119° dia – Ica – Pedregal (PER)

119° dia 23/08/13 – 6a. feira – Ica/ Pedregal (Peru) 720+100 (caminho errado) = 820 Km

Mapa dia 119aPor coincidência, nos encontramos saindo dos quartos às 7 horas e tomamos café juntos. Se marcássemos, não daria tão certo.

Nos despedimos e o Ruy logo ganhou estrada. Como ainda tinha bagagem no quarto, me demorei e depois fui ao centro, na Plaza de Armas, fazer câmbio.

Como o cabo do meu GPS não está carregando, deixo na tomada durante a noite e uso com parcimônia durante a viagem. Por isso, não liguei na saída e preferi usar o PPS (Pára-Pergunta-e-Segue). Perguntei a uma guardinha de moto como pegava a Panamericana Sur e ela me levou até lá e apontou a direção. Costumo me orientar pelo sol também, mas como estava tudo nublado, confiei e fui tocando em frente, tranquilo, até que vi uma placa de Lima… Quack!! Lima!? Pô a guardinha tinha confundido a direção, em vez da direita era para esquerda… Ok, a gente perdoa… Andei 50km pra ir e mais 50 pra voltar… Bem, faz parte…

Gente… Como o Peru é grande!… Calma, meninas… muita hora nessa calma (como diz minha amiga, prof. Raquel), é do país que estou falando! São quatro noites para atravessar. É um país bonito, mas como já falei, usam as estradas para bota-fora de entulho e lixões em todo o trajeto. Cachorros e mais cachorros mortos na estrada. Um vira-latas esfomeado tentava comer os restos de um outro recém atropelado. Sinto muito, mas quando viajamos vemos de tudo, do bom e do pior e infelizmente reportamos…

O Peru é um país caro. Aliás, é mais caro do que rico. Muita pobreza e miséria. Ao longo da Panamericana tem centenas de casebres de palha, como quem marca seu lote. Talvez os sem-teto daqui. Fora isso, é só areia e mais areia… Depois de Ica a paisagem melhora, mas é sempre acompanhada de névoa seca e muito fria do Pacifico. Não faz aquele melê igual ao do Atlântico e o pára brisas fica sempre limpo.

Casal

Fiz a viagem tranquilo no meu trote de 90/100km/h e abasteci três vezes, aproveitando para comer, etc. O galão cheio dá uma sensação de segurança e posso chegar quase até a reserva e assim otimizo a viagem com abastecimentos mais espaçados. Gosto de fazer muita quilometragem sem parar. Me sinto reenergizado quando estou pilotando moto ou dirigindo carro… Simplesmente não me canso.

Numa parada de obra pare-e-siga, encontrei um casal italiano que tinha alugado uma BMW em Arequipa e rodaram três semanas em todo o Peru.

O sinal abriu e saí rápido, já preocupado com a noite que viria exatamente às 6 horas, como de fato veio.

Por indicação, parei num povoado chamado Pedregal, muito pobre e só de indígenas. Consegui um Hostal por $30 soles com banho privado e água quente.

Saí para comer e achei um restaurante de locais e o prato que parecia o “arroz maluco” das melhores churrascarias preparado na frente do restaurante e dos clientes estava ótimo.

PedregalPedregalPedregal


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