Esse dia seria inteiramente dedicado ao deserto do Sahara. A estrada que liga Zagora a Merzouga foi outrora uma trilha e perto ainda hoje existem as famosas trilhas do Rallye Dakar. As dunas de Merzouga, a poucos quilômetros da fronteira com a Argélia, eram nosso destino.
Pelo caminho, passaríamos pelo Vale do Draa. É um lindo vale que fica no Sul de Marrocos, entre Agdz e Zagora, no Deserto do Saara. No Vale do Draa podemos apreciar umas paisagens espetaculares de rios, palmeiras, montanhas e centenas de casbás e aldeias fortificadas. Paramos para almoço e nesse dia seria o Pic Nic.
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Como o tempo era curto e a estrutura dos restaurantes era incipiente para atender o grupo, a empresa levou Queijos, Frutas, salames portugueses e um presunto Pata Negra, que foram devidamente apreciados.
Enquanto esperava, João Guilherme deu uma volta pelas casas de adobe, enquanto tocava o Adhan: o chamado muçulmano à oração.
Já perto de Agdz, é impressionante sair da montanha e ver o primeiro dos oásis do Vale do Draa, com milhares de palmeiras que contribuem para que esta seja a região das tâmaras. Chegamos e tudo o que vimos são dunas moldadas pelo vento. Ficamos no fantástico Kasbah Hotel Xaluca Tombouctou, nas Dunas. A Zaineb contou que o criador da Rede Xaluca é um Marroquino que iniciou seu negócio com 6 tendas naquele local. Tempos depois um investidor espanhol entrou de sócio e foi criada uma rede de hotéis em locais estratégicos. Ficamos em alguns deles e realmente são de uma magia contagiante.
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Para chegar ao local, teríamos uma série de “Compra de Terrenos”. O Miguel (nosso guia), para dar um pouco de emoção à aventura, seguiu por caminho alternativo, em aldeia com estrada de chão. Dois pilotos cairam, pois estavam andando muito próximos em terreno arenoso.
Aí, iniciava-se a saga de nosso amigo FCC (chamaremos assim para não encabulá-lo). Além do calor, o terreno e as motos pesadas (BMW GS1200ADV, com 3 bauletos e garupas), ocasionaram o primeiro tombo em terreno arenoso e como faltava pouco para chegar ao Hotel, recomendei então que as garupas seguissem a pé e nosso amigo foi o único contrário, dizendo que estava tranquilo para seguir. Após subida de areia para a estrada de acesso, chegamos ao Hotel. Logo, as caminhantes chegaram com a informação de que nosso herói tinha atolado a moto até o cardan. O Miguel e o Ricardo tiveram que desatola-lo. Vejam os vídeos.
Vídeo da viagem em direção Hotel (tombo)
Como estava muito quente, todos correram para a piscina e principalmente o “bar da piscina”. Nas ruas das cidades do Marrocos existem diversos bares, porém é proibido o consumo de bebidas. Nesses locais, seus moradores consomem água e chás de menta que, apesar de muito quente, refresca bastante.
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O jantar foi no Hotel. Nos hotéis, são servidos os buffets com uma profusão de comidas típicas e muito condimentadas. Deve-se evitar as comidas in natura, pois não há muita higiene na cultura árabe. Outro detalhe é a profusão de azeitonas, coloridas, apimentadas e muito saborosas. As frutas, vendidas pelas estradas, são belas laranjas, romãs imensas, uvas verdes e roxas de grande porte, um espetáculo.
Após o jantar, o Hassan foi puxando o grupo por uma pequena porta nos fundos do restaurante e para nossa surpresa, uma varanda com acesso às Dunas.
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Vários grupos se formaram em volta das mesas e levei minha caixinha JBL onde a música, aliada ao vinho e um céu estreladíssimo me fez ficar emocionado pela oportunidade de usufruir daquele momento.
Fui dormir após à 2h30 da manhã extasiado.
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