Nesse dia o trecho seria mais pesado, pois para dormir duas noites no deserto, dobramos o caminho, além de enfrentar o Alto Atlas. O Atlas é a maior cordilheira do Norte de África. Estende-se por cerca de 2.400 km e atravessa Marrocos, Argélia e Tunísia. O ponto mais alto ultrapassa os 4.000 metros. A cordilheira, ao atravessar Marrocos, separa o oceano do deserto, a zona mais rica da mais pobre. A própria paisagem e vegetação são reflexo desta dicotomia.
Esse foi um dia de muitas dificuldades. Ao iniciar a subida do Atlas, começou a chover e como viajo com a jaqueta de verão (toda furado), pedi ao Miguel e paramos num café à beira da estrada. Quando ele foi pagar um café, a Magda (sua esposa) notou que não estava com a carteira, contendo passaporte, dinheiro, documentos e cartões. Perdemos um bom tempo na tentativa de ligações para o hotel e para o grupo em automóveis para ver se não estavam com a carteira dela, porém sem sucesso. Paramos mais adiante, onde ficou definido que seguiriam viagem e caso achassem os documentos no Hotel, um táxi levaria até a cidade de Zagora (posteriormente ela achou a carteira na parte de trás do casaco).
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Tivemos que fazer diversas paradas durante a travessia das montanhas enquanto tratores retiravam grandes pedras que tinham rolado com as chuvas. Quando chegamos à parte mais alta da montanha, lembramos demais dos Andes Peruanos, onde passamos há anos atrás. Foi um trecho onde sentíamos euforia pelo visual de tanta beleza. O Atlas merece um capítulo especial e seguem alguns vídeos.
1 – Subida do Atlas
2 – Atlas com trecho muitos buracos
3 – Atlas descida
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No caminho ainda passaríamos por Quarzazate, que fica a cerca de 200 quilômetros de Marraquesh, passando para o outro lado das Montanhas do Atlas. É considerada a capital do Sul de Marrocos e fica a caminho do Saara, apelidada por isso como “Porta do Deserto”. É também uma espécie de Hollywood em Marrocos. É uma região muito usada como cenário de filmes e séries, por isso, é aqui que estão os estúdios de cinema mais conhecidos de Marrocos e onde já foram rodados filmes como “Gladiador”, “O Reino dos Céus”, “O Príncipe da Pérsia”, “A Múmia”, “Kundun”, entre muitos (muitos!) outros.
Em Quarzazate tivemos uma cena inusitada. Já chegando ao deserto, caiu uma chuva considerável, inesperada mesmo, situação que ocorreria mais de uma vez no deserto.
Passando pelo maior Oásis do Marrocos, à tardinha chegávamos a Zagora, conhecida Cidade dos homens azuis – Tuaregues.
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À noite comemos um churrasco extremamente saboroso no entorno da piscina e, mais uma vez, a chuva estaria presente. Porém, aproveitamos e transferimos o jantar para as tendas, que seria a tônica nesta parte da viagem.
Vídeo da chegada ao Hotel em Zagora
Vídeo da chuva em Zagora
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