Neste dia, nossa viagem de moto teria uma tocada pesada pelas estradas da Argentina, viajaríamos até Corrientes, por um trecho de mais de 900km. Para variar, grupo grande e saída atrasada. Partimos após as 9 horas e abastecemos na saída de Jujuy. A partir desse momento iniciaram nossas dificuldades para abastecimento, pois quase ninguém tinha pesos. Emprestei ao Mateus valor para abastecimento e troquei alguns pesos com Vitor.
Abandonamos finalmente as nossas roupas de frio, iríamos enfrentar a quente região do Chaco Argentino. Trechos com baixadas e retas, muitas retas, fizeram com que nosso rendimento fosse bem razoável. Após rodarmos um bom trecho, paramos em Monte Quemado para abastecer. Como vinha puxando o grupo, somente Elias estacionou comigo e informou que o grupo tinha parado em um posto bem atrás.
Após abastecer, emprestei também alguns pesos para o abastecimento dele e logo o grupo chegou com um pequeno problema: ninguém tinha mais pesos, pois não quiseram fazer o câmbio em Jama, e nessa região da Argentina quase nenhum posto trabalha com “tarjeta”. Ficamos estacionados mais de uma hora até que fossem a uma cidade próxima para sacar pesos em terminal de banco. Após retorno, resolveram almoçar e ainda faltavam pelo menos 500km para o nosso destino.
Após esses entreveros, seguimos viagem e logo anoiteceu. Após anoitecer, o farol de nossas motos atraía uma quantidade absurda de insetos, o que nos obrigou a parar em um posto de gasolina para a limpeza das viseiras.
Passamos por Resistência e logo chegamos à ponte que separa Resistência de Corrientes (Puente General Belgrano). Ali encontramos com uma blitz da “famosa” polícia de Corrientes, que parou Rui que estava na frente e me mandou encostar também, o que iria acontecer com todo o grupo. Por sorte, ao ver que eu estava com a Go Pro no capacete, eles mandaram todo o grupo seguir (me lembrei do Hector, que em Calama me informou da estratégia da Go Pro), porém o Tagino, que estava de carro logo atrás, não teve a mesma sorte.
Paramos logo depois do pedágio ainda na ponte e esperamos pelo menos durante 30min. Não teve jeito, nosso amigo tinha “morrido” em 1000 pesos (aproximadamente 250 dólares), pois naquele momento estava sem o cinto de segurança. Resumindo, os camaradas não dão moleza.
Logo chegamos ao hotel e as motos fizeram o maior sucesso. Até um time de basquete que se encontrava hospedado ali, saiu para ver as motos.
Após um bom banho, Alessandro nos recomendou ir até a Rua da Praia para jantar, 500m aproximadamente do hotel. No caminho, encontramos um restaurante com mesas com ombrelones na frente, resolvemos entrar e era um charmosíssimo bar e restaurante com uma moto pendurada no teto e decoração totalmente relacionada com Rock ‘n Roll, o “Marujas Rock ‘n Food”. Boa música, decoração charmosa, excelente comida e comemoramos tomando umas Chandon (a bebida na Argentina é extremamente barata). Aproveitamos bastante.
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