Como a experiência de ontem de pegar a estrada bem cedo pela manhã foi bem sucedida, repeti a dose hoje, tendo o cuidado de comprar um desjejum a base de iogurte, cereais e salada de frutas. A grande vantagem destes motéis pequenos é que eles têm freezer, micro-ondas e cafeteira, além de fornecerem o pó de café. A recepção estava fechada e deixei as chaves em cima da cama mesmo.
Peguei a estrada às 6h34, ainda estava um pouco escuro e a temperatura me obrigou a colocar casaco de couro, chaparreira e lenço no pescoço, mas prefiro assim do que a fornalha acesa.
{loadmodule mod_custom,Anúncios Google Artigos}
Estava na base de 70/75 milhas quando vi a placa de velocidade máxima: 80 milhas! Temperatura por volta de 15 graus, estrada com um asfalto perfeito, trânsito quase nenhum, a próxima curva lá pelos lados do Canadá, fazer o que? Abrir o gás com vontade, acrescentando aquelas 5 a 10 milhas que eu botei na minha cabeça que os COPs toleram. A Helô voava baixo, às vezes uma rajada de vento lateral sacudia a traquitana toda, mas a danada da moto tem um excelente caráter, não me deu um susto sequer. Quando o dia começou a clarear, dei uma parada numa área de escape para tirar umas fotos de mais um dia com o qual o Criador me presenteava.
A viagem foi quase toda na base de 75 a 80 milhas e, quando dei por mim, estava chegando a Salt Lake City. Como meu destino era Ogden (umas 50 milhas mais à frente) resolvi atravessar Salt Lake e, na saída, parar para abastecer. Quando de repente, vejo um “bonde” de Harley-Davidson muito arrumadinho com toda a cara de ser uma excursão dessas que a turma compra o pacote. Passei por eles acenando para os que me cumprimentavam, já os que estavam com a cara de mauzão atarrachada me ignoravam.
Parei, abasteci a moto e como estava cedo e eu com disposição, fui checar no USA MAPS qual cidade estaria mais a frente de Ogden e vi que era Logan. Apenas um problema, hotéis lotados (os baratos) e vaga apenas nos mais caros. Eis que vejo uma cidadezinha melhor situada depois de Logan pois fica praticamente na beira da estrada: Honeyville. Até o nome me encantou, sem falar no preço e no nome do hotel: Camelot Inn, Reservei na hora o último quarto e parti para lá. Fica umas 60 a 70 milhas após Salt Lake e é mais uma daquelas cidadezinhas que nos abraçam com seu visual logo na entrada.
{loadmodule mod_custom,Anúncios Google Artigos}
O Hotel é novo, pequeno, mas oferece todas as comodidades e facilidades que um hotel grande não oferece, tais como acesso à cozinha, estacionamento na porta do seu quarto, ingresso para a Crystal Hot Springs (que fica a menos de 2 milhas do hotel), uma internet wi-fi que realmente funciona em alta velocidade, além do proprietário ser motociclista e falar português fluentemente, pois nasceu em Moçambique.
Logo após o check-in, fui direto para a Crystal Hot Springs, aluguei um short do PT (era vermelho e com os bolsos enormes) uma toalha e fui cumprir o ritual de entrar debaixo de cada uma das 3 cascatas de água saídas diretamente da fonte, com temperaturas completamente diferentes. Tinha um japonês que não saia debaixo da última onde a água chega a mais de 100 graus. Se jogassem um pouco de sal daria para fazer um rolinho primavera do “japa”.
Depois disso, aproveitei a moldura criada pela natureza e tentei inserir a Helô, eu e minhas loucuras, e tentar montar quadros que retratem momentos que ficarão eternamente marcados em minha mente.
{gallery}0913/helio/cedar{/gallery}
Deixe um comentário