Saímos cedo para comprar as pastilhas da minha moto. Numa esquina um caminhão derramou óleo na rua e quando eu vi já estava no chão (mais um). Mas foi apenas susto.
O comércio só abre às 9h na Argentina, Chile e Uruguai. Por sorte a moto da policia argentina é igual à minha e foi fácil encontrar a pastilha.
Saímos às 11h pela Ruta 7 e como passamos frio no dia anterior nos preparamos para a cordilheira, mas estava muito quente e com 2 calças, 3 blusas, 3 luvas, 2 meias… rsrsrs… estava difícil. Em 2007 sofremos muito com o frio na cordilheira entre San Pedro do Atacama e Jujui (ver relato desta viagem aqui). Morro de calor, mas de frio tô salvo…rsrsrs.
No inicio da subida, a 1.500 metros de altitude, já nos impressiona a beleza das paisagens, tuneis e estrada. A 2.200 metros já começamos a ver neve ao lado da estrada e estava calor. Pensei que estaria muito frio no cume (cumbre) mas o dia estava perfeito, muita neve, visual maravilhoso e passar ao lado do Aconguaga 6.980 mts é de arrepiar. Não dá pra comparar o quanto é mais bonito este caminho do que o de San Pedro do Atacama no Chile e o de Cochabamba na Bolívia. Não me lembro em minha vida de ver uma beleza da natureza mais impressionante que este lugar, não dá vontade de ir embora.
Chegamos na fronteira e a fila para dar saída da Argentina e entrada no Chile estava gigante. Acho que ficamos mais de uma hora e estava muito calor e sol. O trâmite para entrar no Chile foi tenso e demorado. Entramos em 5 filas diferentes, depois revistaram as bagagem com cão farejador.
Conhecemos um casal, a Jane e o Marcelo em uma GSA 1200, ela Brasileira e ele Chileno, apaixonados por moto. Valeu a pena esperar na fila pois eles são incríveis, muito gente boa. Fomos juntos até Santiago onde experimentamos um suco tradicional de pêssego com trigo (Moti) e nos deixaram em um hotel de uns amigos. Nos ajudaram muito, obrigado pelo apoio e carinho. Esperamos vocês em Cuiabá.
Com certeza o melhor dia até agora da nossa viagem.
Percorremos 400 km no dia – Total 3.960 km
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