Saímos de Cusco em direção a Puno, cidade que fica nas margens do Lago Titicaca, divisa do Peru com a Bolívia. Demoramos um pouco, até que acertamos o hotel, colocamos a bagagem nas motos – todos nós usamos bauletos, o que facilita essa tarefa, e abastecemos.
Após sairmos do trânsito da região metropolitana, começamos a margear o Rio Vilcanota, que tem bastante água. Engraçado, os rios no altiplano quase não têm barrancos. Eles correm mais à flor da terra. Pode ser porque o terreno é muito rochoso e a água não conseguiu escavar.
A temperatura estava ótima, nem muito quente, nem muito frio, apesar de muitos morros ainda estarem com o topo coberto por neve.
Fizemos algumas paradas para fotos e descanso, e chegamos a Juliaca por volta da hora do almoço. Eu já tinha ouvido dizer que era uma cidade muito bagunçada, e não queria entrar lá para comer. Más fui voto vencido e adentramos à procura de um restaurante. Escolhemos um simples e pequeno onde comemos relativamente bem. Entretanto, a cidade é muito pior do que eu imaginava. Ruas estreitas e um trânsito terrível. Ninguém respeita as regras. Muita buzina, muita gente, cachorro, carroça atrapalhando ainda mais. Onde não havia barro havia poeira, muita valeta para drenagem que não era possível um carro passar sem agarrar o fundo. Isso tudo sem falar na obra de construção de um viaduto na entrada da cidade, que tumultuou tudo mais ainda.
Acabamos de comer e saímos rapidinho para Puno. Lá a história era outra. Na chegada, já tivemos uma bela vista da cidade, na beira do lago. Tivemos a ajuda de um taxista de “Tuk-Tuk” para nos levar a um bom hotel.
Já eram umas 16h30, mas ainda conseguimos uma excursão para visitar as comunidades dos Uros, que ainda vivem no lago, em ilhas de capim flutuante chamado “Totora”. Eles nos receberam muito bem, e mostraram seu modo de vida peculiar, a cultura, o uso do capim e tudo mais. Foi muito interessante. Hoje a fonte de renda principal deles é o turismo, e a venda de artesanatos.
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