De Uruguaiana a Urubici

Já estávamos no 14º dia de viagem, dia 08, uma segunda feira. O destino era algum ponto no meio do caminho entre Uruguaiana (RS) e Urubici (SC), mas não tínhamos ainda um local de pouso escolhido. Ponderamos sobre Passo Fundo (RS) e para lá partimos. Saimos tarde, às 9h.

Até a cidade de Alegrete (RS) o movimento de carros argentinos era grande em direção ao litoral brasileiro. Depois, até próximo a Santa Maria (RS) pegamos pouco movimento. Porém, o asfalto alternava trechos regulares com trechos de muitas irregularidades.

A região de Santa Maria é produtora de soja com um volume grande de caminhões, que nos acompanharam até Passo Fundo. Em uma das paradas para abastecimento, encostou um Toyota Corola com um casal de brasileiros e dois filhos com cerca de 10 anos. As crianças haviam pedido ao pai que parasse para que vissem as motos. Chamavam-se Pedro e Otávio e ficaram encantados com as motos. Tiramos algumas fotos e retribuímos o carinho com adesivos, boton e chaveiro.

Chegamos a Passo Fundo às 17h, depois de 655 km, com os já tradicionais 32ºC e paramos no hotel mais próximo da rodovia que vimos, Hotel Prix, um dos melhores que ficamos na viagem – e mais caro também. Mas estávamos cansados e não queríamos sair muito da rota. Comemos algo no próprio restaurante do hotel.

O destino do dia seguinte era Urubici (SC), distante cerca de 400 km, onde pretendíamos chegar cedo para fazermos alguns passeios pela região. Logo após Lages (SC) o GPS nos mandou por um caminho que tinha uns 30 km de terra até Urubici. Tivemos que retornar e pegar a estrada asfaltada novamente. Não dá pra confiar 100% no GPS.

Apesar do atraso, chegamos a Urubici por volta das 14h, ainda a tempo de almoçar e fazer alguns passeios. Havíamos reservado o Hotel Moto Garagem, muito original, onde as motos podem ficar guardadas no próprio quarto dos hóspedes. Os proprietários são dois mineiros, Felipe e a esposa.

Chegamos a Urubici debaixo de uma chuva fraca, mas o tempo logo abriu e resolvemos fazer dois passeios: ao Morro da Igreja e à Serra do Corvo Branco. Não conseguimos chegar à última, já que tinha 5 km de terra e a chuva havia deixado muito barro. Até tentamos, mas há dois km do topo desistimos. Nem a GS do meu irmão passava com segurança. Ele já conhecia o local, mas era a segunda vez que passava por Urubici e não conseguia subir. Um pena.

Já no Morro da Igreja fomos tranquilos, apesar da garoa, uma vez que é tudo asfaltado. Serra travadinha, mas muito divertida. Lá em cima tinha muita cerração e não conseguimos visualizar com clareza a Pedra Furada. Mas valeu muito o passeio.

Na volta do passeio, a moto do meu irmão começou a apresentar uma instabilidade na dianteira. Paramos numa oficina de motos e o mecânico diagnosticou um problema no rolamento da bandeja do guidão. Voltamos para o hotel preocupados com o problema, já que não havia mão de obra e peças no local para fazer o reparo.

Nesse momento nos valemos das amizades que fizemos pelo caminho e pegamos alguns contatos em Itajaí e Balneário Camboriú com o Alex e com o Mário (este conhecemos lá no Paso de Jama). Resolvemos que no dia seguinte que iríamos para Itajaí tentar resolver o problema.


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