Pela manhã, passeio até a belíssima Mesquita Hassan II, o mais alto templo religioso do mundo, e o segundo maior (perdendo apenas para a mesquita de Meca). Essa é uma das poucas mesquitas do mundo muçulmano que permite a visita de turistas não muçulmanos (embora existam algumas áreas que só podem ser pisadas por eles).
Ela foi desenhada pelo arquiteto francês Michel Pinseau e os trabalhos de construção levaram 8 anos. Estiveram envolvidas cerca de 2500 pessoas e 10.000 artesãos marroquinos, que trabalharam com mármore, granito, madeira, mosaicos, estuque e outros materiais para elaborar os tetos, pavimentos, colunas, etc. O custo aproximado da mesquita foi de 5494 milhões de dirham (cerca de 504,85 milhões de euros). A sua localização (junto ao mar) deve-se a Hassan II ter se inspirado no seguinte versículo do Corão: “O trono de Deus encontrava-se sobre a água”.
Tentamos tirar algumas fotos com a Bandeira de nosso Moto Clube, porém logo chegou um segurança pilotando uma motoneta e informando ser proibido tirar fotos com símbolos. Porém, já tínhamos o devido registro quando fomos avisados, então segue aí:
Partimos pela estrada costeira, visitando a cidade de El Jadida, local onde fica a antiga Fortaleza de Marzagão. A Fortaleza de Mazagão, fundada em 1541, é considerada patrimônio da Humanidade pela UNESCO desde 2004. De todas as fortalezas que os portugueses edificaram em Marrocos esta é a que está em melhor estado de conservação. Ela foi construída em dois meses por mil e quinhentos homens levados de Portugal. Trabalharam dia e noite para cumprir a decisão do Rei D. João III, forçado a defender os interesses da coroa da Guerra Santa iniciada pelos muçulmanos em 1541 contra as praças portuguesas em Marrocos.
Continuamos em direção a Qualidia e a intensa neblina nos acompanhava. Boa parte do trecho pelo litoral em montanhas com bastante vento e ao lado de um desfiladeiro onde víamos o mar, um visual deslumbrante.
Paramos no Restaurante Ostrea II, especializado em em frutos do mar. Ele fica na junção de uma Laguna e o mar e é acessado por estradinha charmosa. Na entrada do restaurante, ostras eram abertas na hora e fiquei ansioso para degusta-las, porém lembrei-me dos conselhos sobre a limpeza e higiene no consumo de alimentos crus no Marrocos e desisti.
À noitinha chegamos a Essaouira, a pérola da costa Atlântica e nos hospedamos no Atlas Essaouira, da rede Atlas, que pertence à família do Rei Mohamed VI. Segundo a Ana Paula, a família do Rei é muito dinâmica e busca dar um ar de modernidade aos seus súditos. Possuem a rede de hotéis Atlas, a Royal Air Marroq, entre outras empresas e são muito respeitados em seu país.
Curiosidade: Pelo caminho, a seca intensa trazia uma cena inusitada. Os cabritos em busca de alimentos, acabavam subindo nas pequenas árvores e seus proprietários utilizavam desse subterfúgio para cobrar quando turistas paravam nas estradas para tirar fotos. Povo criativo…
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