Continuo acreditando que organizaram esta parada acima em minha homenagem. Bem que avisei ontem na recepção que gostaria de manter o anonimato, mas é difícil, não se decide envelhecer sem dignidade impunemente. Para variar, vários carros de bombeiro (Papai, tio Bebeto, tio Adjalme e o primo Edmundo deveriam estar assistindo de algum lugar).
Repare… nos carros que pertencem à cidade de Taos e os bombeiros são voluntários. O carro branco é da policia do município e o preto é da polícia estadual.
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A cidade de Taos é uma estação de sky no inverno e no verão oferece inúmeras atrações tais como rafting, montanhismo, ciclismo, museus, etc… A cidade tem uma arquitetura fortemente influenciada pelo estilo mexicano e é muito hospitaleira.
Embora reconhecendo a trabalheira que tiveram para organizar o desfile em minha homenagem, com carros alegóricos inclusive, fui obrigado a desculpar-me com o prefeito e sua esposa que já estavam aboletados em uma Mercedes para dar início ao desfile. Lamentei apenas deixar a “Reina” Cristina na mão, ela tinha certeza de que eu voltaria para busca-la, mas a Helô, ciumenta como ela só, não aprovou a ideia.
Colorado devidamente conquistado, estou pensando em pintar no tanque da Helô o nome de cada estado conquistado, como os pilotos faziam na fuselagem de seus aviões, contabilizando inimigos abatidos. No meu caso é bem ao contrário, é sempre com enorme alegria que cruzo os limites de cada estado. Alegria que vem da certeza de ser bem recebido, da paciência e bom humor que terão com seu inglês de Praça Mauá e da solidariedade com que você sempre poderá contar. Isso sem falar nas belíssimas estradas e, principalmente, no respeito ao próximo.
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A irmandade na estrada
Não existe fotografia que consiga captar toda a magia de um momento, mas é o que tento fazer nesta sequencia. Eu parei, coloquei a moto no tripe e preparei-me para fazer a pose, mas eis que ouço o som de uma Harley em giro de velocidade de cruzeiro e de repente a redução rápida das marchas e pensei: “- O gringo acha que estou em apuros e vai parar”. Não deu outra coisa, o cara encostou a moto ao meu lado e mandou algo como isto: “- Nice to meet You, I’m Alfred, do You need some help?”. Respondi que sim, gostaria que tirássemos uma foto juntos para eternizar um momento de solidariedade entre duas pessoas que se viam pela primeira vez e, provavelmente, jamais voltariam a se ver. Ele desceu da moto, posou para a foto e falou-me que fazia parte de um moto clube de bombeiros. Dei o adesivo do Gato Cansado a ele, despedimo-nos desejando boa viagem reciprocamente e cada um partiu em uma direção, certamente curtindo aqueles breves instantes de pura fraternidade vividos em algum lugar do Colorado. Coisas de motociclistas…
Passar por um lugar desses sem uma paradinha para apreciar com calma e agradecer ao Criador é muita ingratidão. A natureza veio trabalhando ao longo da noite dos tempos preparando este momento. Foi perfeito, saboreei-o com calma, pensando nas pessoas especiais em minha vida. Algumas jamais souberam que o foram, como Dona Constância, minha primeira professora. Uma pena não ter dito isso a ela. Que todas as professoras saibam que muitos Hélios pensam a mesma coisa sobre elas.
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