14º dia – Bariloche

Acordamos cedo para tentar comprar uma nova corrente para minha moto. Para nossa surpresa, a menos de 500 metros do hotel existiam seis lojas com grande variedade de peças de moto.

Adquiri em uma delas uma corrente de origem japonesa para minha moto, uma Suzuki V-Strom. Paguei aproximadamente R$ 270, bem mais em conta do que no Brasil.

Partimos de Neuquén com destino a Bariloche, distante 440 quilômetros. Depois de 30 quilômetros entramos na Ruta 237. A partir desta rodovia, a aridez acentuou-se, transformando a região em um quase deserto. Vegetação branca e muitas pedras. Parecia que estávamos nos dirigindo para lugar nenhum.

Após percorremos alguns quilômetros, na localidade chamada de El Cochon, apareceu um lago Simplesmente lindo, de cor esverdeada, contrastando com os tons de branco e marrom vistos até ali. Trata-se da Embaise (Represa) Ezequiel R. Mexia, que é utilizada em sua extensão como balneário.

O caminho seguinte transformou-se: imensidões de retas, onde avistamos muito longe no horizonte uma linha, com paredões circundando nossos caminhos. Mais adiante, chegamos à localidade de Pedra Del Áquila (Pedra da Águia), formações rochosas que parecem trabalhadas pelo homem, criando diversos desenhos.

Paramos para abastecer em um Posto Petrobrás e decidimos almoçar num pequeno restaurante chamado de Parrilla la Posta. Local Extremamente aconchegante. A lareira espantava o vento e frio que fazia do lado de fora. Comemos um assado simplesmente divino, tomamos duas garrafas de um vinho maravilhoso e pagamos a ninharia de R$ 23 (Convertidos para nossa moeda) por casal.

Retornamos para a estrada e o vento tornou-se extremamente forte. Próximo a Bariloche fazia o maior frio e as paisagens ficaram ainda mais belas. Passamos por cadeias de montanhas e, ao longe, vimos a Cordilheira dos Andes, com seus cumes cobertos de neve.

A beleza estampada a partir deste trecho lembra demais as paisagens canadenses, com diversos lagos, vegetação e árvores típicas daquele país. O verde das águas dos lagos ali existentes chega a superar em beleza as do mar de Angra dos Reis e arredores. Agradecemos a Deus ter nos dado a oportunidade de estar em locais tão belos.

O vento aumentou absurdamente e, ao cruzarmos uma ponte sobre um lago imenso, à nossa direita observamos uma violenta tempestade no caminho que leva a San Martin de Los Andes.

Logo chegamos a Bariloche sob uma intensa e fria chuva.

Paramos em um posto para nos secar, enquanto Marcos Pires conseguia um hotel no centro, o Patagônia Sur, em rua alta, onde de nossos quartos conseguimos ter uma visão fantástica do lago Nahuel Huapi.

À noite, após o jantar, demos uma volta pela bela localidade. O frio era intenso.

Recolhemo-nos para os passeios que nos esperavam no dia seguinte.


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