Depois de formar em um curso superior de comunicação, o alemão Anton Alexander Bernhardt largou tudo e resolveu fazer um mochilão pela América Latina. Ao desembarcar na Colômbia, seu primeiro destino, ele se deparou com um tipo de veículo diferente: o tuk-tuk. O rapaz ficou tão encantado com o mini-táxi que decidiu comprar um e rodar pelas rodovias da América Latina, conhecendo outros países.
Como o dinheiro gasto para comprar o Tuk-tuk levou quase todas as suas economias, Anton economiza ao máximo com as despesas, dorme dentro do veículo e ganha o dinheiro para a gasolina e a alimentação trabalhando com qualquer coisa que oferecem a ele.
— Estou há quase um ano com o tuk-tuk. Para continuar aqui (na América do Sul), já trabalhei em restaurante, em obras, de padeiro, como jornalista e até como jardineiro. O que aparece eu topo, para juntar dinheiro e continuar a minha viagem — relata o alemão.
Como o tanque tem capacidade para apenas sete litros, ele percorre no máximo 100 km por trecho. A manutenção do tuk-tuk é feita por ele mesmo, o que o obrigou a aprender um pouco sobre mecânica. O triciclo, que mais parece uma casa, tem tudo que o viajante precisa. “Essa sempre foi a ideia. Quando gastei todo meu dinheiro pensei que não poderia gastar com hotel, pousada, coisas assim”, diz Anton com o português enrolado.
A plaquinha de colaboração para a gasolina é companheira inseparável de viagem. Assim, o alemão segue de cidade em cidade com a ajuda das pessoas.
Anton, que é natural de Dresden no Leste da Alemanha, já visitou a Colômbia, Equador, Perú, Bolívia, Argentina, Paraguai e, agora, está no Rio Grande do Sul. Ele diz que costuma ficar por cerca de três meses em cada país, passando por algumas cidades que vai conhecendo ao longo do caminho.
Anton pretende continuar viajando pela América Latina até o mês de maio, quando retorna para a Alemanha.
— Minha irmã casa no final de maio, e eu pretendo voltar para poder participar deste momento com ela. Apesar de ser uma aventura muito divertida, não sabendo onde vou chegar ou quem vou conhecer, já estou com saudades de casa e da minha família — comenta o rapaz.
Para voltar à Alemanha ele vai precisar vender o tuk-tuk. Mas ele salienta que a aventura está sendo especial e ele só terá boas recordações da viagem.
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