No dia 4 de fevereiro, eu e Décio, um amigo de Salvador, partimos para dar um “giro” pelo Mercosul a bordo de duas Yamaha XT 1200Z Super Ténéré.
1º dia – Salvador – Brumado
Saímos de Salvador às 11 horas com destino a Brumado-BA. A rodovia BA-030, na entrada de Brumado, encontra-se com buracos.
Passamos pelas rodovias BR-324, BR-101, BA-420, BA-407, BA-030. Pernoitamos na Pousada Catioba
Distância percorrida no dia: 612 km
2º dia – Brumado – Patos de Minas
A rodovia BR-251, na entrada de Montes Claros, está muito irregular e tem um trânsito muito pesado. Do entroncamento da BR-040 até a cidade de Patos de Minas, pela BR-365, está em péssimo estado de conservação.
Passamos pelas rodovias BA-030, BR-122, MG-122, BR-365.
Pernoitamos no Hotel Volpi
Distância percorrida no dia: 954 km
3º dia – Patos de Minas – Londrina
Em Londrina, o pneu traseiro da moto do Décio furou e nós usamos o kit de reparo tipo macarrão.
A BR 369 está boa, porém, pegamos um temporal, que nos obrigou a parar num posto de gasolina para esperar diminuir.
Passamos pelas rodovia BR-146, BR-262, SP-330, SP-333, PR-323, PR-090, BR-369
Hospedagem: Hotel Galli
Distância percorrida no dia: 940 km
4º dia – Londrina – Foz do Iguaçu
Na entrada da cidade havia uma multidão de motoguias oferecendo hotel e passeios. O motoguia Roberto foi o escolhido, e nos levou para o hotel Nadai Confort Hotel.
Rodovias – BR-369, PR-317, BR-158, BR-277
Hospedagem: Nadai Confort Hotel
Distância percorrida no dia: 560 km
À tarde levamos as motos para trocar óleo e filtros na Concessionária da Yamaha Pico Motos. Para a minha moto, optei por trocar o pneu traseiro, que já estava com 9.500km, mesmo estando com meia vida, por um pneu Anakee2. Tivemos uma recepção nota 10. O dono e gerente nos deu muitas dicas de viagem. Ele já havia feito viagem até San Pedro de Atacama várias vezes.
5º dia – Foz do Iguaçu
Foi dia de folga e turismo. Deixamos as motos no Hotel e, com o guia Roberto, motorizado em 4 rodas, conhecemos Ciudade Del Este e as Cataratas. A paisagem é coisa de cinema e muitas fotos. Para quem não conhece, recomendamos esse passeio.
6º dia – Foz do Iguaçu – Presidencia Roque Saenz Peña (ARG)
Adentramos a Argentina pela Ruta 12. Passamos por Capiovi, Ita ibaté e pernoitamos na cidade de Presidencia Roque Saenz Peña, cidade muito quente.
Rodovia: Ruta RN-12
Hospedagem Hotel Presidente
Distância percorrida no dia: 808 km
7º dia – Presidencia Roque Saenz Peña – Salta
Partimos para a cidade de Salta (La linda). O curioso desse trecho, entre a Cidade de Corrientes até a Cidade de Joaquin V. Gonzáles, quase não há curva, é uma reta sem fim de aproximadamente 600km. É muito tedioso, dá sono, impaciência e um grande risco de acidente devido à monotonia da forma de pilotar. Passamos em Pampa Del Infierno e Monte Quemado pela manhã e o calor era insuportável.
Chegamos a Salta, que é uma cidade grande, com muitas feiras de artesanatos. Os habitantes têm biótipo dos povos andinos. Na cidade tem o famoso trem das nuvens, porém está desativado.
Como chegamos à tarde, fizemos a entrada no hotel Ghala (muito bom) no centro da cidade, guardamos as motos e fui conhecer a cidade, pois o sol ainda estava alto, por volta das 18:30h. Aproveitei para conhecer a cidade do alto, através do bondinho, no centro da cidade, que um ponto turístico.
Rodovia: Ruta RN-12
Distância percorrida no dia: 692 km
8º dia – Salta – Susques
Saímos de Salta por volta das 11h00 devido a um aguaceiro e muita neblina, em direção a Susques, último ponto de apoio na Argentina, com alojamento no Hotel Pastos Chicos. Combinamos de seguir pela RN-9, estrada antiga que tem um visual fantástico e muitas curvas de quase 360º, encravada ao redor das montanhas, numa densa floresta em direção a Purmamarca, por 91 km. Depois dessas curvas encontramos um visual fantástico, as Salina Grande (Salar Guayatyoc), que é uma vasta planície de sal em pleno deserto, na localidade de Tres Pozos. Coisa de cinema, vale a pena conhecer.
Chegamos a Susques por volta das 14 horas, rodamos pouco, só 305 km, pois paramos muito para registrar a beleza natural da região. Susques parece uma cidade abandonada dos filmes do velho oeste, barro, pedra e poeira e uma única bomba de gasolina, que estava sem combustível. Retornamos 2km para ir ao vilarejo, que parece mais um acampamento de casa de barro. Os habitantes têm traços de índios andinos. Lá havia uma única bomba de gasolina, a céu aberto, gasolina sem procedência e cara, $9,50 pesos. No hotel/restaurante Pasto Chico, conhecemos um grupo de motociclista de SP que iria continuar viagem, porém, resolvemos nos aclimatar para subir as Cordilheiras dos Andes.
Rodovia: Ruta RN 9 e RN 52
Distância percorrida no dia: 305 km
9º dia – Susques – San Pedro de Atacama (CHI)
Partimos de Susques por volta das 9 horas com destino a San Pedro de Atacama – Chile, mas antes, passamos pela Aduana de saída da Argentina no Passo Jama, que fica a 120km de Susques. Neste local tem um posto de combustível novo, com loja de conveniência.
Fizemos os trâmites de saída da Argentina e entramos em território Chileno.
Chegamos à tão sonhada San Pedro de Atacama por volta das 12h30, depois de percorrer 5.155km desde Salvador, BA. De início tive impressão muito negativa. Aduana funcionando em uma casa de barro (adobe), fila única, tanto para excursão, ônibus de carreira que vai para a Bolívia, Peru… causando uma imensa fila e grande desorganização. Por sorte, conhecemos um casal de argentinos com o qual fizemos amizade na divisa entre Argentina-Chile. Eles ficaram muito irritados com a desorganização dos chilenos, foram falar com chefe da aduana e quase o clima esquenta, mas convencemos o chefe que não poderia ter uma fila única, pois os passageiros de ônibus eram em número muito grande e nós apenas 4 pessoas, sem pertencer a nenhuma excursão, teríamos que ficar por longas horas até nossa vez, pois o atendimento era por apenas uma pessoa. Então, ele próprio resolveu nos atender, pegando os nossos passaportes e documentos das motos para preparar a permissão de entrada.
A cidade, com ruas de barro batido (chamado de adobe), muito cachorro solto e mochileiros do mundo todo (é a Meca da atualidade), muita poeira, casa, hotéis, igreja, restaurante, tudo de Adobe, por fora e por dentro. As paredes são rebocadas e pintadas, geralmente na cor branca e bastante ornamentadas. Os restaurantes tem ornamentação própria da região, de muito bom gosto. Apesar desse aparente caos, para minha surpresa tudo funciona, tem internet wi-fi grátis em quase todos os hotéis, banco 24h, várias agências de turismo, local para alugar bicicleta e atendimento de primeiro mundo.
Dica: Nos hotéis os preços são em peso chileno, porém é importante converter para Dolar que é muito mais vantajoso. Ficamos hospedados no Hotel Dom Raul. Como é normal na cidade, tudo rústico, tem o básico e necessário com café da manhã.
Rodovia: Ruta RN 27
Distância percorrida no dia: 287 km
10º dia – San Pedro de Atacama
Esse dia foi de turismo, para conhecer as belezas da redondeza. Recomendo conhecer: Atividade termal dos gêiseres e Valle de la Luna. Para os gêiseres, procure uma agência de turismo, que pode ser no mesmo hotel, se inscreva, o pagamento não é caro, com direito a uma caixa de leite com Nescau (similar ao Todinho) e pão com queijo de café da manhã, pois um micro-ônibus passa entre 3h30 e 4 horas da madrugada e roda uns 90km até o local.
Dicas: levar bastante água e barras de cereais. A temperatura é – 3º (menos três graus). Levar também agasalho, luva e gorro com Pancho que pode ser comprado em San Pedro por um preço irrisório no mercado de artesanato (usamos nossas jaquetas e luvas).
Da mesma forma, para visitar o Valle de la Luna procure uma agência por ser barato, ter guia e transporte. É um lugar fantástico, parece ser de outro planeta. Este passeio da direito a assistir o pôr do sol do alto das montanhas.
11º dia – San Pedro de Atacama – Caldera
Deixamos San Pedro de Atacama com saudade, pois já estava me acostumando com a tranquilidade e, por incrível que pareça, surpresos com a limpeza. Não vi um único lixo no chão, apesar da poeira. Partimos com destino ao oceano pacífico no Chile. Primeiro passamos pela cidade de Calama e, depois, Antofagasta, para conhecer a famosa “La Mano Del Desierto”.
Chegamos a Caldera-Chile as 18 horas, com o sol ainda alto, depois de percorrer 818km, para tomar banho no pacífico pela primeira vez (desejo antigo realizado). Nesse trecho, deparamos com vento muito forte, de forma que as motos andavam inclinadas (próximo a cidade de Los Vientos). Ficamos hospedados na Hosteria Puerta Del Sol.
Rodovia: Ruta RN 23, RP 25 e RN 5
Distância percorrida no dia: 818 km
12º dia – Caldera – Valparaíso
Saímos às 9 horas passando pelas cidades de Capiopó, La Serena, Viña Del Mar, pernoitando em Valpariso. Esta é uma cidade turística portuária, que devemos ter muito cuidado com batedores de carteira. Cidade histórica, com monumentos e um arco similar ao do Triunfo de Paris.
Viña Del Mar fica a 15km de Valparaíso. Cidade grande, boa estrutura, shopping center e de população de média à alto poder aquisitivo.
Ficamos hospedados no hotel IBIS de Valparaíso, por ter garagem para as motos.
Rodovia: Ruta RN 5 e RN 60
Distância percorrida no dia: 884 km
13º dia – Valparaíso – Temuco
Saímos de Valparaíso e optamos em não entrar em Santiago e seguir pela Ruta 5 (transamericana) até a Cidade de Osorno – Puerto Montt para conhecer o famoso vulcão que entrou em atividade e lançou cinzas, prejudicando o trafego aéreo. Nesse dia, rodamos 815km até a cidade de Temuco.
Hospedamos no hotel Hotel Holliday Inn. Nesse trecho, deparamos com vento muito forte, de forma que as motos andavam inclinadas e o consumo que andava entre 19,2 e até 21 km/l baixou para 15,2 km/l (Los Angeles – Temuco).
Rodovia: Ruta RN 68 e RN 5
Distância percorrida no dia: 815 km
14º dia – Temuco – Bariloche
Saímos de Temuco com destino a Osorno e depois fizemos a aduana para entrar na Argentina, passando por Villa Angustura e ficamos em Bariloche por 2 dias. De Temuco até Bariloche são 542km. Ao passar próximo ao vulcão, deu para ter uma ideia da sua grandiosidade. Depois, seguimos para uma estrada que corta um parque florestal Puyehue, para entrar na Argentina pela Aduana Paso Puyehue Samoré, descendo a cordilheira dos Andes, costeando o lago Nahuel Huapi até Villa Angostura e depois até Bariloche. Villa Angostura é muito procurada em época de inverno por ter pista de esqui nas redondezas. É um lugar muito aprazível, ótimas hospedarias e com custo mais barato que em Bariloche. Vale a pena conhecer.
Chegamos a Bariloche as 18 horas, ainda de dia. A distância percorrida foi pouca, porém, paramos muito para registrar as belezas naturais, que são muitas. Ficamos hospedados no Kilton Hotel, que tem garagem e ótimas acomodações.
Rodovia: Ruta RN 5, RN 231 e RN 40
Distância percorrida no dia: 538km.
15º dia – Bariloche
Foi de turismo e gastronomia, saboreando o famoso “bife de chorizo”. Bariloche é uma cidade para se gastar, têm todas as marcas de grife famosas, tanto de roupa, sapato, tênis, bolsas, joias e outros consumos. Cidade muito aconchegante, limpa, excelente tratamento e muitos comes & bebes. Vale a pena conhecer em qualquer época do ano, sendo que, no inverno, é alta estação, logo os hotéis estão mais caros. Em fevereiro, pagamos no hotel $440,00 pesos argentino (R$ 210,00).
16º dia – Bariloche – Bahia Blanca
Deixamos Bariloche às 9 horas e partimos para cruzar a Argentina de oeste para leste até Bahia Blanca, passando por Piedra del Aquila, General Roca e Rio Colorado, num total de 998km. Chegamos ao destino do dia às 20 horas. Bahia Blanca é uma cidade industrial portuária, com muitos estrangeiros, próximo às Ilhas Malvinas. Ficamos hospedados no Hotel y Apart Portal. Fomos bem recebidos pelo dono do hotel, que nos deu muitas dicas de como evitar entrar em Buenos Aires, devido aos problemas sociais, algumas Rutas que estavam em precárias condições e o perigo de trafegar à noite na RN 6.
Rodovia: Ruta RN 40, RN 237, RN 22 e RN 3
Distância percorrida no dia: 998km.
17º dia – Bahia Blanca – Gualeguaychú
Partimos de Bahia Blanca as 9h15 com destino à Gualeguaychú nordeste da Argentina, para entrar no Uruguai por terra, pela aduana da cidade de Fray Bento – Uruguai, passando por fora de Buenos Aires. Nesse percurso, passamos por Coronel Pingles, Azul, Saladillo, Lobos, Mercedes, Zarate, num total de 863 km. Chegamos as 21 horas e ficamos hospedados no excelente Hotel Aguaý a margem do rio.
Rodovia: Ruta RP 51, RP 205, RP 41, RN 5, RN 6, RN 12, RN 14 e RP 16
Distância percorrida no dia: 863km.
18º dia – Gualeguaychú – Colônia del Sacramento
Dia 22.02 – Saímos de Gualeguaychú às 9 horas para fazer a aduna terrestre em Fray Bentos – Uruguai (Puente Gral. San Martin).
Dica: Nos sites Google Maps e no Ruta0, não menciona esta Aduana. Para ir a Colônia Del Sacramento, siga a rota via Carmelo, isto economiza 50km. A Cidade é turística, patrimônio culturais da humanidade, porém, com hotel muito caro (U$ 220,00) um dos únicos a ter garagem fechada e em local privilegiado à beira do Rio da Prata, que fica a mais ou menos 2 horas de Buenos Aires via Buquebus. Apesar do preço do hotel, recomendo ir jantar na Pulperia Los Faroles, preço justo e comida saborosa.
Rodovia: RN 136, RN 2, e RN 1 – Este não foi o melhor trajeto. Dica: Seguir pela RN 136, RN 2 e 21 via Carmelo.
Distância percorrida no dia: 318km.
19º dia – Buenos Aires
Aproveitamos para fazer turismo em Buenos Aires via Buquebus. Visitamos a Casa Rosada, sede do Governo, Praça 25 de Maio, Obelisco, marco central da capital e Rua Calle Florida, centro de compra de todas as grifes.
20º dia – Colônia del Sacramento – Montevidéu
Partimos para Montevidéu com um pouco de chuva. Viagem curta, de apenas 216 km, pista dupla excelente, porém, no caminho, havia uma corrida de bicicleta bloqueando as duas faixas, formando um congestionamento digno das cidades brasileiras. Conseguimos chegar próximos dos batedores, que estavam em motos, e negociamos uma pequena faixa para ultrapassar. No início relutou, porém, haviam outros motoristas que estavam muito zangados, pressionando passagem, que foi atendida. Chegamos à cidade, que tem parte com arquitetura moderna e parte antiga, porém, não deu para visitar muita coisa, por ser um domingo e tudo estava fechado. Fomos para o hotel Ibis na beira do Rio do Prata, em frente ao monumento a Solano Lopes, segundo presidente Paraguaio, que disse a celebre frase: “Muero com mi pátria” durante a guerra do Paraguai.
Rodovia: RN 1
Distância percorrida no dia: 177km
21º dia – Montevidéu – Canoas (RS)
Neste dia “caiu a ficha” de que já estávamos de volta ao Brasil, com suas rodovias esburacadas e motoristas imprudentes, mas, é a realidade. Passamos pela aduana saindo do Uruguai, via Chuí (336km), paramos, mas é passagem livre. Decidimos pernoitar na cidade de Canoas, grande Porto Alegre, no hotel Canoas Parque Hotel, com direito a piscina térmica coberta, recomendo. É importante informar que em todos os lugares que passamos fomos muito bem recebidos, inclusive nesse dia que já era noite e não tínhamos um hotel definido, quando vi um motoboy que estava nos acompanhando e vendo o nosso desespero, prontificou a nos guiar para o hotel Ibis ou equivalente com garagem. Agradeço a esse cidadão anônimo que, por gratidão, dei-lhe boton, adesivos do moto grupo e fitas do Senhor do Bonfim. Entre Chui e Canoas passamos por uma área de preservação ambiental entre as Lagoas mirim e mangueira que forma um alagadiço banhado com rica fauna e flora. Aviso aos viajantes que deverão redobrar os cuidados para não atropelar os animais silvestres, que são muitos que atravessam a pista, além de ter foto sensor de controle de velocidade.
Rodovia: RN 1, RN 9, BR 471/392 e BR 116
Distância percorrida no dia: 882 km
22º dia – Canoas – Curitiba
Saímos de Canoas com destino à Curitiba, com direito a passar pela Serra do Rio do Rastro – SC.
Porém, entre as cidades de Siderópolis e Lauro Muller via Treviso o GPS cortou caminho, nos colocando numa estrada de barro, com muita lama e pedregulhos por 5km e muita chuva. Foi um bom teste para piloto e moto, que estava carregada até o “talo”. Após este trecho, chegamos numa auto-pista que dá acesso a Lauro Miller, mas o tempo não ajudou, chovia fino e uma nevoa baixa não dava para enxergar nada além de 100m. Um caminhão que ia à nossa frente, em uma das curvas, não dei para contornar, tendo que ficar indo e voltando, com risco de descer a ribanceira. Nessa hora, parei num lugar seguro, ajudei o motorista na manobra. A estrada da Serra do Rio do Rastro tem muitas curvas que só passa um carro, mesmo pequeno. Tem uma beleza fantástica, porém, a névoa não deixou tirar as fotos desejadas, mas ficou o gostinho de “já passei aí”.
Chegamos a Curitiba as 21 horas procurado hotel. O GPS localizou o Ibis, mas estava lotado, então indicaram o Hotel Holliday Inn, preço salgado, inclusive, na saída, queriam cobrar por duas estadias de garagem a bagatela de R$ 36,00. Nessa hora tivemos que usar nossas prerrogativas e dizer não, pois as duas motos só ocuparam uma vaga de garagem. Pagamos uma vaga e exigimos Nota Fiscal discriminada. Relutaram, mas no final o direito do consumidor foi atendido.
Rodovia: BR 290, 101, SC 445, 447, 438, BR 116.
Distância percorrida no dia: 875 km
23º dia – Curitiba – Três Corações
Partimos de Curitiba com destino a uma cidade antes de BH. Para evitar passar por São Paulo capital, pegamos a rodovia SP-79 entrando por Juquiá que corta a serra Tapiraí. Foi uma grata surpresa, a rodovia é ecológica, muito bonita, encravada na floresta, contornando a serra, com muitas curvas parecidas com a do Rio do Rastro (vale a pena conhecer). Nesse trecho fica a Pousada Cabeça da Anta. Seguimos até Votorantin, Sorocaba, Itu, Salto, Indaiatuba, Campinas e depois pegamos a BR 381 – Fernão Dias, para pernoitar na cidade Três Corações, terra do rei Pelé. Hospedamos no Medieval Hotel que é grande, acomodações simples, mas oferecendo um excelente café da manhã mineiro.
Rodovia: BR 116, SP 078, 075, BR 381.
Distância percorrida no dia: 788 km
24º dia – Três Corações – Montes Claros
Saímos de Três Corações com destino a Montes Claros pela rodovia Fernão Dias, que é dupla, estado excelente, porém deve-se ter muito cuidado nas proximidades de BH, por ter trânsito pesado de caminhões e caçambas, além das imprudências dos motoristas. No anel rodoviário, que circunda BH, o trânsito é muito pesado, se não for da região deve-se evitar passar à noite, principalmente se for pegar a BR-040, que é a rota para Sete Lagoas e depois pegar a BR-135 com destino a Montes Claros, onde hospedamos no Hotel Ibis, colado no Shopping Center.
Rodovia: BR 381, BR 040, BR 135
Distância percorrida no dia: 697 km
25º dia – Montes Claros – Salvador
Saímos de Montes Claros às 8 horas com destino a Salvador. Pegamos a BR-251que entronca com a BR-116 antes de Vitória da Conquista – BA. Na saída (e chegada por qualquer lado) de Montes Claros, o trânsito é pesado, filas intermináveis por 27 km, devido à rodovia ruim e ao excessivo de peso dos caminhões, formando uma espécie de “costela de vaca”. A BR 116 está boa, porém, o trânsito é pesado, toda atenção é pouca. Depois de Jequié-BA, entramos em Jaguaquara para seguir pelo Vale do Jiquiriçá, em direção à BR-101 próximo de Santo Antonio de Jesus e depois pegamos a rodovia BA-001 – estrada da Ilha de Itaparica. Chegamos no Ferry Boat as 17h45h em tempo de pegar o Ferry das 18h.
Rodovia: BR 251, BR 116, BA 420, BR 101, BA 245, BA 001.
Distância percorrida no dia: 944 km
Seguimos para o Farol da Barra, ponto turístico de Salvador para tirar a foto de chegada e agradecer a Deus por este “passeio” de exatos 14.788km em 26 dias.
Há! Ia esquecendo, entre uma foto e outra já estava marcando o próximo “passeio” para o ano de 2015 – destino: Ushuaia – Fin Del Mundo ou Cusco no Peru. Me aguardem!!!.
Agradeço primeiro a Deus, à minha esposa, às minhas filhas, ao Décio, o grande companheiro de viagem, aos amigos: Aderbal, Constantino, Regis, Luis Antonio e àqueles que não acreditavam que eu fosse cumprir o planejado, pois este descrédito me deu bastante força para superar os desafios.
RESUMO:
- Motos: duas XT 1200Z Super Ténéré
- Duração: 26 dias
- Distância percorrida: 14.788 km
- Gasolina: 823,61 Litros
- Consumo Médio: 17,95 Km/L
- Estados brasileiros percorridos: Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul
- Países Percorridos: Brasil, Argentina, Chile e Uruguai
- Ocorrência: um pneu furado em Londrina da moto do companheiro, reparado com “tarugo” que rodou até e volta.
- Troca do pneu traseiro da minha moto em Foz do Iguaçu que já estava com 9.700km rodados.
- Troca de Óleo e Filtro nas duas motos em Foz do Iguaçu-PR
- Troca de Óleo e Filtro nas duas motos Bariloche – Argentina.
Obs. Vale ressaltar que a moto XT 1200Z Super Ténéré é uma excelente máquina. O tanque de 23 litros, aliado ao baixo consumo, permite fazer longos percursos com segurança, garantido tocada de até 400 km, sem usar gasolina reserva.
DOCUMENTOS:
Da Moto:
- CRLV (em nome do proprietário condutor)
- Seguro Carta Verde indicando os países de cobertura (pode ser tirado em Foz do Iguaçu de forma rápida e valor baixo (em torno de R$ 200,00 variando de acordo com o período de viagem)
Do Condutor
- CNH – Carteira Nacional de Habilitação Cat “A”
- PID – Permissão Internacional para Dirigir
- Passaporte (a Cédula de Identidade emitida por SSP tem validade, porém, em cada Aduana, terá que preencher um extenso formulário, enquanto que o passaporte será apenas carimbado)
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