Mobile (AL) – Tallahassee (FL) – 26 de agosto
Hoje o dia começou de forma traumática: fui obrigado a abandonar a “Furiosa”. Como? O ilustre leitor não sabe quem é a “Furiosa”? Imperdoável. Trata-se de minha calça jeans 01. As outras duas (02 e 03 ainda não reúnem méritos suficientes para leva-las ao batismo).
Anteontem, ao chegar a Mobile, fui direto para o Golden Corral (come-se um steak honesto sem quebrar a firma). Ao entrar notei que as pessoas me olhavam de forma estranha. Deve ser o meu lendário charme, pensei. Nada, era a “Furiosa” que abriu o bico e começou a desmontar na frente de todos. Rasgava mais fácil do que papel japonês.
Arrumando a bagagem hoje não tive coragem de joga-la na lixeira, levantei o colchão e deixei-a esticadinha entre um colchão e outro. Grandes serviços prestados, uma guerreira com quatro Tail of the Dragon na folha de serviço. Fora outros embates que a modéstia me impede de relatar.
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Mas isso é passado. Lá ia eu meditabundo (céus, o Jack está batizado, não é possível) quando o GPS apagou. Pensei que fosse a louca do “Wrong way”, mas não, era a tomada da moto (onde ligo o desinfeliz) que pifou. Continuar sem GPS complica. Depois que a gente se acostuma com a mordomia não sabe viver sem ela. Não sei como rodei 2010 e 2011 apenas com um enorme mapa. Nem sextante eu tinha!
O calor estava brabo, na casa dos 38 graus. Parei em frente a uma loja de conveniências e bem ao lado daquela enorme caixa que armazena sacos de gelo.
Afinal o efeito psicológico já baixou a temperatura em uns 5 graus. Comecei pelo mais fácil, o fusível da tomada que estava ok. Depois parti para retirar o bagageiro do lado esquerdo, soltar a caixa de ferramentas e em seguida a tampa que dá acesso à caixa de fusíveis. Pronto, lá estava o sacaninha de 10 ampéres queimado. Procuro no meio da bagagem toda e acho a caixa de sobressalentes. Fusível trocado e tomada operacional novamente.
Engraçado é que durante essa faina, o efeito psicológico foi para o brejo e o calor recrudesceu (lindo isso) o que me obrigava a improvisar: olhava pelo vidro e quando a caixa da loja estava atendendo alguém eu abria a tampa do depósito de gelo e colocava a cabeça lá dentro. Até que numa dessas demorei mais do que o atendimento (ou entrei demais no depósito) e fui flagrado. Sorte que a dona foi bacana e só se limitou a rir e a balançar a cabeça como não acreditando no que via.
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É meus amigos, vida de motoqueiro tem dessas coisas. A propósito, Tallahassee é a capital da Flórida.
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