Acordamos cedo para chegar a Foz a tempo para aproveitar os passeios na parte da tarde! Essa era a nossa vontade. Rodamos uns 120 km e paramos para abastecer. Quando saímos do posto fomos surpreendidos por um bando de trabalhadores sem “alguma coisa”, fechando a estrada com pneus e abrindo faixas de reivindicações.
Tentamos conversar para passar e quem veio falar com a gente foi um comunistazinho que estava chefiando a tropa e tirando fotos. Eles bem maltrapilhos e o fio duma égua com sapato de couro, calça jeans nova e camisa social azul claro de manga comprida. Ele disse que não podíamos passar e que ia levar uma hora. Um guarda disse que poderíamos pegar um desvio.
Lá fomos nós passar por ruas de terra num vilarejo enquanto ele fazia sua revolução social, explorando aquele bando de pobres coitados. Seguimos em frente e, depois de uns 80 km, paramos de novo. Os guardas camineros informaram que, desta vez, o “paro” havia bloqueado a estrada e não tinha hora pra terminar. Disseram-nos para seguir os carros que voltavam para pegar um desvio de terra. 15 km de pauleira. Buraco, pedras grandes, poeira e caminhonetes passando voando!
Pensei que o Spider não ia aguentar. Gustavo tenso e a Nat dura que nem um pedaço de pau. Gustavo levantou por um trecho para ter mais controle sobre a moto e Nat não sabia o que fazer. Só tomando poeira sentada, tadinha.
Quando voltamos à estrada foi um alívio.
Ainda cruzamos com duas aglomerações que, pareciam, estar prontas para fechar a estrada. Chegamos às 15h, com duas de atraso. Gustavo e Nat deram um giro pela cidade e eu fui visitar um amigo que mora ali.
Diário escrito e redigido pelo redator chefe.
Deixe um comentário