciona a impressão de uma real tocada no Rastro da Serpente.

m Capão Bonito, no Porthal do Rastro da Serpente, bar temático do Arthur Ferreira: Dinho, Claudio e Maioli com respectivas garupas/esposas.

Após a picanha do jantar, pernoitamos no Hotel Baguassu, que fica na entrada de Capão Bonito. Banho muito bom e excelente café da manhã.

Para encerrar faço duas perguntas: alguma vez você:

  1. Riu, sozinho, pilotando uma moto na estrada???
  2. Parou e retornou para fazer o trecho novamente???

Fica um especial agradecimento ao Arthur Ferreira do Porthal Rastro da Serpente em Capão Bonito e aos companheiros de viagem Claudio, Maioli e respectivas garupas…

Forte Abraço.


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