Publicitária de formação e marketeira por profissão, trabalhei durantes os últimos 6 anos, de 2005 a 2011, para a rede de canais da Discovery Networks no Brasil. Um veículo global de mídia e entretenimento baseado no mundo real, empresa onde me tornei uma profissional de verdade.
Em 2009 a Discovery ofereceu um curso de Liderança e Inovação. A ideia era que cada um de nós pudéssemos exercitar a nossa criatividade através dos nossos sonhos e das nossas metas de vida para alcançar um potencial inexplorado. Os exercícios traziam um conjunto de técnicas e iniciativas que ajudavam a não perder o foco no caminho da implementação. Foi ótimo, o curso deu uma renovada na energia, fui obrigada a buscar em algum lugar do meu subconsciente um grande sonho, e tive ainda que traçar um plano para torná-lo realidade. Foi perfeito!
O sonho era viajar o mundo de moto. Não do tipo sair de moto do Brasil até o Alaska, nada disso. A ideia era alugar uma moto em cada destino e viajar por várias cidades, vilarejos, tribos e culturas. Sem medo de me perder, sem culpa de ficar um dia sem fazer nada em alguma ilha e sem preguiça de explorar. As possibilidades eram infinitas. Eu só precisava me planejar para que eu pudesse parar tudo e viajar durante 1 ano. Quase dois anos depois do curso, o sonho tomou a forma de um projeto de viagem com uma proposta de conduta interessante: ter mais calma e equilíbrio na vida.
Seja na loucura da rotina ou nas horas de lazer, é preciso ter mais calma ou o mundo entrará em um colapso nervoso. O planeta já chegou em sua lotação máxima, se todos ficarmos histéricos e impacientes, vai se tornar um lugar bem desagradável de se morar.
Foi com base nessa proposta que surgiu a ideia do Motto Slow Travel. O “motto”, é o lema: viajar sem pressa, se possível de moto. Se não der, também pode ser de balão, barco, bicicleta, a pé, de paraglide… mas sempre com muita calma para não perder de vista a possibilidade de viver experiências marcantes nas viagens.
O Projeto
Motto Slow Travel traz o registro de experiências vividas em diversos países através de vídeos, fotos e textos. O mote do projeto não é apenas “viajar sem pressa”, mas sim procurar uma grande aventura, algo autêntico e transformador durante as viagens.
Claro que “experiência” é muito pessoal. O que é incrível pra mim, pode não ser para você. Mergulhar em uma gaiola em alto mar pra ver os tubarões brancos de Gaansbai pode ser o maior programa de índio para algumas pessoas.
Cada um sabe do que gosta e com o que se emociona. Porém, às vezes, seja por pressa, preguiça, desatenção, medo ou desinteresse deixamos de perceber alguns caminhos e possibilidades.
Nas viagens, o importante é buscar o diferente, experienciar o característico da região, sair do tradicional para, em meio a tantas descobertas, ganhar a grande chance de se transformar.
Quem sabe você não se inspira com algumas ideias apresentadas aqui para suas próximas férias.
O que é Slow Travel
Slow Travel é mais que uma forma diferente de viajar, é uma filosofia de vida. É aprender a diminuir o ritmo frenético, para viver mais e melhor. É estar presente !
Essa filosofia faz parte do movimento “slow”, que teve como precursor o “slow food”. Criado na década de 80, surgiu como protesto contra a abertura de uma loja do McDonald’s em plena Piazza di Spagna em Roma. O manifesto defende o ato de sentar-se à mesa e redescobrir os sabores e aromas da cozinha, valorizando cada momento da boa alimentação.
Enquanto o “slow food” representa a conexão com os alimentos, o “slow travel” incentiva a conexão com as pessoas, os lugares e a cultura local. A filosofia abomina as maratonas e os “já ques”, defende as estadas mais longas, vai além de monumentos e museus, incentiva conversas com os locais, o uso de transportes públicos, as mudanças de planos e tem sempre como objetivo viver uma experiência especial. Seja explorar a África do Sul de moto, a Turquia de balão ou à cavalo pelo interior da Mongólia.
Qualquer um pode embarcar em uma viagem “slow”. Não importa se você tem 15 dias ou 15 meses de férias. Basta ter o desprendimento necessário para abrir mão de visitar tudo em troca do privilégio de quem viaja sem pressa.
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O texto acima foi tirado do blog da Tatiana Perim Motto Slow Travel onde ela publica não só as fotos mas as impressões que tira dos lugares que conhece. Desde que iniciou sua jornada, ela já passou por África do Sul, Brasil, Camboja, Estados Unidos, Índia, Indonésia, Laos, Malásia, Tailândia, Tanzânia, Turquia e Vietnã. Atualmente está na Austrália.
Muito interessante não só a filosofia da viagem, mas a própria sensibilidade com que consegue captar algumas imagens incríveis. Conheça mais desta incrível história clicando no nome do blog, acima.
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