O suíço Urs “Grizzly” Pedraita, de 49 anos, entrou para a história ao estabelecer um novo recorde mundial de volta ao mundo em motocicleta. A bordo de uma Victory Cross Country, ele percorreu impressionantes 76.277 quilômetros em 119 dias e 21 horas, com 72 dias e 13 horas efetivos de pilotagem — o restante do tempo corresponde aos deslocamentos da moto por navio e avião entre os continentes.


O feito superou em cinco horas o recorde anterior, que pertencia ao britânico Nick Sanders, estabelecido em 120 dias e 2 horas. A diferença, porém, vai além do tempo: enquanto Sanders desconsiderou as travessias aéreas e marítimas, Pedraita optou por contabilizar cada segundo da jornada, o que confere maior precisão ao seu marco.




A expedição teve início no dia 12 de março em Daytona, na Flórida (EUA). De lá, Grizzly seguiu até Panama City (Panamá), onde embarcou sua motocicleta em um avião rumo a Bogotá, na Colômbia. Depois, desceu o continente até Ushuaia, na Patagônia argentina.


O motociclista então voltou a Santiago (Chile), de onde embarcou com sua moto para a Austrália. A travessia de leste a oeste do país — de Sydney a Perth — foi concluída em apenas seis dias. De Perth, a moto seguiu de avião para a Cidade do Cabo, na África do Sul. Após quase duas semanas, Grizzly chegou ao Cairo (Egito), finalizando a travessia africana.

A partir da capital egípcia, um ferry levou moto e condutor até Tarragona, na Espanha. Iniciou-se então a travessia europeia, passando por Gibraltar até alcançar o extremo norte da Noruega, no Cabo Norte, em apenas seis dias e 23 horas.

Na sequência, Grizzly cruzou toda a Rússia em 11 dias e 7 horas, chegando a Vladivostok, e ainda percorreu a Coreia do Sul, Tailândia e Malásia em cinco dias e meio. De Kuala Lumpur, embarcou para Anchorage, no Alasca, onde iniciou a última etapa da jornada: a travessia do Canadá e Estados Unidos, até retornar ao ponto de partida, Daytona.
A volta ao mundo de Urs Pedraita não só quebrou recordes, como também impressionou pela resistência física e mental, planejamento logístico e desempenho técnico, consolidando seu nome entre os grandes aventureiros da história do motociclismo.

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