Esse negócio de dizer que as paisagens são monótonas é para quem não tem imaginação. Árvores, montanhas ao longe, nuvens formando desenhos que lembram traseiros femininos e, se não tiver nada disso, sempre restará você e uma Harley Davidson.
Atravessando aquela vastidão que é o Texas, com o sol castigando e retas intermináveis convidando a pequenos excessos de velocidade, quando a gente se dá conta de pequeno em pequeno excesso, estamos pilotando em cima de um talão de multas em dólares! Dei sorte e consegui chegar à divisa com o New Mexico e mais um estado entrou na contabilidade da Helô.
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Parei e descansei um pouco no Visitor Center, mas percebi que a gasolina estava entrando numa faixa que me deixa preocupado. Com isso, passei a pilotar com mais cuidado visando economizar ao máximo até achar um posto. Rodei umas 40 milhas e nada, apenas uma região desértica. Já estava entrando na fase do “cagassus galopandis” quando vejo um posto enorme. Cheguei a pensar que era uma miragem, mas não, o posto estava lá mesmo. Entrei, parei a moto ao lado da bomba e, enquanto passava o cartão de crédito no leitor da bomba, escuto uma voz atrás de mim berrando: “E aí Hélio? Tudo bem?”. Cacilda, aqui no meio do nada? Muito amistoso para ser credor, pensei. Voltei-me e vi dois caras em uma moto, cumprimentei-os e vi que eram brasileiros. Perguntei de onde me conheciam e disseram que nunca tinham me visto, mas pela bandeira do Brasil na manga da camisa e a placa da moto descobriram minha nacionalidade e meu nome. Eles alugaram a moto em Los Angeles e estavam fazendo a Route 66. Batemos um papo, trocamos e-mails e registramos o momento em que três brasileiros se encontram no meio do nada.
Eles estavam com pressa e seguiram em frente. Eu, para variar, descobri que no interior da loja de conveniência do posto tinha uma espécie de museu automobilístico e quis conferir de perto. Sábia decisão. Logo na entrada um belíssimo Corvette, além de máquinas, inúmeras máquinas de Coca-Cola, afinal, estávamos na área da Route 66 e tudo que ali estava exposto nos remetia àquela época.
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E como o ambiente permitia certas liberdades, aproveitei e a Marilyn não reclamou, muito pelo contrário.
Chegando a Santa Rosa, eu encontro quem? Ela a HISTORIC ROUTE 66 – Essa danada dessa estrada, quando menos espero, esta no meu caminho. Entrei na cidade de Santa Rosa (NM) para procurar o hotel que reservei e para isso tive que sair da I-40 e cair nos braços da 66 com seus carros antigos e o clima dos anos 50. Não resisti e estou tentando colocar aquele caminhãozinho para funcionar. Amanhã volto lá para concluir o serviço ou não me chamo Hélio.
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