157° dia – São Paulo – Campanha

Estava colocando os relatos em dia no hotel, quando o Yamada me liga pra combinar nos encontrarmos na Moto Racer aonde iria trocar o pneu traseiro da Fat.

Aí lembrei que Campanha, onde o Laercinho mora e vou visitá-lo, fica perto de Varginha da EPTV que eu tinha feito contato na semana da nossa saída pra viagem e só não deu certo porque saímos pelo noroeste de Minas e não pelo sul onde essa filial da Globo atua. Puxei o site deles na internet e no “fale conosco” mandei um resumo da viagem com meu contato de celular. O Lucas me ligou em 5 minutos e ficamos de nos falar novamente à tarde depois que ele conversasse com o chefe dele.

Como sou um sujeito de sorte, saí do hotel sem chuva e fui até a Moto Racer sem me molhar. Lá, encontrei o Yamada, ficamos papeando sobre a viagem e fomos ver as lojas de acessórios de moto lá da região que é uma “Miami” brasileira de motos.

O Lucas volta a me ligar e está ok a matéria sobre a viagem! Estão super motivados e combinei chegar na EPTV, em Varginha, que está a poucos km de Campanha, amanhã às 11h30.

Nesse meio tempo, vem raios, trovões e muita chuva. Pensei, dessa não escapo…

O Yamada gentilmente me convidou para almoçar e fomos num restaurante próximo chamado “O gato que ri” e pedimos o prato do dia (filé alto com massa), que estava excelente, acompanhado de um carmenére reserva impecável.

E tome chuva o tempo todo… Continuei pensando, dessa não escapo!… Moto pronta, alforge consertado na loja de couros do Arnold, conta paga, ponho a capa de chuva (que está um trapo só, mas vou chegar em casa com ela assim mesmo), me despeço do amigo Yamada e do João (dono da loja e Harlysta de carteirinha) e saio pra pegar estrada umas 16h30. Incrivelmente, a chuva pára e chego à noite em Campanha, sem pegar uma gota d’água! É… Sou um cara de sorte…

No começo da estrada estava a uns 100km/h quando passa por mim e entre muitos carros um motoqueiro com uma 125cc zigzagueando como louco… Depois… Bingo! Uns 5km a frente estava a moto estraçalhada no chão e ele sendo socorrido, mas estava bem (pelo menos nessa hora ele estava consciente… Mas devia ser consciente antes de fazer a “M”…) no acostamento e a motinha destruída…

Em Campanha, fico num hotel de arquitetura colonial preservada que o Laercinho reservou e nos encontramos pra conhecer a cidade que é cheia de casas também preservadas. Passamos na casa dele que tem na garagem a estrela principal que é uma Harley, é lógico. Tudo muito bem organizado, montado e decorado com motivos da marca.

Já meio tarde (culpa minha) ainda fomos num bar tradicional comer batata frita excelente acompanhadas de uma cerveja geladíssima.

Sou um sujeito de sorte e o destino sempre me reserva boas surpresas… Só foi pena que não tomei um capuccino em São Paulo…

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