15º dia – de Puno a Tacna

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Levantamos cedo e fomos até o porto para pegar um barco e ir até as ilhas flutuantes dos uros, uma família ramificada dos Incas que mora no meio do Lago Titicaca.

O tempo estava bom e fomos tranquilos. De repente, umas nuvens negras cobriram tudo e veio chuva, granizo e muito frio. Isso tudo dentro do barco, que havia uma pequena cobertura.

Visitamos as comunidades, ouvimos as explicações do guia local sobre como funciona as ilhas e compramos alguns produtos artesanais. O Luciano ” Selvagem”, já comprou tanta coisa para a família que acho que vai ter que alugar um “container” para levar tudo… rsrsrsrs… já apelidamos também de “brimo”: em cada parada, uma compra.

Saímos de Puno por volta de 11 da manhã em direção a Tacna, ultima cidade do Peru, quase divisa com Arica. Existem dois caminhos para chegar até lá. Por Moquegua e por Desaguadero… Nos aconselharem vir por Moquegua, por ser mais direto, sem muitas curvas. E foi o que fizemos. E foi aí que o bicho pegou. A 4.800 msnm, pegamos granizo com chuva, e neve… muita neve. A rodovia coberta de neve e ela caindo. um misto de medo e admiração, pois a Cordilheira dos Andes com neve é fantástica. Só vendo pessoalmente para poder dar uma opinião.

A moto do Luciano…. falhando mas indo… indo… indo…

Passamos por uma cidade chamada Juliaca que, meu Deus!, o que é aquilo…. uma cidade grande, porém com um trânsito extremamente maluco, buracos e mais buracos em todo o centro e bairros. Poeira, caminhões, motos taxistas (muitos mesmo), pedestres, crianças defecando na rua. Olha gente, é inacreditável uma cidade assim, terrível.

No trajeto, a moto do Luciano teve que ser abastecida com o galão que ele leva sempre cheio, pois tem trechos de até 250 km sem combustível. Com o trecho muito travado chegamos a Tacna no inicio da noite e conseguimos um hostal bem próximo ao terminal de ônibus urbano da cidade. Tacna é uma cidade bonita, bem cuidada, com um povo até que bem vestido.

Talvez pela proximidade com o Pacifico e bem próxima a Arica, no Chile, esta transformação. Saímos para jantar no centro e depois, cama, pois foi um dia bem difícil nas rodovias.

Percorridos 440 km cruzando a Cordilheira com muito frio, chuva e neve


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