Passeio de moto até Itaipava

Sábado pela manhã, dia de sol, mais dois alucinados para dividir a estrada e moto que havia passado nas mãos de mecânicos e ainda não havia ido para a estrada. Condições facilitadoras para um pequeno passei de 190 kms no sábado pela manhã.

Saímos às 8h30min de um posto BR aqui na Lagoa, após abastecer e tomar um expresso com pão de queijo.

Apesar de convocar um número maior de alucinados, acabamos sendo três. Três Fats que partimos para Itaipava (BR-040) às 8h45.

Seguimos com estrada sem movimento, apenas algum transito mais pesado na passagem por Duque de Caxias e subimos a serra de Petropólis pelo caminho que vai receber denominação de rota turística após a duplicação da descida pelo outro lado da serra.

É uma estrada com piso em concreto, muitas ondulações e curvas bastante acentuadas que vem desde o tempo do império e é a principal via de acesso às Gerais aqui no Rio.

Subida lenta, eu diria quadrada mesmo, porque estou sem ritmo de estrada e não consigo deixar de pensar no acidente da Silvana que aconteceu há um ano e meio atrás nessa mesma subida. Vou puxando a fila das três Fats e os meus dois companheiros percebem as curvas quadradas e me deixam seguir na “minha velocidade” e não na velocidade que estamos acostumados a subir… para ter uma idéia, uma Honda 250 (acho que era uma Twister) passou por nós fazendo a curva na faixa da direita…. devagar mesmo.

No meio da subida consigo melhorar a performance (acabamos passando novamente a Twister) e conseguimos entrar na parte “atapetada” da BR-040 em direção à Itapaiva.

Essa parte do tapete começa em Petrópolis e vai até Juiz de Fora. Pista com piso muito bom, duas faixas e acostamento tanto na direita quanto na esquerda.

Pode ser coincidência, mas assim que passo o local do acidente, consigo achar o meu ritmo na estrada e com a boa estrada e pouco movimento conseguimos “surfar” na estrada, buscando melhores pontos para tangência e imprimimos uma boa velocidade até Itaipava.

A ideia inicial era chegar em Itaipava, abastecer e verificar a média das motos e voltar, mas mudamos a programação e fomos comer empadas em Nogueira (assim como Itaipava, também é distrito de Petrópolis) e ficamos em Nogueira por quase hora e meia conversando fiado, com direito a pitar cigarros (eles, não eu) e após falar com o pessoal do HOG RJ, decidimos esperar por eles que também subiam a serra de Petropólis.

Fomos ao local do almoço do HOG, mas este estava fechado (provavelmente por conta da falta de movimento devido aos deslizamentos que afetaram bastante a economia da região) e como o trem do HOG demorava a chegar, voltamos para o Rio.

Se a subida foi quadrada, a descida foi redonda e muito prazeirosa: a parte do tapete foi sem transito e novamente dedicada ao “surfe” no melhor estilo speedy, com direito a raspar as plataformas e a partir da descida da serra, também com piso em concreto e muitas ondulações já encontramos alguns caminhões descendo a serra, mas dessa vez minha cabeça se comportou bem e mantive um bom ritmo.

Na parte do transito mais pesado na baixada fluminense (da REDUC até a entrada da linha vermelha), fomos trafegando sem grandes problemas, dando passagem e ultrapassando respeitando os limites de velocidade e trânsito.

O passeio terminou no Rota do Leblon, como é nosso costume, com direito a muita água com gás porque o calor já começava a ficar forte (eram 13 horas e tínhamos completado 192 km com média de consumo em 20,3 km/l).

Bom passeio.

Indicações da viagem: um tanque das softails chega e sobra, podendo abastecer na partida e passear sem estresse com combustível. Se quiser abastecer, a melhor opção é o posto Brazão de bandeira Shell, na descida de Itaipava para Petrópolis, um pouco depois do trevo de Araras. O pedágio é R$ 3,80 pagos na ida e na volta. A empada em Nogueira é uma pedida muito boa e muitos motociclistas acabam fazendo de lá um ponto de encontro e conversa fiada. As empadas custam R$ 4,00 ou R$ 4,50 (dependendo do sabor, que são vários: desde a tradicional empada de queijo até a empada de bacalhau). Vende-se cerveja no local, mas nota-se que o refrigerante é a pedida normal: 8 empadas, 4 refrigerantes custaram R$ 40,00.


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