A ideia de fazermos uma viagem de moto até as Missões Jesuíticas da Argentina surgiu no fim de abril de 2015, durante uma conversa com o amigo Renato Cheloni. Inicialmente pensamos em fazer a viagem até Foz do Iguaçu no Paraná, mas lembrei que no ano anterior tínhamos passado na porta de San Ignacio e devido ao adiantado da hora em razão das reformas da RN 16, acabamos seguindo direto sem entrar na cidade.
Agora eu queria aproveitar que iríamos estar próximos de lá novamente e conhecer as ruínas. Apresentei a sugestão ao amigo Renato que prontamente aprovou a idéia.
O objetivo era aproveitar o passeio sem gastar muito devido ao pouco tempo para preparar uma viagem mais longa. Ela seria realizada no fim de maio, quando eu estaria de férias e o Renato poderia se ausentar do trabalho. Coloquei no papel o roteiro, corremos atrás dos seguros, documentação, conferimos as motos e dia 30 de maio seguimos rumo a mais uma viagem.
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1º dia – Bom Despacho (MG) a Assis (SP)
Como o Renato sairia de BH, nosso ponto de encontro foi em um posto de gasolina na cidade de Pimenta, por volta de 9h da manhã. Depois seguimos viagem rumo a Assis onde seria o destino do primeiro dia.
Da cidade de Itápolis em diante, começamos a pegar chuva, uma chuva fraca, mas ao passarmos por Marília, o tempo fechou de vez e a chuva ficou mais forte e, apesar do relógio marcar 17h, parecia que já eram 22h de tão escuro que estava. Os últimos 75 km que separam Marília de Assis pareciam intermináveis. Gastamos cerca de 1h30min para percorrer essa distância devido à forte chuva. Com hotel já reservado de antemão, por volta de 18h30min chegamos ao hotel.
Assis
2º dia – Assis a Foz do Iguaçu (PR)
O dia amanheceu chuvoso, atrasando a nossa partida para Foz do Iguaçu. Por volta de 9h30min da manhã, cerca de 2 horas e meia de atraso, como não havia perspectiva de melhora do tempo, pegamos a estrada para seguir viagem. Ao entrarmos no Paraná, o tempo ainda permanecia nublado, mas sem chuva e quase no fim da tarde, o sol apareceu e nos proporcionou um belíssimo fim de tarde. Chegamos a Foz do Iguaçu no início da noite.
Após tempo fechado, sol proporciona belo fim de tarde
3º dia – Foz do Iguaçu – Ciudad del Leste (Paraguai)
Dia de sol em Foz do Iguaçu. Após o café seguimos para Ciudad del Leste, que estava quase deserta comparando com o ano anterior quando a visitamos, devido à alta do dólar. Na cotação do dia que fomos estava em torno de R$ 3,20. Imagina hoje. Muitas lojas haviam fechado e as que ainda conseguiam sobreviver estavam praticamente vazias. Retornamos para Foz para almoçar e em seguida dar uma conferida nas motos na concessionária da Honda e seguimos para o Hito de Las Tres Fronteras. No início da noite retornamos para o hotel para repor as energias para no dia seguinte visitar a Garganta del Diablo e pegar estrada rumo a San Ignacio.
Furnas
Marco das Três Fronteiras
4º dia – Foz do Iguaçu a San Ignacio (Argentina)
Saímos bem cedo rumo a Puerto Iguazu para visitar as Cataratas. As entradas para o parque do lado argentino são bem mais caras que as do lado brasileiro. Pegamos o trenzinho que nos levou à entrada da Garganta del Diablo. Lugar fantástico e mais bonito que do lado brasileiro.
Trenzinho para as cataratas
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Após o almoço seguimos para San Ignacio, chegando à cidade no início da noite. Instalamos-nos no hotel, demos uma volta na praça central da cidade e retornamos para descansar para a maratona do dia seguinte.
Cataratas
5º dia – San Ignacio a Foz do Iguaçu
Saímos bem cedo para tomarmos café e encontramos uma brasileira residente em San Ignacio que vende umas quitandas bem gostosas. Depois saí à procura de chocolates argentinos para trazer para a namorada e então fomos para às ruínas que foram fáceis de achar. 130 pesos a entrada para estrangeiros. Em frente à entrada fizemos amizade com o dono de um estabelecimento comercial que trocou pesos para a gente, permitiu que guardássemos nossos capacetes e jaquetas e cedeu o estacionamento para deixarmos nossas motos enquanto conhecíamos as ruínas.
Ruínas de San Ignácio
São três reduções, San Ignacio, Loreto e Sant’ana. O mesmo ingresso dava acesso aos três monumentos. A de San Ignacio é a mais bem preservada, sendo a única com guia. Nas demais fornecem apenas folhetos informativos.
Após conhecer a redução de San Ignacio, seguimos para as outras duas, em Loreto e em Sant’ana, retornando no meio da tarde para Foz do Iguaçu onde chegamos no início da noite. Fizemos um lanche e descansamos para iniciar o retorno para casa no dia seguinte.
Ruínas de Sant’ana
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6º dia – Foz do Iguaçu a Barrinha (SP)
Após o café e foto de despedida, seguimos viagem rumo a Barrinha, local onde havia ficado no ano anterior. Boa localização e preço bem em conta.
Despedida de Foz
O tempo estava bom. Paramos diversas vezes para dar aquela esticada nas pernas, sem muita pressa e noite a dentro chegamos ao destino do dia, após 950 km percorridos. Lanchamos no caminho e ao chegarmos ao hotel, queríamos somente descansar para o último dia da viagem.
Divisa São Paulo Paraná
7º dia – Barrinha a Bom Despacho
Após o café, seguimos caminho rumo à nossas casas. Tempo bom e agradável o dia todo e apenas algumas paradas para fotos. Despedimos-nos no mesmo posto onde nos encontramos para seguir viagem. Renato seguiria pela MG 050 rumo a Belo Horizonte e eu pela MG 170 para pegar a BR 262 até Bom Despacho, estacionando na porta de casa por volta de 16 horas, após 3.569 km percorridos no total.
Foi uma excelente viagem, quando fizemos novos amigos e novos aprendizados. Quem tiver oportunidade de fazer uma viagem de moto, não deixe de fazer. Só temos uma vida, então temos que aproveitá-la ao máximo.
Maiores informações no blog expedicaorotadasmissoesargentina.blogspot.com.br
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