Como já era esperado a bateria não teve carga suficiente para dar partida. Assim, fizemos um enxerto da moto do Ruy e transferimos carga suficiente para a partida. O procedimento em si é fácil e rápido, o que dá trabalho é ter de tirar toda a bagagem que está afixada na moto, remover o banco, para então acessar a bateria. Feito tudo, a dita pegou. Que maravilha!
Montamos tudo cuidadosamente, prendemos toda a bagagem, lavamos as mãos e nos vestimos adequadamente para enfrentar o frio da estrada. Com tudo pronto, sentamos nas motos e na hora de arrancar não é que a danada apagou. Bem, não tinha o que pensar, era repetir todo o procedimento.
Nossa esperança sempre é que, na estrada, a bateria volte a carregar, o que tem acontecido, mas hoje demorou para ocorrer. Nas duas primeiras paradas, a moto não pôde ser desligada e não podia perder tempo parado para não gerar aquecimento excessivo. Assim, Ivan tinha que ser o primeiro a abastecer e ir embora e nós o alcançávamos pelo caminho. Em determinado ponto, ele gritou contente: – APAGARAM, as luzes apagaram. Isto queria dizer que a bateria voltava a receber carga e o nosso almoço estava salvo, poderíamos parar e desligar as motos.
Mas antes, tivemos uma pane seca. A primeira moto a ficar sem gasolina foi a Road King do Ruy. Usamos pela primeira vez o combustível reserva que acondicionamos em galões de 12 litros. Por esta região é uma necessidade carregar combustível extra, pois além da distância grande entre um posto e outro é muito comum faltar o precioso líquido nos postos. Feito o abastecimento, seguimos mais um pouco, mas não encontramos posto de combustível e tivemos de usar mais da nossa gasolina, agora para as três.
Chegamos a um vilarejo de nome Três Cerros, onde dormiremos. Amanhã chegaremos a Trellew, onde Roberto, mecânico que nos auxiliou na ida, nos espera para solucionar o problema definitivamente.
SUPERAÇÃO
Luciano, Ivan e Ruy
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