Pela manhã, resolvi dar um passeio nas Dunas e escutei um grande barulho de motos. Mais tarde, enquanto aguardávamos a hora da partida, fiquei sabendo tratar-se do Rallye Pan África. Quem me passou essa informação foi um espanhol que participava do ralleye e para quem entreguei um adesivo de nosso Moto Clube. Ele colou em sua carenagem e o “Cão Fiel” virou participante na corrida.
As evidências fósseis mais antigas de representantes da espécie humana foram descobertas por cientistas no Marrocos e revelam que o Homo sapiens já se espalhava por toda a África há 300 mil anos. A descoberta histórica aumenta em pelo menos 100 mil anos a existência comprovada de humanos na Terra.
Marrocos é conhecido mundialmente pela grande quantidade de fósseis, tanto na variedade, quanto na quantidade. Por ser uma região desértica e semidesértica, o ambiente é propício à fossilização. Às vezes, passa-se até quatro meses cavando sem encontrar nada. Estes trabalhadores são a mão de obra barata que sustenta o mercado de fósseis em Marrocos, um dos principais exportadores em nível mundial.
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Nas lojas das localidades de Erfoud, Alnif e Rissani, pode-se comprar pelo equivalente a R$ 3,50, trilobitas que cabem na palma da mão. Então, antes de nosso destino nesse dia, visitamos em Erfoud uma grande loja de venda de fósseis e muita coisa de arqueologia. Ali, uma das meninas teve desidratação, ocasionada pelas comidas picantes e o intenso calor.
Logo, chegamos ao outro lado das dunas de Merzouga, onde fica localizado um acampamento que permite ao viajante pernoitar no deserto. Ali, os quartos dão lugar a tendas tradicionais – os chamados “bivouac”.
Em nossa chegada, o Hassan foi na garupa de Ricardo para que todos seguissem sua trilha. Muitas costelas de vaca e alguns trechos de areia fofa e logo entrávamos à direita com pequena subida onde havia um trecho mais fofo. A moto deu uma patinada e acelerei evitando o tombo e eis que não mais que de repente nosso piloto FCC atolou mais uma vez. Lá vai o Miguel correndo para socorrê-lo. Chegávamos então às Bivouac.
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Dormir no Bivouac é uma experiência obrigatória. É um acampamento rudimentar para passar a noite, simulando a vivência do povo do local. A área é cercada por tapetes (chão, laterais e teto) e a grande preocupação da maioria dos viajantes são os banheiros (inclusive eu perguntei ao Orleans que já tinha dormido em um como funcionava). Do lado de fora das tendas, existe um acesso para banheiros masculinos e femininos. O grande problema é que à meia noite, todos os geradores são desligados. Como bebemos bem, de madrugada tivemos que ir com lanterna do celular acesa para aliviar “o joelho”.
À noite, belo jantar com música tradicional tendo como único teto um céu estrelado que não tem igual. Não é uma estadia de luxo, mas é uma experiência inesquecível. As noites são animadas, mas vale a pena acordar cedo para assistir ao nascer do sol, porém nesta madrugada sob as tendas, choveu mais uma vez e o amanhecer foi embaixo de nuvens, frustrando um pouco àqueles que acordaram cedo.
Vale a pena chegar ao final da tarde e “pegar” num dromedário para dar uma volta nas dunas. A “viagem” custou 15 euros, com diversas cenas hilárias.
Vídeo Força Camelinho
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