Santos Dumont/ BH!!!!!!!!!! 220 km.
Na saída, a Da. Eulália, proprietária do hotel e super temerosa com motos, quase me fez jurar que não andaria mais de moto. Brinquei com ela que prometia qualquer coisa menos isso…
A estrada, pra variar, ainda molhada de chuva da noite anterior. Tive noticias também que BH havia chovido muito! Mas na minha saída, o sol estava brilhando e o céu de um azul convidativo para uma boa viagem.
Coloquei o restante da gasolina do Equador do galão reserva. Ainda mantinha essa gasolina e só precisei de parte dela na Patagônia pouco depois da aduana Chile / Argentina, quando tinha que tocar mais forte para não pegar noite na estrada e com isso o consumo iria ser maior. Se não fosse essa circunstancia, não teria precisado de nada de gasolina reserva durante toda a viagem ao Ushuaia. Basta uma tocada prudente e madura para poupar combustível e equipamento.
Como sou um sujeito de sorte (até eu já tô cansado de ouvir isso…), não peguei um pingo d’água até o Cupim, onde ficou combinado que um grupo (de doidos) iria me encontrar. Disseram que era para festejar, mas eu já descobri: era pra terem certeza que eu não iria passar direto por BH e continuar a viagem…
Foram a Marilene-Marilinda com sua Spyder branca linda, o Road Captain Paulo Gois, Julio Cesar, Julio Zaldana e Daura, Cap. Cruz (Pitz), Marcelo da Renatinha (sem Renatinha… mas parabéns pela gravidez!!!) e mais meus 4,5 amigos da tribo de jeepeiros, Ivo, Cinthya e Carolzinha (essa é a meia…), Fabio e Mara.
Fomos na formação tradicional, o Paulo puxando e eu logo depois. Chegamos no Alphaville e tinha mais um monte de halystas doidos me aguardando, mais a Circe, meu sogro “Torolivo”, Janete, meu primo Weyden e Ana Paula.
Nova formação até o bar Rutger na Pampulha, onde tinha mais outro tanto de doidos me esperando. No caminho, pra variar, só muitas nuvens ameaçadoras, mas sem chuva, ainda passa de carro por mim meu vizinho Luiz Fernando acenando e me dando as boas vindas. Mais alegria nos acenos!
No Rutger, foi uma emoção só e acho que a ficha só vai cair muito mais tarde…
Foram tantos abraços que perdi a conta, mas sentia em todos uma emoção sincera e também uma sementinha plantada em muitos. No dia da partida, durante a viagem e na chegada percebi e comecei a identificar um “certo” brilho no olhar em algumas pessoas… É o brilho de quem já se contaminou. É o brilho de quem já decidiu “um dia vou fazer a mesma viagem”. Ao amigo Jenner, parabéns por este brilho.
O nosso querido “grande garooooto” Sergio “Serginho Brasanitas”, chegou meio atrasado (pra variar…) mas chegou todo cheirosinho e perfumadinho (ô banho demorado, sô!!!). Fez aquele cumprimento de joelhos com os braços estendidos pra frente como quem reverencia um ídolo (brincadeira, é claro) e pude me ajoelhar também e abraçá-lo da mesma maneira.
Na chamada para umas palavras no palco, a Jackie convocou o pai, nosso querido “pai” Cap. Senra, Da. Geralda nossa “mãe”, o Ruy, meu parceiro do Alaska e eu.
Após algumas palavras de todos, sempre carregadas de muita emoção, pude dedicar oficialmente (já tinha combinado secretamente com a Jackie) como mais novo Águia de Aço e primeiro a fazer BH-Alaska_Ushuaia_BH sem interrupções essa minha aventura ao Cap. Senra, que confessou não acreditar que eu iria conseguir, “sabe como é:… nascido e criado em Ipanema, surfista e skatista não vai dar conta…” disse ele. Risos gerais!!!
Lá mesmo, entreguei a moto para o Brunno Senra, responsável pela parte mecânica (e assistência técnica à distância, o que foi muito importante) imprescindível para o sucesso da viagem.
E assim termina essa aventura com exatos 57.400km, 5 meses e 7 dias de “pura viagem” quando pude ter muitos amigos, como diz o Silvan, compartilhando com Ele a minha garupa…
Quero agradecer a todos, mas minha gratidão é tanta que vai num capítulo à parte mais tarde…
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