Dia “molhado, Choveu mais de 70% do percurso que fiz durante a viagem – aproximadamente 420 km de Mostardas à cidade mais extrema do Brasil no Sul: Chuí (RS). Mas graças ao bom equipamento que tenho, cheguei ao término do dia com minha roupa e corpo totalmente secos. ?
Saindo de Mostardas, fui até o final da BR-101 Sul e cheguei a São José do Norte (RS). Passei por alguns locais bonitos, mas por causa do celular estar praticamente inoperante e também da chuva, não fiz registros fotográficos.
Então fui tomar a balsa para Rio Grande (RS), do outro lado da Lagoa dos Patos. Na primeira foto, a Gilda aguardando o embarque…
E nós na balsa ?a caminho de Rio Grande, trajeto de aproximadamente 25 minutos que custa R$ 9 para moto e R$ 35 para carros.
Chegando a Rio Grande, fui ao centro procurar a Galeria São Pedro que, segundo informações, conseguiria trocar a bateria do celular. Lá chegando, me pediram 1h para a substituição. Deixei o celular e fui almoçar. Logo após dei um passeio debaixo de chuva pelo centro (com toda roupa de proteção de moto, exceto capacete e luva impermeável, obviamente), visitei o Mercado Municipal (pequeno e simplório) e caminhei no calçadão. Retornei à loja e 1,5h após o celular estava pronto.
Problema: bateria estava inchada.
Causa: acredito que por utilizar o carregador da Gilda e o celular ficar dentro do suporte no guidão. Ao carregar ele sofre superaquecimento e detona a bateria. Agora vou utilizar este meio de carga somente em situações emergenciais.
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Voltei para a Gilda que estava estacionada em um posto de gasolina nas proximidades e saí debaixo de chuva rumo a Chuí, distante cerca de 230 km de Rio Grande. Como a BR-471 está razoavelmente boa. Mesmo com chuva consegui rodar em boa velocidade (entre 100 e 120 km/h). Normalmente, com tempo bom, faço velocidade de cruzeiro em média de 100 km/h para ir apreciando e curtindo o visual e as paisagens, mas debaixo de chuva, haja saco, aperto o manete do acelerador e vou…?
Para minha alegria, depois de rodar uns 80% da estrada debaixo de chuva, cheguei a Chuí ?próximo das 17h com tempo bom e o sol aparecendo. Já verifiquei na meteorologia e a previsão desta semana que estarei no Uruguai é de tempo bom com muito sol. ??
Fui abastecer a Gilda e pedi informações de pousadas, hotéis e local para câmbio. Recebi algumas e fui atrás. Passei por vários, uns bons, mas caros, outros com preço bom, mas com instalações ruins. Finalmente cheguei à Pousada Chuí do Sr. Renato e esposa, um velhinho super simpático e atencioso que me deu boas dicas de local para comer e câmbio, que fez um quarto com banheiro muito confortável e limpo por R$ 80, com café da manhã colonial (café e pão com manteiga…). Ótimo custo x benefício. Me instalei e saí para tomar umas beers e jantar.
Falando um pouco de Chuí, ela faz “fronteira conurbada” com Chuy no Uruguai. Caminhei por uma grande avenida que de um lado é Brasil e do outro Uruguai. Como os preços dos produtos em geral no Brasil são mais baratos que no Uruguai, nas 6 quadras em que caminhei há mais de uma dezena de supermercados, um ao lado do outro, todos para atender os uruguaios que atravessam a avenida para fazer as compras. As atendentes trabalham com as duas moedas e todos os produtos das prateleiras possuem os preços em reais e em peso uruguaio. Comprei água, paguei em R$ mas recebi uma moeda de $10 pesos uruguaios como troco porque a caixa não tinha moeda de R$1.
As casas de câmbio do Brasil já estavam fechadas quando lá cheguei, então atravessei a rua e troquei moeda em uma casa de câmbio do Uruguai. Também há um enorme cassino na Avenida do lado Uruguaio.
No mais, Chuí (Brasil) é um lixo! Suja, ruas de terra, uma m… de cidade. Quanto a Chuy (Uruguai) nada posso falar pois só vi a avenida que separa as duas.
Retornei ao quarto, liguei o ar condicionado a 30ºC (para secar as roupas), tomei um banho, lavei mais dois kits de roupa, preparei o varal, pendurei?, fiz este relato e vou dormir.
Por hoje é só galera. Hasta luego!
Ahh, esqueci de comentar que durante a travessia da balsa, conversei com um casal de uruguaios que estavam retornando de passeio pelo Brasil e, para minha surpresa, me falaram que acharam as praias de Torres (RS) muito mais bonitas que de Punta Del Este. É, vou conferir, mas parece que é mais um exemplo de que “santo de casa não faz milagre”… Irk!
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