Murdo (SD) – Sioux Falls (SD) – 22 de julho
Ontem, depois da longa parada no Wall Drug Store, acabei chegando mais tarde do que o planejado em Murdo. Ano passado parei aqui para abastecer a Helô e descobri um museu automobilístico com mais de 300 exemplares, entre eles uma Harley-Davidson do Elvis, um Packard do Tom Mix e uma infinidade de veículos históricos. Isso me tomou mais de duas horas na ocasião.
A cidade é muito pequena, mas tem vários hotéis e na frente de cada um deles tinha um carro antigo fazendo propaganda do museu.
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Desta vez planejei acordar cedo e visitar o museu com calma, mas mais uma vez, meus planos foram porágua abaixo, literalmente. Durante a noite desabou um temporal para paulista nenhum botar defeito. Pela manhã a chuva continuava, aquela chuvinha fina, mas constante, sem nenhuma trégua. Achei melhor pegar logo a estrada e já saí do quarto todo paramentado.
Coloquei a tralha na moto e passei no posto para abastecer, onde tinham 4 ou 5 motos com seus respectivos pilotos aguardando uma melhoria no tempo. Acho que os caras conheciam a região melhor do que eu, foi pegar a estrada e sentir a dificuldade de manter a Helô em linha reta. Por sorte a chuva da noite lavou a estrada e por esse lado eu não tinha com o que me preocupar. O problema era o vento de través e os caminhões, que além de formar um spray denso (e tenso) deixavam uma turbulência que nos sacudia um bocado.
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Segui a umas 60 milhas, colocando ao máximo o peso do corpo nas plataformas para baixar o centro de gravidade, mas a verdade é que nessa brincadeira você acaba se acostumando. Claro que a atenção passa a ser redobrada, nenhuma olhada na paisagem, nada de movimentos bruscos, faróis auxiliares ligados e tudo o que for possível para aumentar a segurança. Pilotei assim por mais de 40 minutos, depois a chuva foi diminuindo até parar.
Consegui adiantar a viagem, em relação aos caras que ficaram parados, mas isso me desgastou bastante. Eu já não havia dormindo bem à noite (além da chuva, raios e trovões) e com isso, pela segunda vez pilotando uma moto, senti um sono quase invencível. Parei em um posto de gasolina, fui para um estacionamento nos fundos, tirei o capacete, encostei-me na bagagem, que ia no banco traseiro, e tirei um cochilo de uns 15 a 20 minutos. Foi o suficiente. Consegui chegar em segurança a Sioux Falls, onde duas enormes camas e um dia de folga me aguardavam.
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