Embora tenha sido minha primeira viagem de moto fora do país, fiz um apanhado de impressões sobre a viagem que fiz com meu irmão até o Deserto do Atacama no Chile e queria compartilhar:
- Procure respeitar as leis de trânsito dos países por onde passar. As multas são pesadas e atrasam muito a viagem, pois seus documentos ficam retidos enquanto você não pagar em agência bancária.
- Na Argentina são muitas barreiras policiais e as da província de Entre Rios tem fama de serem corruptas. Apesar de não ser correto, mas para evitar um problemão, caso queiram multar, chore bastante e deixe separados uns 100 pesos…
- No Chile a polícia é muito correta e aparece do nada. Conhecemos um motociclista que foi parado e disseram que ele estava a 140 km/h. Deram uma dura nele, mas liberaram sem multa e sem propina.
- Cuidado nas ultrapassagens nas retas. A velocidade relativa é maior, sendo mais rápida a chegada do veículo que vem na mão contrária.
- Atenção também nas retas da Argentina, que alguns carros forçam ultrapassagem quando vêem que é moto. Se estiverem imbicando ou piscando faróis, diminua.
- Levar sempre na moto água e umas barras de cereais/chocolate. Há risco de alguma quebra e o resgate pode demorar muito.
- Levar um pouco de dólares para pagamento de alguns hotéis que aceitam a moeda. A maioria dos postos de combustíveis aceita cartão. No mais, o câmbio em real/pesos vale a pena. Não precisa levar só dólares.
- Não atravessar fronteiras com produtos de origem animal ou vegetal não processados ( queijos, frutas etc). No Chile você preenche formulário e se na vistoria eles acharem, mesmo pequenas quantidades, dá problema.
- Há pequenas cidades que não tem postos de gasolina e nas que tem, normalmente é dentro da cidade. Mesmo nas grandes cidades, normalmente não há postos na estrada. Não deixe de abastecer a cada 150/200 km e procure saber onde é possível o próximo abastecimento, pois às vezes o posto fica escondido (ex.: Susques na Argentina).
- Procure estadias em cidades menores, pois para entrar e sair das maiores às vezes há trânsito, o que atrasa a viagem, além de, em geral, os preços serem melhores nas pequenas cidades.
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