Planejamos visitar o Cânion do Guartelá, em Tibagi no Paraná, o sexto maior cânion do mundo e o maior do Brasil, durante o feriado da Semana Santa. Saímos de Goiânia em 5 motos, uma Vulcan 900, 2 Lander 250 Motard, uma Sundown 200 cc e uma Fan 150.
Na verdade poderia ser chamada da viagem da 3ª idade: Marinho com 72 anos; Mauro com 65; João Rau com 63; Ricardo com 62; e o garoto da turma, Toninho, com 56.
De Goiânia a Tibagi são 1050 km, que fizemos em um dia, mostrando que a terceira idade está afinada e firme com o uso das motocicletas. Como sempre, viajamos em velocidade de segurança ( para nós). entre 100 e 120 km/h, parando a cada 2 horas, querendo curtir ao máximo esse nosso tempo que ainda temos para andar de moto.
Em Tibagi, cidadezinha da Rota dos Tropeiros, que por sinal serve de base para quem vai ao Cânion, que além de ser o 6º maior do mundo, é o maior em Vegetação natural. Para quem gosta de de um Eco Moto Turismo, é a região ideal. A região tem muitas cachoeiras, muito lugar para rapel, tracking, além de fazer parte do circuito nacional de canoagem e rafting.
Para nós, que moramos na região Cento Oeste, tudo muda repentinamente. Saímos de uma temperatura de quase 40º para pouco mais 10º. Nossa região com planaltos a perder de vista, nada tem a ver com as serras e montanhas da região que visitamos.
O Cânion do Rio Iapó ou Cânion do Guartelá é uma garganta retilínea com cerca de 30 km de extensão e desnível máximo de 450 metros. A paisagem do Vale do Rio Iapó, principalmente ao amanhecer, é surpreendente. A bruma que cobre os campos vai se escoando e, aos poucos, surgem copas de araucárias ou “pinheiros-do-paraná” centenárias e formações rochosas muito interessantes. Sinuosas, altíssimas, irregulares, recortadas em fendas, surgem duas cadeias de montanhas, separadas pelo leito do Rio Iapó.
Dentro do Cânion do Guartelá está o Parque Estadual do Guartelá, criado em 1992. Formado por um ecossistema extremamente rico e inúmeras atrações naturais. São várias quedas d’água, corredeiras, formações areníticas, vales profundos e inscrições rupestres, que podem ser conhecidas através de várias trilhas em meio à flora e fauna muito diversificada.
Na volta para Goiânia, passamos por Castro, cidade de colonização holandesa, onde também se pode entrar em contato com a cultura dessa região da Europa.
Enfim, foram cinco dias de viagem para percorrer 2.400 km. Cinco dias que para nós deu uma recarregada nas nossas energias de motociclistas com quase 50 anos de moto cada um.
Mais sobre nossa história com motos em www.euvouso.com“
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