1° dia – de Maringá a Gobernador Virasoro, 782 km. Após sair do Brasil o trânsito melhorou muito e a estrada estava ótima. Na aduana argentina em Puerto Iguazu não precisa descer da moto para a documentação, basta seguir atrás dos carros.
Fez muito calor durante o dia. 70 quilômetros depois de Posadas, paramos para pernoitar no hotel cassino La Mision, na beira da estrada, com preço bom.
2° dia – de Gobernador Virasoro a Luján, 873 km. A estrada estava ótima e sem movimento, o que ajudou a viagem a render e ser excelente neste dia. Luján fica próxima a Buenos Aires e é a capital da fé da Argentina, cidade onde está situada a catedral de Luján Muito bonita. Ficamos no hotel Hoxon.
3° dia – de Lujan a Bahia Blanca, 664 km. Estrada continuou boa e sem chuva. Viemos pela Ruta 205, passando por Lobos e Saladillo, depois pela Ruta 51, Olavarria e Coronel Pringles. Recomendo este roteiro. Na volta viemos pelo mesmo caminho. Pernoitamos no hotel Santa Rosa.
4° dia – de Bahia Blanca a Trelew, 765 km. O Google indica seguir pela ruta 22 e depois pela ruta 251, mas nós pedimos informações e todos com quem conversamos falaram para virmos pela ruta 3 via Viedma. Bem melhor, ela é todinha asfaltada com muito bom asfalto, vários postos de gasolina e deu para andar numa boa velocidade. Saímos cedo, não pegamos vento e viajamos tranquilos. Chegamos por volta das 15h30 a Trelew.
Pernoitamos no hotel Província.
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5° dia – de Trelew a Puerto San Julián, 810 km. Pernoitamos no hotel Miramar, bem frente ao mar, com preço bom. Não deixar de tirar fotos junto à replica da Nau Victoria, de Fernão de Magalhães e do avião Mirage que foi usado na guerra das Malvinas. Fazer passeio de barco que sai às 18h para ver pinguins. Faz frio no barco durante o passeio, mas vale a pena. Jantamos no restaurante El Navio. Total até aqui 3.894 quilômetros.
6° dia – de Puerto San Julián a Rio Gallegos, 361 km. Saímos às 6h, sem chuva e com vento de moderado a forte. Pegamos vento forte, mas por pouco tempo. Temperatura em torno de 15 °C. Pernoitamos no Hotel Sehuen. Total 4.255 quilômetros.
7° dia – de Rio Gallegos a Ushuaia, 594 km. Saímos às 05h50, com frio na estrada, o termômetro da moto marcava 2,5 °C. Estava com duas meias, dois conjuntos de segunda pele, jaqueta texx com forro, calça texx, duas luvas e balaclava.
Apesar do frio, não chovia e a estrada estava boa. Atravessamos duas aduanas e percorremos apenas 10 km de rípio bem compactado e o vento estava tranquilo.
Cuidado para não errar a entrada no trevo sem placa, muita gente errando. Você está vindo pela Ruta 255 tem um trevo que você tem que entrar à esquerda para a Ruta 257 para pegar a Balsa entre Farol Punta Delgada e Cruze Bahia Azul e Cerro Sobrero. Se passar reto e prosseguir pela Ruta 255, vai chegar a Punta Arenas.
A travessia do Estreito de Magalhães também foi tranquila. A balsa custou 300 pesos argentinos, moto e motociclista. A primeira balsa sai às 08h30 e tem lugar para todos. Durante a travessia, ficar ao lado da moto, pois as ondas balançam e as motos de dois motociclistas viajantes tombaram.
Tem que entrar em Cerro Sombrero para abastecer.
Estrada bonita, grande parte beirando o mar. A descida para Ushuaia tem paisagens muito bonitas. Tirar fotos na descida, junto ao lago Fagnano.
uhuuu. Ushuaia! Lembrar-se de tirar fotos junto ao portal de entrada da cidade.
De Rio Gallegos a Ushuaia tivemos a companhia do motociclista Romildo, de Cuiabá, que viajava em uma BMW GS 1200.
Restaurante Taberna Del Viejo Lobo, Kuar Restaurante e Bar e Bar Ideal. Hospedamos no Hotel Rosa de Los Ventos.
Foram 4.849 quilômetros percorridos desde Maringá até Ushuaia.
8° dia – Ushuaia. Tempo bom, sem chuva e temperatura a 9 ºC. Fizemos um passeio curto de barco pelo canal de Beagle, com saída às 9h, duração de 3 horas, custo de 1550 pesos, para ver pinguins e leões marinhos. Lembrar-se de tirar foto na placa de Ushuaia que fica próximo ao porto.
Às 14h saímos e formos até o Parque Nacional Tierra del Fuego, entrada por 490 pesos. Carimbar passaporte e tirar foto na placa do fim da ruta 3 que fica dentro do Parque.
Voltamos volta às 17h e jantamos antes de dormir.
9° dia – Ushuaia. Pela manhã fizemos uma visita ao Museu Naval e Museu da Prisão. Depois, sem mais pontos de nosso interesse, saímos às 11h30 de Ushuaia em direção a Rio Grande, distante 213 quilômetros. Pegamos vento moderado a forte. A estrada saindo de Ushuaia tem muitas curvas. A temperatura estava em torno de 15 °C. Hospedamos no hotel Villa e jantamos no restaurante Status Hotel Casino.
Percorremos um total de 5.062 quilômetros.
10° dia – de Rio Grande a Puerto Natales, 569 km. Passamos pelas aduanas da Argentina, enfrentamos os 10 quilômetros de rípio e depois a aduana chilena. Na entrada de Cerro Sombrero Vimos um hotel. Entramos na cidade para abastecer.
Pegamos a balsa em Bahia Azul e pagamos 300 pesos argentinos. Percorremos 40 quilômetros na ruta 255 e passamos por um posto de gasolina que fica do lado esquerdo, mas nem parece posto, difícil de ver.
Pernoitamos no hostal América, em Puerto Natales, para conhecer Torres del Paine. Jantamos no Pub Base Camp. Total 5.631 quilômetros
11° dia – Puerto Natales. Tiramos o dia para conhecer o Parque Nacional Torres del Paine. Fizemos o passeio curto de ônibus, mas estava nublado e não vimos as torres. Algumas pessoas que viram disseram não ter graça nenhuma. Vai de cada um.
12° dia – de Puerto Natales a El Calafate, 352 km. Não ir por Torres del Paine, pois tem 9 km de rípio ruim. Passar por Esperanza, pois a outra estrada à esquerda está péssima.
Ao sair de Puerto Natales, pegar caminho para Vila Dorotea CH-250 (ficar esperto), 25 quilômetros depois passará pela aduana chilena e logo em seguida pela aduana . Andar um pouco e não pegar à esquerda pela ruta 40 de terra e sim à direita para a cidade de Tape Aike.
De Puerto Natales a Rio Turbio são 52 km, depois 136 até Esperanza e mais 163 até El Calafate.
Importante: de El Calafate íamos prosseguir pela ruta 40 para Bariloche, mas diversos relatos de motociclistas e motoristas de carros disseram para de jeito nenhum ir por esse caminho, pois nas proximidades de Gobernador Gregores existem 70 km de rípio, dos quais 20 km estavam péssimos, muita moto caindo, gente se machucando, danificando a moto, inclusive um brasileiro de carro me disse que passou com muita dificuldade e que não voltaria por lá, iria dar a volta. Também um casal de moto que encontramos, retornou para não passar por lá.
Hostal El Calafate, Restaurante do próprio hostal e um outro self service três quadras distante.
Total de 5.983 quilômetros.
13° dia – El Calafate. Visita ao Glaciar Perito Moreno, o local mais bonito que já vi, imperdível. 5.000 pesos o passeio curto, mais 700 de entrada no Parque. Saída às 10h, retorno às 20h. Passeio de barco até Glaciar Perito Moreno e Treking no gelo por 01h30, No final do passeio brindamos com uísque oferecido pela agência de turismo, com gelo de milhares de anos retirado do glaciar. Esse passeio tem que ser feito. A cidade igualmente muito bonita e preços altos.
14° dia – de El Calafate a Caleta Olivia, 945 km. Saímos cedinho juntos com um casal de São Paulo, Pedro e Carol, que estavam em uma GS 1200 e nos acompanhou até Foz do Iguaçú Passamos por Esperanza, ruta 5, Rio Gallegos, ruta 3 e Puerto San Julián até chegar a Caleta Olivia. Fazia frio, a estrada era boa e o vento soprou na maior parte do tempo moderado, às vezes mais forte.
Este trecho requer autonomia de combustível, pois são 330 quilômetros sem postos. Levar galão de combustível ou voltar 30 km e abastecer em Rio Gallegos, pois o próximo posto somente em PedraBueno, 124 km antes de Puerto Madryn. 70 km antes de Caleta Olivia, no posto, chamamos um reboque para a GS 1200, pois seu pneu Metzeler, com 2 pessoas, teve um desgaste excessivo chegou à malha de aço. Pernoitamos no Hotel Snack.
15° dia – de Caleta Olivia a San Antonio Oeste, 778 km. Dessviamos 6 km para pernoitar no hotel Los Tilos. Total de 7.706 quilômetros percorridos.
16° dia – de San Antonio Oeste a Azul, 744 km. Estrada boa e o calor de volta. Passamos pela ruta 251, por Bahia Blanca, ruta 51 e Olavarria. Total de 8.450 quilômetros.
17° dia – de Azul a Concordia, 725 km. Percorremos a ruta 51, passamos por Lobos e Lujan. Estrada boa e calor. Paramos no hotel Hathor, na beira da estrada, com piscina e restaurante. Muito bom, 1700 pesos para 2 pessoas. Pagando com cartão estrangeiro tem desconto de 21%. É recomendável perguntar nos hotéis sobre os descontos. Total de 9.175 quilômetros.
18° dia – de Concordia a Vera Cruz do Oeste, 977 km. O GPS manda atravessar a cidade, mas é melhor ir pela ruta 12, passando por San Ignácio. Passamos por Posadas e Puerto Iguazu.
Como é bom chegar ao Brasil. Desviamos 6 quilômetros para um churrasco oferecido pela família do Nito. Aproveitei para tirar dois gomos da corrente, que já não tinha mais como esticar, depois de sete ajustes.
19° dia – de Vera Cruz a Maringá, 332 km. Fim da viagem de moto.
Foram 10.472 quilômetros de excelente viagem, estradas ótimas, muitos motociclistas e bikes nas estradas. Fizemos diversos amigos, trocamos muitas informações da viagem e tivemos a boa companhia em muitos quilômetros dos amigos Romildo, Pedro e Carol. Companheiro em toda viagem, Nito, também da viagem à Transamazônica, mais que amigo, um irmão de estrada, topa tudo e ajuda em tudo.
Deus em primeiro lugar, pilotando minha moto, esposa Cidinha e filhas e irmãs e toda família só dando apoio e incentivo. Obrigado, viagem melhor não teria. UHUUUUUUU.
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Resumo da viagem de moto até Ushuaia
- Saída: 10 janeiro
- Retorno: 28 janeiro
- Motos: 2 GS 800 Adventure (24 litros), 2015 e 2016
- Rick Miessa (Maringá) e Nito (Sarandi)
- Hodômetro: na saída com 14.185 km e no retorno com 24.657 km
- Total – 10.472 km em 19 dias de viagem
- Temperatura: de 2.5°c a 41°c
- Velocidades de acordo com o vento:
- Moderado – de 120 a 140 km/h
- Vento forte – 100 a 120 km/h
- Vento mais forte – 80 a 100 km/h
- Vento bem forte – 60 km/h
INFORMAÇÕES E DICAS
- De Puerto Iguazú até Ushuaia existem somente 10 km de rípio entre as Aduanas da Argentina e Chile. O restante é asfalto de excelente qualidade.
- Recomendo sair bem cedinho, tipo 6h a 06h30, tanto para evitar o vento muito forte no final da tarde como para chegar às cidades até 15h, 16h, conhecer e descansar. Sempre abastecer na chegada. No dia seguinte pode não ter combustível ou ter filas.
- Depois de Bahia Blanca, abastecer de 150 em 150 km ou logo após o primeiro posto. A distância entre postos são longas.
- Valores das diárias para 2 pessoas nos hotéis variam de 1400 a 2000 pesos argentinos (1 peso é igual a R$ 0,10, ou seja, 100 pesos = a R$ 10)
- Gasolina na Argentina, pura, Super 95, média de 3,70 pesos
- Na estrada dá para andar tranquilamente a 140 km/h
- Abaixo de Puerto Madryn os ventos são constantes, só variando a intensidade. No início preocupa, depois acostumamos. Passar por carretas também assusta no início, depois também acostumamos, nada preocupante
- Não é necessário fazer reservas de hotéis com muita antecedência, apenas nas cidades com turismo mais intenso. Recomendo fazer reserva pelo Booking na véspera.
- Nossas motos não deram problemas, apenas esticamos a corrente na volta, depois de passarmos por Bahia Blanca. Muitos relatos de outros motociclistas com problemas em suas motos, tais como pneus, bateria e motos caindo paradas e estacionadas, por causa dos fortes ventos.
- Muitos animais soltos na estrada, principalmente guanacos, animais que parecem lhamas e andam em bandos ou isolados. Tem que diminuir a velocidade, pois eles atravessam a estrada. Jamais viajar à noite. Vimos muitos animais atropelados. Soubemos também de vários motociclistas que atropelaram animais.
- Aconselho a viajar para Ushuaia no mínimo em dois.
ROUPAS
- 2 conjuntos de segunda pele (usei juntos)
- Calça e jaqueta de cordura
- 1 luva segunda pele e um luva Head para o frio
- 1 meia X-11 para frio e outra por cima do cano médio
- Levar roupas para frio e calor
ACESSÓRIOS IMPORTANTES
- Galão extra, é importante levar
- Lanterna
- Protetor solar
- Protetor labial
- Óculos escuros
- Relação completa da moto tem que estar nova
- Pneus de boa marca e novos (coloquei vacina nos meus Michelin)
- Bateria nova
- Levar um elo de corrente
- Pasta branca para corrente
- Levar ferramentas básicas
- Reparo de pneus e tubo para inflar
- Saber esticar corrente
- Óleo – coloquei o 5200 W, para 10.000 km, fui e voltei sem ter que trocar
- Usei um “pelego” no assento, fui muito bom
- Não precisei de adaptadores de tomada, nem na Argentina nem no Chile
- Seguro Carta-Verde – polícia Argentina pede, fiz por um mês com seguradora aqui no Brasil
- Seguro Soapex, polícia chilena não pediu, mas na Aduana do Chile eles conferiram, dá para a gente mesmo fazer pela internet por um período necessário
- Recomendo trocar aqui no Brasil ou logo na entrada da Argentina, real por peso argentino e peso chileno. Lembrar de deixar reservado um pouco de reais para a volta. Levar dólar de reserva sempre é bom. Liberar seu cartão de crédito para uso no exterior. Passaporte às mãos
- Todos os postos e hotéis possuem WiFi. Dá para falar por WhatsApp e mandar fotos durante toda a viagem
- Levar GPS, inserir as cidades no histórico e estudar a rota do dia seguinte
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