Klamath (OR) – Biggs Junction (OR) – 11 de julho
Ontem, logo que entrei no Oregon, parei no Visitor Center. Gosto sempre de fazer isto, principalmente em estados em que entro pela primeira vez, como era o caso. Além de água gelada, ar condicionado e banheiros limpos eles tem uma equipe de recepcionistas que conhecem tudo sobre o estado, além de fornecerem mapas, dicas de atrações e, muitas vezes, exibem filmes dessas atrações.
Foi assim que ví uma foto de um lago de um azul profundo em local que mais parecia uma enorme cratera lunar. Mais tarde vim saber que se tratava de uma cratera mesmo, mas de um vulcão que teve uma erupção monstruosa 7.700 anos atrás, deixando uma enorme bacia no lugar do pico da montanha. Ao longo dos séculos, a água da chuva e da neve derretida acabou por encher a bacia com uma água com uma coloração e transparência raramente vistas.
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A cratera tem quase 10 km na sua parte mais larga e quase 7 km na mais estreita. Na realidade ela é quase redonda e você pode contorna-la através de uma estrada que acompanha suas bordas. Em alguns pontos, os mais elevados, você encontra gelo, mesmo no verão. Hoje, enquanto eu contornava a cratera, começou uma chuva fininha e a preocupação triplicou. A estrada, para variar, não tem guard-rails e no lado contrário ao lago, são verdadeiros despenhadeiros. Com chuva e temperatura baixíssima a probabilidade de transformar aquela camada de água em gelo era grande, pelo menos na minha cabeça medrosa. Segui com cuidado e tudo deu certo, sem nem mesmo um susto.
O lago fica a cerca de 50 milhas de Klamath Falls, onde fiquei hospedado. Mas mesmo essa viagem vale a pena, você pega a 97 no sentido North, roda umas 20 milhas e na junção com a 62 pega o sentido West, cerca de 10 milhas a frente você está num encontro de 3 Florestas Nacionais: a Winema, a Rogue River e a Umpqua. As emoções começam a partir daí. São paisagens incríveis, onde as paradas são quase que automáticas. A arte de pilotar fica em segundo plano, não por falta de estradas adequadas, mas a beleza e a energia que está em forma latente leva-nos, naturalmente, a priorizar a obra com que a natureza nos presenteia.
Foi uma parada providencial naquele Visitor Center, o Klamath Crater Lake merece estar entre os destinos Top de viagens de moto. Não por acaso a estrada estava lotada de motocicletas. Os gringos sabem o que é bom.
Depois que saí de lá botei o pé na estrada e rodei mais 200 milhas perfazendo um total de 280 milhas no dia de hoje. Nada mau para um velho coxinha !
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