73° dia – 08/07/13 – 2a. feira – Valdez /Haines Junction (ALASKA) – 840km.
Hoje foi muita estrada. Saímos às 11 horas da manhã, sem pressa, sabendo que os dias são longos e não tem a escuridão da noite, ou seja, são perfeitos para uma viagem longa, sem estresse.
Voltamos a cruzar a Thompson Pass, que já tinha mudado de visual. Cada passagem, cada hora do dia e cada dia traz uma visão diferente e única da paisagem. Foi um privilegio vê-la por duas vezes.
Até a passagem pela aduana dos EUA (mais uma vez descomplicada, a ponto de nem nos obrigarem a parar…) a estrada estava boa, mas piorou no trecho de uns 20 km até a aduana do Canadá.
A temperatura, muito baixa, dava a sensação térmica de quase zero grau. No posto do Canada ficou mais quente e pelo termômetro colocado numa parede, mostrava 11 graus, ou seja, estimamos uns 4 a 5 graus nos trechos anteriores. Daí pra frente a estrada piorou muito. Tinha muitos trechos longos de loose gravel e muita ondulação por conta do permafrost.
Antes da chegada a Haines Junction, ficamos impressionados com a paisagem. Muito visual de cadeia de montanhas e lagos de tirar o fôlego. As montanhas, ainda com alguma camada de gelo, nos faziam reverenciar a mãe natureza, uma senhora poderosa e altiva, com rugas a cada desfiladeiro, a chorar lágrimas de neve branca derretida para alimentar os vales verdejantes, como se fossem seus filhos. Nos sentimos como míseros espectadores diante de tamanha força e poder por sua capacidade de regeneração a cada estação, como se fossem vidas novas todos os anos.
Era muito tarde e por conta da high season, não tinha hotel disponível. Paramos num hotel de beira de estrada e o Ruy pediu para a recepcionista verificar a disponibilidade mais adiante, em Haines Junction. Havia quarto e a reserva foi feita.
Foram mais 140 km e chegamos umas 11 da noite. Total viajado de 12 horas num dia!…
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